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Mulher denuncia importunação sexual em Juiz de Fora e Uber age

Uma mulher denunciou importunação sexual em Juiz de Fora após uma corrida de moto por aplicativo na noite de domingo, 21 de janeiro. A jovem de 23 anos relatou momentos de terror e medo durante o trajeto que a levaria para a igreja. O incidente resultou na prisão em flagrante do motorista e no banimento […]

Uma mulher denunciou importunação sexual em Juiz de Fora após uma corrida de moto por aplicativo na noite de domingo, 21 de janeiro. A jovem de 23 anos relatou momentos de terror e medo durante o trajeto que a levaria para a igreja. O incidente resultou na prisão em flagrante do motorista e no banimento do condutor pela plataforma Uber, que também ofereceu suporte psicológico à vítima e prometeu colaborar com as investigações das autoridades.

A vítima solicitou o transporte por volta das 17h40, partindo do Bairro Jardim Esperança com destino ao Bairro Mariano Procópio, ambos na cidade mineira. O percurso inicialmente rotineiro transformou-se em uma experiência traumática quando o motociclista começou a desviar da rota usual e a agir de forma incomum, buscando um local isolado sob o pretexto de uma necessidade pessoal.

Mulher denuncia importunação sexual em Juiz de Fora e Uber age

Durante a corrida, o motorista teria manifestado a necessidade urgente de usar o banheiro. Mesmo com a jovem sugerindo diversos locais comerciais para uma parada, ele se recusou, alegando a falta de estabelecimentos abertos. O motociclista então dirigiu por uma estrada de terra, uma área cercada por vegetação densa, onde parou a moto e realizou suas necessidades fisiológicas a poucos metros da passageira. O horror da situação intensificou-se quando, ainda com as calças arriadas e o órgão genital exposto, o homem começou a chamar a passageira, enquanto a observava fixamente e de maneira perturbadora.

A vítima, que optou por não ter sua identidade revelada, detalhou o cenário de aflição que viveu, destacando a extensão da situação constrangedora. “Escutei o barulho da urina só no início e muito pouco. Depois ficou aquele silêncio e ele segurando o órgão. Foi uns 20 minutos assim. Em dado momento eu me virei e vi que ele estava olhando para mim com um olhar maldoso e ficou me chamando umas quatro vezes. Foi aí que entendi que ele estava fazendo algo que não era comum”, desabafou a jovem, descrevendo a perturbação e o crescente pavor de uma situação inusitada e perigosa. Com o receio de que o agressor pudesse estar armado, ela sentiu-se compelida a retornar para a moto, optando por obedecer na esperança de segurança.

Nos instantes seguintes, enquanto retomavam o trajeto em direção à igreja, o motorista insistentemente pediu que ela não o denunciasse. Ele utilizou argumentos pessoais, mencionando sua família e a necessidade de preservar seu emprego, numa tentativa de dissuadir a vítima de procurar a justiça. Essa conduta do motorista só reforçou o constrangimento e a situação de desamparo vivida pela passageira, evidenciando a tentativa de coação pós-crime.

Ao finalmente chegar à igreja, a jovem desmaiou, evidenciando o profundo estado de choque provocado pelo ocorrido. Ela foi prontamente socorrida no local com a ajuda essencial de um dos pastores da igreja, que também serve como sargento da Polícia Militar. Ele foi fundamental para o atendimento, acionando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e prestando o primeiro apoio imediato. Antes de ser levada ao hospital para receber cuidados médicos e apoio psicológico, a vítima conseguiu identificar o motorista por meio do aplicativo, fornecendo a placa e as características da motocicleta para as autoridades policiais.

Graças às informações precisas fornecidas pela vítima, a Polícia Militar agiu rapidamente e com eficácia. O homem foi localizado e preso em flagrante na Praça Jeremias Garcia, situada no Bairro Benfica. Surpreendentemente, no momento da abordagem policial, o motociclista estava acompanhado de sua esposa e filha, o que não impediu sua detenção. Ele foi detido sob acusação de importunação sexual, com as provas e testemunhos iniciais corroborando a gravidade da denúncia apresentada.

