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Caso Pedrinho: Laudo Confirma Asfixia e Mãe e Padrasto São Presos em Santa Isabel

Facebook Twitter Pinterest LinkedInPrisões no Caso Pedrinho: Avó de Menino Desabafa Após Confirmação de Asfixia As autoridades realizaram a prisão da mãe e do padrasto do menino Pedro Henrique Ferreira Danin, de dois anos, em desdobramento do “Caso Pedrinho”, ocorrido em Santa Isabel. A confirmação da morte da criança por asfixia, segundo o laudo definitivo, … Ler mais

Prisões no Caso Pedrinho: Avó de Menino Desabafa Após Confirmação de Asfixia

As autoridades realizaram a prisão da mãe e do padrasto do menino Pedro Henrique Ferreira Danin, de dois anos, em desdobramento do “Caso Pedrinho”, ocorrido em Santa Isabel. A confirmação da morte da criança por asfixia, segundo o laudo definitivo, adicionou gravidade às acusações. Em meio às investigações, a avó materna do menino, Chaiana Simão de Deus Reis, expressou seus sentimentos: “Me sinto com o coração apertado, mas a justiça tem que ser feita para ambas as partes”.

A notícia das prisões vem após a conclusão do laudo definitivo que atestou a asfixia como causa da morte de Pedro Henrique, ocorrida em 22 de julho deste ano. A tragédia abalou a comunidade de Santa Isabel e gerou uma complexa **investigação policial** que agora resulta nas primeiras detenções de pessoas diretamente ligadas ao caso.

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Detenções e Acusações Iniciais da Polícia Civil

Jeferson Ivan Lopes dos Santos, de 21 anos, padrasto da criança, foi localizado e detido em Águas de Lindóia. A polícia aponta Jeferson como o principal autor da morte do menino Pedro Henrique. Simultaneamente, Giovanna Cerazo Danin, de 21 anos, mãe da criança, foi presa na cidade do Guarujá. A jovem deverá responder por homicídio com dolo eventual, conforme as investigações indicam que ela assumiu o risco ao permitir que seu filho permanecesse sob os cuidados do companheiro, mesmo com histórico de situações de maus-tratos.

Chaiana Simão de Deus Reis foi a primeira a levantar a suspeita de que a morte do neto poderia ter sido um homicídio, o que impulsionou o início da investigação. Desde o princípio, a avó clamava por justiça e demonstrava convicção sobre o culpado. “Sim, foi ele mesmo quem matou meu neto, isso é claro”, afirmou a avó. As prisões representam um avanço significativo para a família em sua busca por respostas e responsabilização.

Contradições e Primeiras Suspeitas no Hospital

No dia da morte de Pedro, o menino foi levado pelo padrasto Jeferson Ivan Lopes dos Santos para a Santa Casa de Santa Isabel. Lá, as versões apresentadas pelo jovem sobre o ocorrido com a criança foram notadamente inconsistentes. De acordo com a delegada Regina Campanelli, responsável pelo caso, inicialmente Jeferson teria alegado que Pedro havia sofrido uma queda da escada, mas logo depois modificou sua versão, afirmando que a criança havia caído durante o banho.

“Isso gerou uma suspeita em relação ao caso”, explicou a delegada Campanelli. A inconsistência dos relatos serviu como gatilho para a instauração de um inquérito policial, marcando o início de uma investigação que se mostraria complexa. Mais de vinte testemunhas foram ouvidas ao longo do processo, revelando camadas de informações cruciais para a apuração dos fatos.

Processo Investigativo e Confirmação da Asfixia

O primeiro laudo pericial, emitido no início das investigações, não conseguiu trazer um resultado definitivo sobre a causa da morte, principalmente porque o corpo de Pedro não apresentava lesões externas visíveis que pudessem esclarecer o ocorrido. Diante dessa falta de clareza, o médico-legista responsável solicitou exames adicionais: um toxicológico e um anatomopatológico, que são mais aprofundados.

