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Ataque de Drones a Flotilha de Gaza em Águas Internacionais

Ataque de drones foi reportado contra embarcações da Global Sumud Flotilha nesta terça-feira (23), enquanto o movimento humanitário navegava em águas internacionais, próximo à ilha grega de Creta. A denúncia partiu de João Aguiar, coordenador da delegação brasileira do grupo, que informou à colunista Mônica Bergamo sobre o incidente que escalou as tensões na missão. […]

Ataque de drones foi reportado contra embarcações da Global Sumud Flotilha nesta terça-feira (23), enquanto o movimento humanitário navegava em águas internacionais, próximo à ilha grega de Creta. A denúncia partiu de João Aguiar, coordenador da delegação brasileira do grupo, que informou à colunista Mônica Bergamo sobre o incidente que escalou as tensões na missão.

De acordo com o relato de Aguiar, feito por telefone cerca de uma hora após o início da ofensiva, o Exército de Israel estaria por trás da ação. A flotilha é composta por um total de 40 barcos, e, segundo as informações preliminares, sete dessas embarcações teriam sido alvo direto dos drones. O ataque envolveu o lançamento de granadas de luz e cápsulas contendo um líquido com forte odor, que provocava ardência ao entrar em contato com a pele dos tripulantes.

Ataque de Drones a Flotilha de Gaza em Águas Internacionais

O impacto dos projéteis gerou consequências imediatas para a tripulação. Um dos ativistas foi atingido pelo líquido, mas conseguiu realizar a lavagem rapidamente e, conforme Aguiar, passa bem. O coordenador enfatizou a gravidade do ocorrido ao afirmar que “estamos em posição de defesa e agrupados, como fomos treinados. Isso faz parte da guerra psicológica que Israel faz contra nós. O ataque foi em águas internacionais, mais um crime de guerra por parte de Israel.”

No contingente brasileiro da flotilha, 15 participantes estão distribuídos em nove dos barcos que compõem a Global Sumud. Antes dos relatos sobre os ataques, Israel divulgou nas redes sociais uma versão diferente dos eventos. Horas antes, o Estado israelense afirmou que a “flotilha do Hamas” havia recusado a oferta de “desembarcar pacificamente” na Marina de Ashkelon, em Israel, para então prosseguir com a ajuda para Gaza. Segundo Israel, essa recusa comprovaria o “verdadeiro objetivo” do grupo: “servir ao Hamas em vez de entregar ajuda aos civis de Gaza”. Até o momento da publicação original, não havia menção explícita aos ataques por parte de Israel, e a embaixada israelense não se manifestou quando procurada.

Em comunicado pelas redes sociais, a própria Global Sumud Flotilha confirmou os ataques e reportou a existência de interferência nas comunicações, além das explosões e da ação dos drones. O grupo reiterou sua determinação: “Não seremos intimidados. Cada tentativa de nos calar só fortalece nosso compromisso de levar ajuda a Gaza e romper o cerco ilegal”.

A flotilha é uma iniciativa internacional que reúne embarcações de diversos países, visando quebrar o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. Na semana anterior ao incidente, o Itamaraty, órgão do governo brasileiro responsável pelas relações exteriores, emitiu um pedido para que Tel Aviv respeitasse “todas as normas de direito internacional e direito humanitário” e garantisse a segurança dos barcos, enfatizando o caráter pacífico e humanitário da missão. Para mais informações sobre a importância da proteção de civis e ajuda humanitária em conflitos, é possível consultar os princípios das Operações de Paz da ONU relacionados a questões humanitárias.

Ataque de Drones a Flotilha de Gaza em Águas Internacionais - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

A Global Sumud envolve cerca de 80 embarcações, representando 44 nações, com aproximadamente 700 indivíduos a bordo. Entre os representantes brasileiros estão figuras conhecidas, como a vereadora de Campinas (PSOL), Mariana Conti, e o ativista Thiago Ávila. Ávila, inclusive, já possui experiência em missões semelhantes e foi detido em uma ação anterior, em maio. O grupo ressalta que as violações das regras internacionais para navios em águas neutras criam um precedente perigoso para a navegação humanitária.

No início do mesmo mês, a flotilha havia reportado outro incidente, envolvendo ataques de drones enquanto as embarcações atravessavam as águas da Tunísia. Na ocasião, dois barcos sofreram danos, mas foram prontamente reparados e reintegrados ao comboio. Desde então, o percurso da flotilha seguiu pela costa da Sicília, na Itália, até chegar à Grécia, de onde partiu em direção ao seu destino final. A expectativa dos ativistas é que a chegada a Gaza ocorra em, no máximo, uma semana, se não houverem mais intervenções.

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissiona

A missão da Global Sumud Flotilha permanece firme em seu objetivo humanitário, apesar dos ataques reportados em águas internacionais e das tensões diplomáticas. Os fatos indicam uma escalada de confrontos em um cenário já delicado. Continue acompanhando as atualizações sobre o conflito na editoria de Política de nosso site, onde cobrimos os principais desdobramentos de crises internacionais.

Crédito da imagem: Fethi Belaid – 9.set.25/AFP

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