Inicialmente, a vítima confessou ter hesitado em registrar a denúncia, principalmente por preocupação com a localização de sua residência, temendo possíveis retaliações. “De início fiquei receosa em denunciá-lo por ele ter me pegado na porta da minha casa, mas lá na igreja fui conversando e vi ser importante denunciar até para não fazer com outras mulheres (…). Inicialmente eu não queria por medo e eu acho que a maioria não denuncia por medo também, mas temos que fazer”, concluiu a jovem, ressaltando a importância de combater o medo e a cultura do silêncio para proteger outras mulheres. Essa é uma reflexão comum em casos de crimes de gênero, onde o receio de retaliação e a intimidação frequentemente inibem as denúncias, dificultando a busca por justiça.

A plataforma Uber, responsável pelo serviço de transporte, emitiu uma nota de repúdio. A empresa lamentou o incidente e classificou qualquer forma de assédio como “inaceitável”. Em resposta à ocorrência, o motorista parceiro teve seu acesso à plataforma banido de forma permanente, demonstrando a intolerância da empresa a tais comportamentos. Além disso, a Uber informou que providenciou suporte psicológico à vítima, por meio de uma parceria estratégica com o movimento MeToo, e declarou total disposição em cooperar com as investigações policiais, nos termos da legislação vigente, reiterando seu compromisso com a justiça e a segurança.

Mulher denuncia importunação sexual em Juiz de Fora e Uber age - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

A empresa ainda reiterou seu profundo compromisso com a segurança de seus usuários, destacando as diversas ferramentas de proteção que disponibiliza no aplicativo. Entre elas, encontram-se funcionalidades cruciais como a gravação de áudio e vídeo durante as viagens, um botão de emergência que conecta o usuário diretamente às autoridades em caso de necessidade urgente, e a capacidade de compartilhamento em tempo real da localização do veículo, permitindo que amigos e familiares acompanhem o trajeto e garantam o monitoramento da corrida. Tais recursos visam proporcionar mais tranquilidade e segurança aos passageiros, minimizando riscos em potenciais situações perigosas.

O empenho da Uber na prevenção da violência de gênero é reforçado por múltiplas parcerias estabelecidas ao longo dos anos, em alinhamento com os esforços de outras organizações para combater a importunação sexual em transportes. A empresa colabora ativamente com entidades como o Ministério das Mulheres do Governo Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Instituto Maria da Penha, o Ministério Público da Bahia e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outras instituições relevantes no combate à violência. Desde 2018, a Uber mantém um compromisso público e manifesto de enfrentamento à violência contra a mulher, buscando ações concretas para proteger suas usuárias e motoristas parceiras. O incentivo a denúncias e a plena colaboração com as autoridades investigativas são pilares inabaláveis dessa política de segurança e responsabilidade social.

Ainda nesse contexto de iniciativas preventivas e de apoio, no início da pandemia de Covid-19, a Uber, em colaboração com o Instituto Avon, lançou a “Ângela”. Esta é uma assistente virtual inovadora, um chatbot que pode ser adicionado como contato conhecido no WhatsApp (11) 94494-2415). Mulheres em situação de violência doméstica podem recorrer à “Ângela” para obter orientação especializada e, crucialmente, para acessar códigos promocionais que permitem viagens gratuitas pelo aplicativo da Uber até delegacias da mulher ou outros equipamentos da rede de apoio à mulher, facilitando o acesso à proteção e justiça. Mais recentemente, a “Ângela” expandiu suas funcionalidades, passando a ser também um recurso valioso para orientar pessoas que desejam auxiliar outras mulheres que estejam atravessando situações de violência, tornando-se uma ferramenta mais abrangente de apoio à comunidade.

O caso ocorrido em Juiz de Fora serve como um alerta contínuo sobre a necessidade de vigilância e ação coordenada contra a importunação sexual em serviços de transporte por aplicativo, destacando a importância fundamental da denúncia, da colaboração efetiva entre vítimas, plataformas e autoridades para garantir um ambiente mais seguro e livre de violência para todos os usuários.

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Em resumo, o grave incidente de importunação sexual durante uma corrida de Uber Moto em Juiz de Fora ressalta a importância crucial de denunciar crimes e o papel das empresas de aplicativo na segurança contínua de seus usuários. A rápida ação policial e as medidas decisivas tomadas pela Uber demonstram uma resposta eficaz a esse tipo de crime, enquanto o relato corajoso da vítima sublinha a necessidade de buscar justiça e a relevância de prevenir que outras mulheres passem por experiências semelhantes e traumáticas. Para mais informações e análises aprofundadas sobre a segurança em cidades brasileiras e políticas de transporte público e privado, continue acompanhando as notícias e artigos de nossa editoria de Cidades.

Foto: Reprodução/TV Integração

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