**Incidente de Roubo de Aliança: Mulher Filma a Ação de Criminosos no Recife**
Um evento chocante foi registrado na Zona Oeste do Recife, onde uma mulher, enquanto passeava com uma criança, tornou-se vítima de um [assalto no Recife](https://seusite.com/categoria/assalto-recife) e conseguiu filmar a ação criminosa. O roubo da aliança ocorreu na segunda-feira, dia 1º, no bairro da Torre, revelando a audácia do criminoso e a vulnerabilidade da vítima. O homem, que conduzia uma motocicleta, abordou a mulher exigindo que ela entregasse a joia.
A gravação do assalto permite visualizar a sequência dos acontecimentos. A mulher estava com uma criança em um carrinho quando o indivíduo se aproximou. Durante a filmagem, o diálogo breve, mas tenso, entre os dois também foi capturado, intensificando a gravidade da situação vivenciada.
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**Detalhes da Abordagem e Ameaças Durante o Assalto**
O criminoso dirigia uma moto de cor vermelha. Ao se aproximar da mulher, ele anunciou o assalto de forma abrupta e intimidante. Em suas palavras, ele fez uma grave ameaça à vítima: “Se correr, eu atiro. Tire a aliança, tira logo”, disse o assaltante, tentando pressioná-la a agir rapidamente sob medo.
A mulher, que mantinha o celular em suas mãos, parou de caminhar e respondeu ao criminoso. Demonstrava um misto de receio e perplexidade diante da inesperada abordagem, mas não deixou de manifestar sua dificuldade em remover a joia: “Espera aí que está dura, está pensando o quê? Toma, vai embora”, proferiu a vítima enquanto tentava retirar a aliança. Assim que o homem teve a posse do anel, ele deixou o local rapidamente. Em resposta à sua partida, a mulher ainda gritou: “Vai embora na paz. Deus abençoe”, encerrando o momento de tensão.
Após o término da abordagem, a mulher prosseguiu seu caminho pela rua, ainda empurrando o carrinho da criança. Em seguida, ela relatou o ocorrido a uma vizinha, evidenciando o trauma e o desejo de comunicar o incidente.
**A Repercussão do Vídeo e a Falta de Registro Policial**
O vídeo que registrou o roubo ganhou as redes sociais e foi amplamente compartilhado por meio da página “Torre Notícias”, no Instagram, levantando discussões sobre a segurança na região. A visibilidade do caso, contudo, não se traduziu de imediato em uma investigação formal. O g1, ao buscar informações com a Polícia Civil sobre uma possível investigação do incidente, foi informado de que não foi possível localizar um registro da ocorrência. A dificuldade de identificação da vítima, que não teve sua identidade revelada publicamente, foi um fator determinante para a corporação não ter conseguido localizar a denúncia formal.
É fundamental que crimes como este sejam devidamente reportados às autoridades. O registro de ocorrência é a primeira etapa para que as forças de segurança pública possam tomar ciência dos fatos, iniciar investigações e planejar ações preventivas e repressivas que visem coibir a prática de crimes.
### Crescimento da Insegurança e Outros Relatos de Roubos de Alianças
O episódio de violência filmado pela própria vítima no bairro da Torre, infelizmente, não é um caso isolado na região. Relatos de outras mulheres que foram vítimas da crescente insegurança local têm surgido. Uma delas é Marta Maria, uma senhora de 53 anos, que também teve sua aliança roubada no mesmo dia, no período da manhã.
Em uma entrevista concedida ao g1, Marta Maria detalhou a sua experiência. O assalto ocorreu por volta das 9h40 na Rua Pio IV. De acordo com o relato da vítima, o criminoso usou um método de intimidação sutil: ele colocou a mão na cintura, insinuando que estaria armado, mas não chegou a exibir a arma em nenhum momento. Este modus operandi parece ser uma tática para amedrontar as vítimas sem a necessidade de um confronto direto ou da exposição explícita de armamentos, que poderia aumentar os riscos para o próprio assaltante.
