Na última sexta-feira, 19 de abril, a justiça acreana proferiu a condenação de Severino Feitosa da Silva, de 37 anos. Ele foi sentenciado a uma pena de 11 anos e 3 meses de prisão, a ser cumprida em regime fechado. A decisão judicial o considerou culpado pelo homicídio de Marino Maciel Silva, também de 37 anos, que foi brutalmente assassinado a golpes de madeira e cujo corpo foi descoberto dentro de um córrego na zona rural de Rio Branco, mais precisamente às margens do Ramal Olho D’Água, em março deste ano.
Os jurados do Tribunal do Júri de Rio Branco deliberaram sobre o caso, reafirmando Severino Feitosa da Silva como o autor confesso do crime. Durante o julgamento, a possibilidade de absolvição foi descartada, e a tese de homicídio privilegiado, que implica circunstâncias atenuantes que diminuem a gravidade do ato, foi integralmente rejeitada pelo corpo de jurados. Esta recusa reflete a percepção do tribunal de que as ações de Severino Feitosa da Silva não se enquadravam em motivações capazes de mitigar a punição pela gravidade do assassinato de Marino Maciel Silva. No Acre, a repercussão de casos como este acende debates importantes sobre a segurança pública e a atuação do judiciário.
Severino Feitosa Condenado no AC por Morte a Pauladas
A defesa do réu tentou persuadir o Tribunal a aplicar uma pena mais branda, argumentando que Severino Feitosa da Silva teria agido sob forte emoção e provocado pela vítima. Contudo, essa argumentação foi rejeitada pelos magistrados do Tribunal do Júri. Severino Feitosa da Silva havia sido detido em flagrante logo após o crime, e em seu depoimento à polícia, admitiu a autoria. As investigações detalharam que, horas antes do ocorrido, Marino Maciel Silva e Severino Feitosa da Silva haviam compartilhado um período do dia juntos, consumindo bebidas alcoólicas, culminando em um desentendimento fatal.
De acordo com o depoimento prestado pelo acusado às autoridades, a desavença que levou à trágica morte de Marino Maciel Silva teve início devido a um episódio envolvendo a esposa de Severino Feitosa da Silva. Ele relatou ter se irritado após o falecido supostamente ter “mexido” com sua cônjuge, tentando forçá-la a dançar e até beijá-la sem consentimento. Essa situação teria gerado um ciúme intenso, culminando em uma acalorada briga entre os dois homens. No ápice da discussão, Severino Feitosa da Silva utilizou um pedaço de madeira, com o qual desferiu múltiplos e violentos golpes contra a cabeça de Marino Maciel Silva.
Após perceber que a vítima havia sucumbido aos ferimentos, Severino Feitosa da Silva arrastou o corpo de Marino Maciel Silva por aproximadamente 15 metros, conduzindo-o até um pequeno córrego, onde o ocultou. Este ato de ocultação, somado à brutalidade dos golpes, corroborou a decisão do júri pela condenação em regime fechado.
Relembrando o Caso: Da Descoberta à Prisão
O corpo de Marino Maciel Silva foi encontrado em condições perturbadoras na noite de 21 de março deste ano. A descoberta ocorreu dentro de um córrego, localizado às margens do Ramal Olho D’Água, na altura do quilômetro 90 da Rodovia AC-90, que integra a Estrada Transacreana, na capital acreana. Marino, que residia no quilômetro 80 da mesma rodovia, foi visto pela última vez consumindo bebidas alcoólicas na companhia de Severino Feitosa da Silva na quinta-feira anterior à descoberta de seu corpo, após o que não retornou mais para sua residência.
A ausência de Marino alertou seus familiares, que prontamente acionaram a polícia. No mesmo dia em que os parentes registraram o desaparecimento, uma guarnição policial foi deslocada para realizar buscas na área do ramal. Inicialmente, a equipe não obteve sucesso em localizar quaisquer indícios que pudessem levar ao paradeiro de Marino Maciel Silva. No entanto, por volta das 21h, as investigações tomaram um rumo crucial. A equipe de patrulha recebeu uma informação vital: a esposa de Marino havia se dirigido à residência do então suspeito, Severino Feitosa da Silva, e, em conversa com a mulher deste, soube que Severino havia retornado para casa relatando ter assassinado Marino e desfeito de seu corpo em um açude.
Diante desta nova informação, por volta das 22h30 da mesma noite, os policiais conseguiram localizar o corpo de Marino Maciel Silva no córrego. Pouco tempo depois, ainda na madrugada, a guarnição conseguiu identificar e seguir rastros que indicavam o local onde Severino Feitosa da Silva estava escondido, culminando em sua prisão em flagrante. Após a prisão, Severino Feitosa da Silva foi levado a uma audiência de apresentação, e a Justiça do Acre, considerando a gravidade do ocorrido e as evidências, converteu sua prisão em flagrante para prisão preventiva.

Imagem: g1.globo.com
Os Detalhes da Confissão e Antecedentes
Em seu depoimento à polícia, Severino Feitosa da Silva narrou os motivos que o levaram ao ato. Ele afirmou que a principal razão para o desentendimento fatal foi a alegada insistência de Marino Maciel Silva em “mexer” com sua esposa, forçando-a a dançar e tentando beijá-la contra a vontade dela. Tais provocações teriam inflamado Severino, resultando em uma briga física entre os dois homens. Severino Feitosa da Silva relatou ainda que Marino Maciel Silva teria desferido socos contra ele, em resposta aos quais o condenado se armou com uma estaca de madeira, desferindo não menos que cinco golpes na cabeça da vítima. O depoimento reiterou o que as investigações haviam apontado sobre o uso de objeto contundente.
A ser preso, a equipe policial notou que Severino Feitosa da Silva apresentava lesões compatíveis com o confronto físico. Ele possuía uma lesão no tornozelo esquerdo, um hematoma no olho direito e um corte no couro cabeludo, evidências que corroboravam sua versão de uma briga antes dos golpes fatais. Severino foi levado para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral. Após ser liberado pelos profissionais de saúde, foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla) para as demais formalidades legais.
Importante ressaltar que, à época da prisão em flagrante, Severino Feitosa da Silva já possuía registros criminais e era reincidente. Ele permaneceu detido durante toda a instrução processual, e a Justiça negou-lhe o direito de recorrer em liberdade, assegurando sua continuidade no cárcere. Informações sobre processos judiciais e o sistema penal brasileiro podem ser aprofundadas em portais de notícia de alta credibilidade que acompanham a atuação da Justiça no país.
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Este desfecho reitera o compromisso do Poder Judiciário acreano em processar e condenar atos criminosos com rigor. A condenação de Severino Feitosa da Silva pelo homicídio de Marino Maciel Silva em Rio Branco reforça a busca por justiça para as vítimas de violência. Para acompanhar outras notícias sobre crimes, segurança pública e o andamento da Justiça no estado, continue explorando nossa editoria de Cidades e demais análises no Horadecomecar.com.br.
Crédito da Imagem: Reprodução
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