Drones Suspeitos Fecham Aeroporto na Dinamarca Pela Segunda Vez

A Dinamarca registrou nesta terça-feira, 23 de setembro de 2025, um novo fechamento de aeroporto, motivado pela detecção de drones não identificados em seu espaço aéreo. Este incidente marcou a segunda vez em apenas dois dias que atividades de drones suspeitos levaram as autoridades a interromper as operações em um terminal aeroportuário do país. O evento recente ocorreu no aeroporto de Aalborg, que serve tanto a aviação comercial quanto militar.

A ocorrência de Aalborg espelha o cenário vivido no último domingo, quando o principal centro de operações aéreas da nação, o Aeroporto de Copenhague, teve suas atividades suspensas. De acordo com informações da polícia nacional dinamarquesa, o padrão de comportamento dos drones observados em Aalborg apresentou notável semelhança com o registrado na capital. Autoridades das Forças Armadas foram mobilizadas para prestar assistência às polícias local e nacional na condução da investigação, porém detalhes adicionais sobre a operação ou sobre as descobertas iniciais não foram divulgados. Os artefatos foram avistados por volta das 21h44 no horário local, correspondente às 16h44 em Brasília, permanecendo visíveis por mais de cinco horas. Como resultado direto da intrusão, três voos com destino a Aalborg precisaram ser redirecionados para outras instalações aeroportuárias.

Drones Suspeitos Fecham Aeroporto na Dinamarca Pela Segunda Vez

Até o momento, a polícia se pronunciou indicando ser prematuro especular sobre as motivações por trás da aparição desses drones ou sobre a identidade de seus operadores. Esta declaração sublinha a complexidade e a delicadeza das investigações em curso, que buscam compreender a natureza e os objetivos dos incidentes. A escalada desses eventos reflete uma crescente preocupação com a segurança aérea e a defesa territorial no contexto europeu.

No episódio anterior, datado de 22 de setembro, o governo dinamarquês havia classificado a interrupção das operações no aeroporto de Copenhague como um “ataque grave”. Essa caracterização oficial sublinhou a seriedade do ocorrido e prontamente associou o caso a um contexto mais amplo de supostas invasões de drones russos que têm sido reportadas em diversas nações da Europa. Em resposta à situação, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou publicamente que as interrupções de voos em Copenhague causadas por drones integram um “padrão de contestação persistente nas fronteiras” da Europa, evidenciando uma visão unificada sobre a ameaça.

O temor por invasões não se limitou à Dinamarca. Anteriormente, na segunda-feira, 21 de setembro, o espaço aéreo do aeroporto de Oslo, na Noruega, também enfrentou um fechamento que perdurou por três horas após a identificação de um drone suspeito. Embora autoridades norueguesas e dinamarquesas mantenham diálogo e contato sobre os eventos em Copenhague e Oslo, o Ministério das Relações Exteriores da Noruega esclareceu que, até o presente momento, a investigação não conseguiu estabelecer um vínculo definitivo entre os dois incidentes.

Este cenário de emergências aéreas em múltiplos países europeus intensifica as tensões já existentes relacionadas a alegadas invasões de espaço aéreo por aeronaves russas em território da OTAN nas últimas semanas. Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, manifestou em 23 de setembro sua postura favorável à derrubada de aeronaves militares russas que violassem o espaço aéreo de países membros da aliança atlântica. Ele acrescentou que o apoio americano a tais ações seria condicional às circunstâncias específicas de cada incursão, enfatizando a importância da resposta estratégica em cenários de segurança tão sensíveis. Para mais detalhes sobre as posições da OTAN e seus membros diante de tais ameaças, consultar os comunicados oficiais da aliança é fundamental para entender a abordagem coordenada.

Imagem: g1.globo.com

Diversos outros eventos marcaram este período de tensão na região: em 22 de setembro, como já mencionado, os voos em Copenhague foram suspensos por cerca de quatro horas. No dia 19 de setembro, a Estônia acusou a Rússia de violar seu espaço aéreo com três jatos de combate. Em 13 de setembro, a Romênia informou o envio de caças para sua fronteira com a Ucrânia após novos incidentes envolvendo drones russos em seu território. Por fim, em 9 de setembro, a Polônia relatou ter abatido drones russos que invadiram seu espaço aéreo a partir da fronteira com a Ucrânia, culminando em uma política de ativação de caças próprios e de nações aliadas para proteger seu território aéreo.

Os recentes incidentes envolvendo drones na Dinamarca e em outros países europeus apontam para uma complexa teia de desafios em segurança aérea e geopolítica, exigindo uma coordenação internacional robusta e investigações aprofundadas. O governo dinamarquês, juntamente com aliados europeus, continua a monitorar e reagir a esses eventos, cujas implicações podem ser de longo alcance.

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Crédito da imagem: Scanpix/Steven Knap via REUTERS