A China enfrentou em 2025 seu verão mais quente desde o início dos registros históricos, com vastas regiões do país registrando ondas de calor intensas e temperaturas médias significativamente elevadas. A Administração Meteorológica da China, em seu balanço, apontou que o período de junho a agosto deste ano marcou um novo patamar, consolidando um padrão de aquecimento observado globalmente. Este fenômeno sublinha a crescente preocupação com os impactos das **mudanças climáticas**, assunto de extrema importância para a comunidade internacional. Para aprofundar seu conhecimento sobre o tema, clique aqui e leia mais.
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Durante os meses de verão de 2025, a média nacional de temperatura na China atingiu 22,3ºC, configurando o verão mais quente já documentado. Este recorde nacional foi acompanhado por uma série de alertas sobre riscos à saúde, especialmente para as populações que vivem nas áreas mais afetadas pelas ondas de calor. Regiões do sul do país, em particular, continuam a enfrentar condições de calor extremo.
Temperaturas Recordes no Território Chinês
Em julho, as autoridades chinesas emitiram advertências específicas sobre os perigos das temperaturas elevadas, direcionando a atenção para o leste da China, onde a população estava mais vulnerável aos efeitos da intensa massa de ar quente. A capital, Pequim, registrou temperaturas que se aproximaram dos 40ºC já no mês de junho, demonstrando a precocidade e a força do calor extremo.
A previsão da Administração Meteorológica da China para algumas metrópoles indicou que a elevação térmica continuaria. Cidades como Xangai, por exemplo, esperavam ter uma temperatura média acima de 35ºC no final de um determinado fim de semana, cenário que exemplifica a persistência das altas temperaturas e seus potenciais riscos para a rotina e saúde dos habitantes.
O Papel dos Gases do Efeito Estufa e o Compromisso Chinês
Os cientistas climáticos e as agências ambientais ao redor do mundo concordam que os gases do efeito estufa, majoritariamente oriundos da atividade humana, são os principais propulsores das alterações climáticas atuais. Tais gases contribuem para a intensificação, prolongamento e frequência das ondas de calor que o mundo tem vivenciado. Este contexto reforça a urgência de ações globais coordenadas.
A China, reconhecida como o maior produtor global de dióxido de carbono (CO₂), um dos gases de efeito estufa mais potentes, delineou ambiciosos compromissos ambientais. O país asiático prometeu alcançar o pico de suas emissões até o final da década atual e, posteriormente, atingir a neutralidade de carbono até o ano de 2060. Estas metas são consideradas cruciais para a estabilização do clima global, apesar dos desafios inerentes à sua concretização.
Cenário Global: Outros Países Também Batem Recordes
O verão de 2025 não foi historicamente quente apenas para a China. Diversas agências meteorológicas internacionais, como as do Japão, Coreia do Sul e Reino Unido, anunciaram que esses países também registraram as temperaturas mais altas de suas histórias no período. Este padrão global de aquecimento destaca a universalidade do fenômeno das mudanças climáticas.
Reino Unido em Alerta Máximo Climático
No Reino Unido, o serviço meteorológico nacional, Met Office, confirmou que o verão de 2025 foi o mais quente desde 1884, ano em que os registros começaram a ser sistematicamente compilados. Com uma temperatura média de 16,1°C entre 1º de junho e 31 de agosto, a estação superou o recorde anterior de 15,7°C, estabelecido em 2018.
O verão britânico foi marcado pela ocorrência de quatro ondas de calor distintas, com a temperatura máxima de 35,8°C sendo registrada em 1º de julho, na região de Kent, localizada no sudeste da Inglaterra. O Met Office também divulgou uma análise impactante, indicando que um verão com intensidade semelhante ou ainda maior que o de 2025 é agora cerca de 70 vezes mais provável em comparação com um clima natural, ou seja, sem as emissões de gases de efeito estufa provocadas pela atividade humana. Este dado reforça a clara influência antropogênica sobre os eventos climáticos extremos.
Recordes na Ásia: Japão e Coreia do Sul
Complementando o cenário climático na Ásia, Japão e Coreia do Sul também tiveram os verões mais quentes de suas histórias em 2025. Ambos os países superaram seus recordes anteriores, baseados em dados oficiais dos meses de junho, julho e agosto, conforme divulgado por suas respectivas agências meteorológicas.
No Japão, a temperatura média registrada de junho a agosto ficou 2,36°C acima do valor médio histórico para o período. A Agência Meteorológica Japonesa (JMA) declarou que este foi “o verão mais quente desde o início dos registros, em 1898”, e notou que se trata do terceiro verão consecutivo em que o país atinge um recorde de temperatura elevada, um sinal preocupante da persistência do aquecimento.
Similarmente, a Coreia do Sul observou uma temperatura média de 25,7°C no mesmo período de junho a agosto. Este valor representa “o maior registro desde o início dos registros, em 1973”, de acordo com o comunicado da agência meteorológica sul-coreana. O recorde anterior para esse período havia sido de 25,6°C, estabelecido no ano anterior, em 2024, evidenciando uma rápida progressão dos recordes térmicos.
Consequências Humanas e Ambientais Imediatas
As altas temperaturas e os padrões climáticos extremos têm provocado consequências diretas na saúde pública e no meio ambiente. No Japão, o calor excessivo levou à hospitalização de um grande número de pessoas. Entre 1º de maio e 24 de agosto de 2025, 84.521 indivíduos foram hospitalizados devido a problemas relacionados ao calor, um número superior aos 83.414 hospitalizados no mesmo período de 2024. Este aumento aponta para a crescente vulnerabilidade da população a esses eventos extremos.
A Coreia do Sul, por sua vez, enfrenta não apenas o calor, mas também uma prolongada estiagem na cidade de Gangneung. A situação crítica levou as autoridades locais a declarar estado de desastre e a impor rigorosas restrições no uso da água, demonstrando como as mudanças climáticas manifestam-se através de múltiplos impactos simultâneos. Globalmente, o aumento das temperaturas decorrente das alterações climáticas também está por trás de padrões meteorológicos cada vez mais irregulares e imprevisíveis, afetando ecossistemas e comunidades em todo o planeta.
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Os dados de 2025, com recordes de temperatura em múltiplas nações-chave da Ásia e na Europa, reforçam a visão de que o planeta está passando por uma fase de aquecimento sem precedentes. Este cenário climático global tem demandado uma reavaliação urgente das estratégias de adaptação e mitigação por parte dos governos e da sociedade civil, com foco na redução de emissões e no desenvolvimento de resiliência.
Imagem: www1.folha.uol.com.br
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