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Menina de 4 Anos Resgatada em Olinda Após Suspeitas de Agressões por Pai e Madrasta

Facebook Twitter Pinterest LinkedInUma menina de apenas quatro anos de idade foi resgatada no domingo, 31 de julho, no bairro de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, após denúncias de agressão. A criança apresentava diversos sinais de violência e subnutrição, com o pai e a madrasta sendo apontados como os responsáveis pelas graves lesões, … Ler mais

Uma menina de apenas quatro anos de idade foi resgatada no domingo, 31 de julho, no bairro de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, após denúncias de agressão. A criança apresentava diversos sinais de violência e subnutrição, com o pai e a madrasta sendo apontados como os responsáveis pelas graves lesões, conforme informações levantadas pelo Conselho Tutelar e por vizinhos da localidade.

O estado de saúde da menina era alarmante no momento do socorro. Foram observados vários hematomas espalhados pelo corpo, bem como queimaduras de cigarro. A criança também estava mancando, apresentava mau hálito e visíveis sinais de desnutrição, com um peso de apenas 12,5 quilos, indicando uma condição de saúde bastante comprometida pela falta de alimentação adequada e pelos maus-tratos.

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O Conselho Tutelar, que é a instituição responsável por zelar pelos direitos de crianças e adolescentes, foi acionado após a gravidade do caso vir à tona, desencadeando uma série de ações para garantir a segurança e o bem-estar da menina. A situação destaca a importância do papel da comunidade na denúncia de situações de vulnerabilidade e violência contra os menores.

O Resgate Dramático e a Fuga dos Agressores

O resgate da criança ocorreu após a persistência e a ação direta dos vizinhos, que se alarmaram com os gritos e o choro incessante vindo da residência da família. De acordo com relatos colhidos pelo G1, ao ouvirem a pequena vítima clamando por ajuda, os moradores decidiram intervir e arrombaram a porta da casa. No momento da invasão, testemunhas afirmam ter flagrado a madrasta da menina em ato de agressão contra a criança.

A cena desencadeou uma reação imediata e intensa por parte da comunidade. A madrasta foi confrontada e linchada pelos vizinhos. Diante da investida popular, ela conseguiu fugir do local, acompanhada do pai da menina, antes da chegada das autoridades. Por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes dos envolvidos neste lamentável episódio não serão revelados à imprensa, preservando a identidade da vítima.

Estado de Saúde e Atendimento Médico

Após o resgate, a rede de apoio da família da menina foi acionada. Os vizinhos entraram em contato com a tia materna da criança, que imediatamente a levou para a Policlínica Amaury Coutinho, localizada no bairro da Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife. No entanto, devido à extensão e gravidade dos ferimentos, a equipe médica avaliou a necessidade de uma transferência.

A criança foi, então, encaminhada para o Hospital da Restauração (HR), um centro de referência na capital pernambucana, para receber tratamento especializado. No HR, a paciente foi submetida a avaliações detalhadas com equipes de neurologia e ortopedia, buscando identificar a dimensão dos traumas sofridos.

Ferimentos Reportados pela Conselheira Tutelar

A conselheira tutelar Claudia Roberta, que acompanhou o caso de perto, concedeu entrevista ao G1, fornecendo detalhes adicionais sobre o quadro clínico da menina. “A menina estava com um edema muito grande na testa da pancada na parede”, relatou Claudia. Além disso, ela mencionou a necessidade de avaliação ortopédica em decorrência de dores nos braços da criança, que apresentavam arranhões e roxos. “Não sei se foi a queda ou se foi porque ela estava com os braços arranhados também, roxos”, completou a conselheira, indicando a complexidade dos ferimentos e a dificuldade de precisar suas origens exatas no momento inicial.

Ouvidoria da Criança e Início das Investigações

A confirmação das agressões veio diretamente da vítima. Durante a permanência no hospital, a menina foi ouvida e confirmou as agressões sofridas, apontando o pai e a madrasta como os autores da violência. A conselheira tutelar destacou que a criança, pela idade e por sua condição, não conseguia relatar os fatos de forma ordenada ou compreender a maldade por trás dos atos. “Conversei com a criança no dia em que a delegacia acionou a gente. Ela confirmou todas as agressões que viveu, do início […]. Ela não consegue dar informações precisas, assim, ordeiras. Porque ela não tem entendimento de maldade”, pontuou a conselheira.

Foi a Polícia Civil que inicialmente acionou o Conselho Tutelar após receber as denúncias iniciais dos vizinhos, dando início ao processo formal de apuração. A investigação policial é crucial para que os fatpeça de informações levantadas pelas testemunhas sejam verificadas e para que as medidas legais cabíveis sejam aplicadas aos responsáveis pelos atos de violência.

Histórico de Maus-Tratos e Negligência

O boletim de ocorrência, ao qual o G1 teve acesso, revela um cenário de violência que já se arrastava. A tia da criança informou às autoridades que a mãe da menina é falecida e que já havia um histórico de agressões e maus-tratos praticados tanto pelo pai quanto pela madrasta contra a vítima. Essa informação reforça a urgência das intervenções e a necessidade de atenção contínua aos casos de violência doméstica contra crianças.

Além das agressões físicas, a menina era submetida a outras formas de negligência e isolamento. Vizinhos relataram à conselheira tutelar Claudia Roberta que o pai proibia a criança de ter contato com outras pessoas. Ademais, a menina não frequentava a escola, o que a privava de acesso à educação e de uma rede de apoio que poderia identificar os sinais de abuso. Esse isolamento impede que a criança receba auxílio externo e contribui para a perpetuação do ciclo de violência em um ambiente privado e não monitorado.

A Polícia Civil confirmou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso, que foi classificado como maus-tratos e lesão corporal por violência doméstica. A instauração do inquérito é um passo fundamental para a coleta de provas e para que os responsáveis sejam devidamente processados e punidos conforme a lei.

Novos Rumos para a Guarda e Saúde da Criança

Diante do cenário de violência e negligência, o Conselho Tutelar está atuando para garantir um ambiente seguro e protetor para a menina. Claudia Roberta informou que foi solicitada uma consulta médica abrangente e uma avaliação com um nutricionista para a criança, visto seu quadro de subnutrição. O objetivo é assegurar sua recuperação física e o acompanhamento necessário para seu desenvolvimento saudável.

Atualmente, a menina está sob a tutela provisória da tia materna, que assinou um termo de responsabilidade perante o Conselho Tutelar. Esta medida inicial permite que a criança esteja em um ambiente seguro e com familiares que demonstraram preocupação com seu bem-estar. A próxima etapa para a tia é ingressar com um pedido de guarda formal no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), buscando estabelecer a guarda definitiva da criança e prover um lar estável e seguro.

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O TJPE, ao ser procurado, informou que, conforme as normativas legais, as ações relacionadas ao Direito de Família tramitam em segredo de Justiça. Assim, o tribunal não pode se pronunciar sobre os detalhes específicos do caso em questão. Essa prática visa proteger a privacidade e o interesse de todas as partes envolvidas, especialmente os menores. O caso permanece sob investigação e acompanhamento das autoridades competentes, visando a proteção integral da criança e a responsabilização dos culpados pelos atos de agressão.

Fonte: g1.globo.com/pe

Menina de 4 Anos Resgatada em Olinda Após Suspeitas de Agressões por Pai e Madrasta - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

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