Foi o exame anatomopatológico que, por fim, determinou a causa da morte. A delegada Regina Campanelli confirmou que este laudo concluiu que Pedro Henrique Ferreira Danin faleceu por asfixia. O médico-legista, com base nos achados, levantou a hipótese de que o padrasto Jeferson teria utilizado as mãos para sufocar a parte superior do corpo do menino, configurando a causa do óbito.

Evidências de Negligência e Maus-Tratos Anteriores

A suspeita em relação à mãe de Pedro, Giovanna Cerazo Danin, começou a se fortalecer com depoimentos de testemunhas. Essas declarações indicaram diversas situações anteriores de maus-tratos sofridas pela criança, bem como episódios de abandono de incapaz. Foi relatado que Giovanna, na companhia de seu namorado, frequentemente deixava o menino dormindo em casa para frequentar adegas e outras festas durante a noite.

Testemunhas também mencionaram dois incidentes ocorridos entre os meses de abril e maio, nos quais o menino Pedrinho apareceu com os olhos consideravelmente inchados. Em ambas as ocasiões, a mesma justificativa da queda no banheiro foi utilizada pelos pais, mas, o mais grave, é que se recusaram a levar a criança ao médico, mesmo com a insistência dos vizinhos que presenciaram a situação. Essas ocorrências foram cruciais para as investigações e a formulação da acusação de dolo eventual contra a mãe.

A delegada Campanelli reforçou a desconfiança sobre Giovanna, notando uma “situação de negligência evidente”. A mãe, segundo a investigação, teria permitido que o padrasto cuidasse de seu filho mesmo ciente de diversas outras situações de maus-tratos que já haviam ocorrido no ambiente doméstico. Como um fato que “se corroborou com essa situação”, a delegada citou que Giovanna foi vista dançando funk em uma balada um dia após a morte do filho, um comportamento que, para as autoridades, “demonstra também que ela não estava muito preocupada com a situação”.

Colchões: Provas Materiais com Luminol

Durante as diligências e buscas na residência onde Pedro morava com a mãe e o padrasto, foram apreendidos dois colchões. Um deles, de tamanho maior, já apresentava manchas de sangue visíveis. Giovanna alegou que o colchão havia sido recebido por meio de uma doação, tentando justificar a presença das manchas.

O colchão de Pedrinho, aparentemente limpo à primeira vista, revelou indícios contundentes de sangue ao ser submetido à análise com luminol pelo Instituto de Criminalística. “Quando o Instituto de Criminalística jogou o luminol, o sangue gritou, muito sangue no colchão”, descreveu a delegada Campanelli. Esse resultado forte indica uma quantidade significativa de sangue presente. Atualmente, o material biológico do colchão foi solicitado ao Instituto Médico Legal (IML) para ser encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) e realizar um confronto genético. O objetivo é determinar se o sangue encontrado pertence a Pedrinho, o que seria uma prova fundamental para a conclusão do inquérito.

Investigações em Andamento e Perspectivas de Prisão

As investigações do Caso Pedrinho continuam em curso. A prisão decretada nesta terça-feira é temporária, com validade de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período. Este tipo de prisão é fundamental para permitir que a polícia e o Ministério Público reúnam mais evidências e aprofundem as apurações sem o risco de interferência dos suspeitos.

A delegada informou que, após a conclusão dos resultados do confronto biológico do IC e a finalização de outras diligências, será solicitado a prisão preventiva dos acusados. “Ao final, com esse resultado do IC, a gente vai pedir a prisão preventiva, e a prisão preventiva não tem prazo: ela vai até o final do julgamento”, concluiu Campanelli, explicando que a prisão preventiva é uma medida mais definitiva que mantém os réus sob custódia até o desfecho judicial do caso.