Marta narrou o momento exato da abordagem, ressaltando a premeditação do criminoso. “Ele me viu indo, fez a volta [na moto], parou embaixo da árvore e ficou me esperando. Quando eu me aproximei, ele olhou para trás, mas eu não desconfiei, porque ele estava mexendo no telefone. Então, ele olhou para o lado, para mim, eu olhei para ele e ele simplesmente disse ‘isso é um assalto, passe a aliança, porque se você correr, eu atiro'”, contou Marta, demonstrando a frieza do assaltante e o terror vivido.
Ainda conforme o testemunho de Marta Maria, o mesmo homem que a assaltou foi visto agindo novamente em situações semelhantes. Ela presenciou outras duas mulheres, de faixa etária similar à dela, sendo abordadas pelo mesmo indivíduo. Uma das vítimas foi assaltada enquanto caminhava pela rua, tendo sua aliança também subtraída. Em um terceiro incidente, o assaltante chegou a deixar o local, mas retornou em seguida para roubar outra mulher que estava prestes a entrar em sua residência, na mesma Rua Pio IV. Estes incidentes subsequentes no mesmo local indicam um padrão de ação do criminoso, que aproveita-se da região e do momento oportuno para atacar suas vítimas.
Outro detalhe importante fornecido por Marta foi em relação ao veículo do assaltante. Ela afirmou que a placa da motocicleta que ele utilizava estava coberta por uma sacola plástica, uma estratégia comum para dificultar a identificação do veículo e do criminoso pelas autoridades ou testemunhas. Marta também informou que não chegou a registrar um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o incidente. Da mesma forma, ela não tem conhecimento se as outras mulheres que foram assaltadas pelo mesmo homem na vizinhança procuraram a polícia para relatar os crimes. A falta de registro oficial pode ser um dos grandes desafios na identificação e punição desses indivíduos.
**Resposta e Ações da Polícia Militar na Região**
Diante do caso de assalto que foi filmado e da repercussão dos crimes na área, o g1 buscou um posicionamento da Polícia Militar de Pernambuco sobre como o policiamento é realizado no bairro da Torre. Por meio de uma nota oficial, a corporação forneceu os seguintes esclarecimentos:
* Afirmou, através do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que não havia registro formal da ocorrência específica que foi filmada. Esta informação reforça a necessidade do registro oficial para que as autoridades possam atuar.
* A Polícia Militar detalhou que mantém um policiamento ativo no bairro da Torre. Esse policiamento inclui o patrulhamento Ostensivo Geral, que é realizado de maneira rotineira, e também a atuação de viaturas de apoio. Entre as equipes de reforço, foram citadas a Contrarresposta, o GATI (Grupo de Apoio Tático Itinerante) e a Operação Transporte Seguro. Além disso, a corporação menciona a presença de policiamento extraordinário, tudo com o objetivo de intensificar e reforçar a segurança pública local.
* A instituição ressaltou a crucial importância de que as ocorrências sejam registradas no momento em que o crime acontece. Aconselha-se que o contato seja feito pelo telefone 190. A PM enfatizou a relevância de, se possível, fornecer as características dos suspeitos, pois isso permite que a Polícia Militar responda de forma mais ágil e eficaz às situações de emergência.
* Finalmente, a nota reforçou a recomendação do registro de um Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia Civil. Esse registro é vital não apenas para a investigação individual do caso, mas também para que as informações possam ser compiladas, analisadas e utilizadas para traçar novas estratégias de segurança mais abrangentes e específicas para a localidade. A coleta de dados sobre a criminalidade é fundamental para o direcionamento de recursos e efetivo policial, visando combater os crimes de forma mais direcionada.
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**A Importância do Registro Oficial de Ocorrências**
A série de roubos de aliança na Zona Oeste do Recife, especialmente no bairro da Torre, ilustra a preocupação crescente com a segurança pública. Os relatos e, principalmente, a filmagem de um desses assaltos por uma das vítimas trazem à tona a realidade enfrentada pelos cidadãos. A não formalização das denúncias na Polícia Civil e a ausência de registro pelo telefone de emergência 190 dificultam a ação eficaz das autoridades, sublinhando a importância da participação da população. A contribuição de todos ao registrar ocorrências, detalhar características de suspeitos e veículos é um passo fundamental para o combate à criminalidade e o restabelecimento da ordem nas comunidades.
Fonte: g1

Imagem: g1.globo.com
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