O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou indignação com a reativação do programa “Jimmy Kimmel Live” e não descartou a hipótese de entrar com uma ação judicial contra a emissora ABC, responsável pela produção do talk-show. Trump acusou a rede de televisão de ter ludibriado a Casa Branca, conforme suas declarações em uma publicação veiculada na noite da última terça-feira (23).
Em postagem na plataforma Truth Social, momentos antes de o programa de Kimmel ir ao ar, Trump declarou: “Não acredito que a ABC Fake News devolveu o emprego ao Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC de que o programa dele tinha sido cancelado! Algo aconteceu entre então e agora, porque a audiência dele SUMIU, e seu ‘talento’ nunca existiu”. A fala do republicano aponta para uma suposta mudança de postura da emissora.
A Polêmica Entre Donald Trump e Jimmy Kimmel: Processo à ABC no Horizonte
Donald Trump intensificou suas críticas ao acusar Jimmy Kimmel de operar como “um braço do Partido Democrata” e de realizar “contribuições ilegais de campanha” em favor de seus oponentes políticos. Tais ações, na visão do ex-presidente americano, seriam fundamentos sólidos para um processo legal. “Acho que vamos testar a ABC nisso. Vamos ver como nos saímos. Da última vez que fui atrás deles, eles me deram US$16 milhões. Este aqui parece ainda mais lucrativo. Um verdadeiro bando de perdedores! Deixem Jimmy Kimmel apodrecer com suas péssimas audiências”, concluiu Trump, demonstrando forte ressentimento.
O retorno de Jimmy Kimmel ao comando de seu programa após uma breve suspensão foi marcado por esclarecimentos sobre um episódio controverso. O apresentador abordou a fala anterior referente ao assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, assegurando que “não tinha a intenção de fazer piada com o assassinato de um jovem”.
Após a explicação inicial, Kimmel retomou o estilo característico de crítica inteligente, enfatizando a importância de seu programa para a defesa da liberdade de expressão. Ele também dirigiu uma indireta ao ex-presidente, ao brincar: “Eu não sei quem teve as 48 horas mais malucas, eu ou o CEO da Tylenol”. A observação era uma referência direta à coletiva de imprensa anterior de Trump, na qual ele alegou, sem respaldo científico, uma conexão entre o uso de paracetamol por gestantes e o autismo em crianças, desaconselhando o uso do medicamento Tylenol.
A suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live!” pela rede americana ABC ocorreu no início da semana passada, de forma indeterminada. A decisão foi tomada após Kimmel ter emitido comentários polêmicos a respeito do suspeito de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. O talk-show possui considerável audiência nos Estados Unidos.

Imagem: g1.globo.com
Durante um monólogo televisionado na segunda-feira (15) que precedeu a suspensão, Kimmel sugeriu que o acusado, Tyler Robinson, teria afiliação republicana e apoio ao ex-presidente Trump. “A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, declarou o apresentador, conforme reportagens da imprensa americana. O episódio gerou intensa repercussão e suscitou debates acerca dos limites da censura e da liberdade de expressão no cenário político polarizado dos Estados Unidos. Em muitos casos, discussões sobre liberdade de imprensa e de discurso nos EUA são um reflexo da polarização política.
Charlie Kirk foi assassinado durante um evento na Universidade Utah Valley na quarta-feira (10). Ele era identificado como conservador, alinhado ao movimento “Make America Great Again” (MAGA), e considerado um aliado de Donald Trump. Tyler Robinson foi detido na sexta-feira (12) e subsequently indiciado por homicídio qualificado. O caso gerou um forte impacto no cenário público dos Estados Unidos, fomentando amplos debates sobre os contornos da censura e o direito à liberdade de expressão, especialmente no contexto da era Trump.
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A potencial batalha judicial entre Donald Trump e a ABC, envolvendo Jimmy Kimmel, destaca as crescentes tensões entre política e mídia nos Estados Unidos. O desdobramento dessa situação pode ter implicações significativas para o futuro da televisão e da liberdade de expressão no país. Continue acompanhando nossas análises sobre política para se manter informado.
Crédito da imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein/AP Photo/Chris Pizzello
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