Relembrando o Início do Caso Pedrinho

Pedro Henrique Ferreira Danin foi encontrado inconsciente no banheiro da residência onde morava com a mãe e o padrasto, localizada no Parque São Benedito, em Santa Isabel. No dia 22 de julho, data dos fatos, o padrasto da criança relatou que deixou o menino no banho e, ao retornar, o encontrou caído e desmaiado. Após o incidente, o homem buscou ajuda, e um motorista que passava pelo local auxiliou no transporte da criança à Santa Casa da cidade, onde sua morte foi lamentavelmente confirmada.

Inicialmente, a certidão de óbito de Pedro registrava a causa da morte como “a esclarecer”, o que levou o caso a ser categorizado como morte suspeita na delegacia de Santa Isabel. Ajudante geral Chaiana Simão de Deus Reis, avó materna do menino, foi a primeira a expressar forte desconfiança em relação ao padrasto. “Tem uma possibilidade dele ser o culpado. No laudo da criança está ‘a esclarecer’. O que passa na minha cabeça é que foi ele”, disse Chaiana em seus primeiros depoimentos.

Comportamento Agresivo do Padrasto

A avó Chaiana havia relatado anteriormente um comportamento agressivo e ciumento por parte do companheiro de sua filha, Jeferson Ivan. Segundo ela, dias antes da morte de Pedrinho, em 18 de julho, o padrasto teria tentado enforcar a companheira. No mesmo dia, o avô paterno de Pedro esteve na casa para levar a criança, que passaria o final de semana com o pai em São José dos Campos.

A avó contou que Giovanna desceu a escadaria para entregar o menino ao avô e retornou sorrindo. O padrasto, interpretando o sorriso como um possível encontro de Giovanna com o pai de Pedro, teria agredido a filha. “O marido achou que o pai da criança estava no carro e ela voltou sorrindo. Daí, ele bateu nela. Se a vizinha não chega, o marido ia matar ela”, detalhou Chaiana.

No dia seguinte ao ocorrido, Chaiana afirmou que sua filha chegou a pedir ajuda ao irmão, manifestando medo do companheiro. Diante da situação, Chaiana foi buscar a filha na padaria onde trabalhava, em Santa Isabel, com a intenção de levá-la para sua própria casa. Contudo, em 20 de julho, a mãe da criança decidiu retornar à casa onde morava com o padrasto, um dia antes de Pedrinho ser entregue pelo avô paterno à mãe em 21 de julho.

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Na noite de 22 de julho, Giovanna ligou para sua mãe contando sobre a morte de Pedro, relatando que ele havia batido a cabeça e sofrido uma parada cardíaca enquanto tomava banho, sob os cuidados do padrasto. As contradições e inconsistências nas histórias sobre o falecimento do menino levantaram ainda mais a suspeita da avó. “A casa estava seca. Ele disse que ia buscar uma toalha pra secar a criança e ela caiu. A casa tem câmera, na hora a câmera estava desligada. Ele falou que a câmera estava desligada. Pode ser um acidente, mas uma criança não cai, bate a cabeça e tem parada cardíaca. No hospital ele deu duas versões, primeiro que ele [Pedro] rolou a escada e depois que ele [Pedro] caiu e bateu a cabeça. O enfermeiro disse que ele entrou com asfixia e não tinha hematoma nenhum na cabeça”, reiterou Chaiana, evidenciando as muitas perguntas que cercavam a versão do padrasto. A avó também mencionou que, em diversas ocasiões, quando o padrasto frequentava a casa da filha e do neto (quando ainda moravam com ela), Pedro demonstrava medo do homem. “A tia da creche relatava que toda vez que o padrasto ia buscar, ele não queria ir”, lembrou. Em seu desabafo, emocionada, Chaiana Simão de Deus Reis ressaltou que a família busca ardentemente por justiça. “É uma criança inofensiva, de 2 aninhos, onde sorria, pulava, brincava. A gente quer saber a verdade, mesmo que for um acidente, a gente quer saber o que aconteceu”, disse, com lágrimas.


Fonte: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Caso Pedrinho: Laudo Confirma Asfixia e Mãe e Padrasto São Presos em Santa Isabel - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

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