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Invasões de Veículos Ameaçam Ferrovias em Minas Gerais

As invasões de veículos em ferrovias em Minas Gerais, especialmente na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), representam um desafio alarmante para a segurança. Somente nos primeiros oito meses deste ano, as passagens ferroviárias registraram 30 mil ocorrências, uma média preocupante de 3.750 invasões mensais, que se traduz em cerca de 125 casos diários. Esse […]

As invasões de veículos em ferrovias em Minas Gerais, especialmente na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), representam um desafio alarmante para a segurança. Somente nos primeiros oito meses deste ano, as passagens ferroviárias registraram 30 mil ocorrências, uma média preocupante de 3.750 invasões mensais, que se traduz em cerca de 125 casos diários. Esse cenário de alto risco resultou em 20 acidentes com vítimas no mesmo período.

O epicentro dessas ocorrências críticas está localizado no município de Betim. A cidade, situada na Grande BH, foi responsável por um número esmagador de 26 mil invasões ferroviárias, conforme detalhado pelo Centro de Controle de Passagens em Nível (CCPN), um sistema mantido pela operadora VLI. Além da travessia indevida de veículos, Betim registrou a quebra de 20 cancelas entre janeiro e agosto, evidenciando a intensidade do problema na localidade.

Invasões de Veículos Ameaçam Ferrovias em Minas Gerais

A ameaça imposta pelas invasões de pedestres e veículos às linhas férreas é, invariavelmente, apontada como a principal origem de acidentes que envolvem composições. A urgência da questão se acentua ao considerar a característica particular dos trens: uma locomotiva puxando, em média, 80 vagões, pode necessitar de até um quilômetro para atingir a frenagem total, o que transforma qualquer incursão indevida nos trilhos em um potencial evento catastrófico. Tal vulnerabilidade reforça a necessidade contínua de estratégias eficazes para mitigar os riscos e salvaguardar vidas na infraestrutura ferroviária.

Embora o levantamento entre janeiro e agosto tenha revelado uma redução de 13% no total de acidentes com vítimas em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior — caindo de 23 para 20 incidentes —, o desafio permanece substancial. Mauricio Guadalupe, gerente-geral de saúde, segurança e meio ambiente da VLI, enfatiza a relevância da manutenção e intensificação das campanhas de conscientização. Segundo Guadalupe, o alto número de evasões e a quebra frequente de cancelas servem como um claro indicador de que “ainda há muito a avançar em conscientização”.

A metodologia para o cálculo das invasões das linhas férreas abrange a detecção de veículos que transpõem as cancelas após o acionamento dos sinais luminosos e sonoros de advertência. No período comparável de janeiro a agosto do ano passado, o CCPN registrou 11 mil evasões. Contudo, o órgão ressalta que uma comparação direta com os dados deste ano não é possível, dado que a abrangência do estudo no ano anterior contemplava apenas duas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, o que limitava o universo da análise de forma significativa.

Especificamente em Betim, o município com o maior índice de invasões, os números em julho revelaram cerca de 5.300 evasões, uma média de 7,1 por hora. Apesar de uma ligeira diminuição para 4.800 ocorrências em agosto, a operadora VLI continua a classificar os registros como “elevados”, indicando que a atenção e as intervenções na área são cruciais e permanentes.

Invasões de Veículos Ameaçam Ferrovias em Minas Gerais - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Em resposta a esses índices alarmantes, Betim serviu como palco para um simulado de acidente ferroviário realizado na última quinta-feira (18). A ação, de grande relevância, integrou a VLI com órgãos públicos como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Defesa Civil municipal e a Guarda Civil Municipal, demonstrando um esforço conjunto na gestão de emergências. O exercício teve lugar na passagem em nível do Ceabe, uma região central da cidade.

Durante o simulado, que simulava uma colisão entre uma locomotiva e um Corsa Sedan, duas técnicas de enfermagem atuaram como “vítimas” e foram prontamente socorridas e encaminhadas a uma unidade de saúde. Esta atividade prática, que marcou o início da Semana Nacional do Trânsito, não apenas testou a capacidade de resposta das equipes de emergência, mas também distribuiu materiais educativos ao público presente, com o intuito de ampliar a conscientização sobre os riscos e a importância do comportamento seguro nas proximidades de ferrovias. Tais ações coordenadas são vitais para mitigar os riscos associados à movimentação ferroviária em áreas urbanas, onde a interação com veículos e pedestres é constante, contribuindo assim para o objetivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de garantir a segurança operacional e a integridade da infraestrutura ferroviária do país. Você pode obter mais informações sobre a regulamentação ferroviária no site oficial da ANTT.

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A situação das invasões de veículos nas ferrovias de Minas Gerais exige vigilância contínua e um engajamento multidisciplinar para garantir a segurança de todos. Os dados, as ações e os alertas reiteram que a conscientização é a chave para a redução dos acidentes. Para mais informações sobre questões urbanas e desafios de infraestrutura em cidades brasileiras, continue explorando nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Marcelo Toledo/Folhapress

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