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Trump barra anexação da Cisjordânia por Israel, alerta Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quinta-feira, 25 de setembro, que sua gestão não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel. A declaração de Trump ocorre em um momento de intensas discussões internacionais e às vésperas de um importante discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da Organização das Nações […]

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quinta-feira, 25 de setembro, que sua gestão não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel. A declaração de Trump ocorre em um momento de intensas discussões internacionais e às vésperas de um importante discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O pronunciamento decisivo foi feito a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, momentos antes de uma cerimônia de assinatura de decretos. Na ocasião, o líder americano enfatizou sua posição ao reiterar: “Eu não vou permitir que Israel anexe a Cisjordânia. Já chega, agora é hora de parar”. Entre os presentes que testemunharam a afirmação estavam o vice-presidente J. D. Vance, o representante do Tesouro, Scott Bessent, a conselheira da Justiça, Pam Bondi, e o diretor do FBI, Kash Patel.

Trump barra anexação da Cisjordânia por Israel, alerta Casa Branca

A semana dos eventos nas Nações Unidas foi permeada por demonstrações significativas de suporte à Autoridade Nacional Palestina (ANP) e ao reconhecimento do Estado palestino por diversas nações que anteriormente não o haviam feito. Um evento notório na segunda-feira, 22 de setembro, foi dedicado a esse tema, mas foi boicotado tanto por Israel quanto pelos Estados Unidos, sinalizando as complexas dinâmicas geopolíticas em curso. Para compreender o papel da Organização das Nações Unidas em crises globais como esta, é fundamental analisar suas iniciativas diplomáticas.

Os Estados Unidos historicamente atuam como o principal aliado e fonte de financiamento de Israel, um apoio crucial em meio ao persistente conflito com o Hamas na Faixa de Gaza e à escalada da tensão na Cisjordânia. Embora a administração da Cisjordânia seja oficialmente exercida pela ANP, a área permanece sob ocupação militar de Israel, que, na prática, detém o controle territorial e executa as funções policiais.

A política do governo de Netanyahu, atualmente a coalizão mais à direita na história de Israel, é notoriamente composta por ministros de perfil extremista que defendem abertamente a anexação tanto da Cisjordânia quanto da Faixa de Gaza. Este governo tem implementado a aprovação de novos assentamentos judaicos em territórios que foram capturados da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, uma medida que inclui também a ocupação de Jerusalém Oriental.

A estratégia dos assentamentos israelenses tem como objetivo a gradual consolidação da presença judaica nos territórios ocupados, que em Israel são frequentemente referidos como Judeia e Samaria. Esta expansão visa intencionalmente comprometer a viabilidade e a futura constituição de um Estado palestino autônomo, dificultando as negociações por uma solução de dois estados.

Recentemente, no mês de setembro, Netanyahu reforçou sua postura ao reiterar publicamente que não haverá um Estado palestino independente. Adicionalmente, o premiê israelense chancelou um acordo que visa a avançar com um plano controverso de expansão dos assentamentos na região da Cisjordânia. Esse acordo é uma medida direta para intensificar a pressão sobre o território palestino.

Trump barra anexação da Cisjordânia por Israel, alerta Casa Branca - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

A proposta, que foi idealizada e fortemente defendida por Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel, tem como ponto central a divisão da Cisjordânia e o isolamento estratégico de Jerusalém Oriental de outras parcelas do território sob ocupação. Smotrich explicitamente argumenta que a adoção dessa medida seria uma resposta direta e necessária à crescente onda de apoio e reconhecimento internacional do Estado palestino.

As tensões na região foram agravadas por um ataque a tiros em Jerusalém que resultou em seis vítimas fatais, ocorrido poucos dias antes das recentes declarações. A autoria do atentado foi reivindicada pela ala militar do Hamas, conhecida como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Em resposta a esse evento trágico, o ministro Smotrich adotou um tom incisivo ao afirmar que a Autoridade Nacional Palestina “deve desaparecer do mapa”.

Enquanto isso, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, teve seu pedido de visto para Washington negado, motivo pelo qual proferiu sua fala na Assembleia-Geral da ONU por videoconferência. Em sua declaração, Abbas classificou as operações de Israel na Faixa de Gaza como “um dos capítulos mais horríveis” da história, marcando os séculos 20 e 21. O líder palestino ainda salientou que “o povo palestino em Gaza encara uma guerra de genocídio, destruição, fome e deslocamento travada pelas forças de ocupação israelenses”, concluindo que “o que Israel está fazendo não é nem sequer uma agressão. É um crime de guerra e um crime contra a humanidade documentado e monitorado que será lembrado nos livros de história e nas páginas da consciência internacional como um dos capítulos mais horríveis de tragédia humanitária dos séculos 20 e 21.”

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

As declarações do presidente Trump sinalizam uma potencial mudança nas dinâmicas entre EUA e Israel em relação à questão palestina, reacendendo o debate sobre a soberania na Cisjordânia e o futuro do processo de paz na região. Para acompanhar todas as atualizações e análises sobre os desdobramentos dessa complexa conjuntura geopolítica, continue navegando em nossa seção de Política e fique por dentro do que acontece no cenário global.

Crédito da imagem: Kevin Lamarque/Reuters

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