Artigos Relacionados

📚 Continue Lendo

Mais artigos do nosso blog

PUBLICIDADE

Pentágono Nega Uso de Inteligência Artificial em Vídeo de Ataque no Caribe e Anuncia Continuidade de Operações

Facebook Twitter Pinterest LinkedInO chefe do Pentágono, Pete Hegseth, veio a público nesta quarta-feira (3) para abordar as recentes operações militares dos Estados Unidos no Mar do Caribe, após um incidente envolvendo o ataque a um barco que, conforme apontado pelas autoridades americanas, teria partido da Venezuela. Em suas declarações, Hegseth deixou claro que as … Ler mais

O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, veio a público nesta quarta-feira (3) para abordar as recentes operações militares dos Estados Unidos no Mar do Caribe, após um incidente envolvendo o ataque a um barco que, conforme apontado pelas autoridades americanas, teria partido da Venezuela. Em suas declarações, Hegseth deixou claro que as operações militares no Mar do Caribe terão prosseguimento de forma ininterrupta, reiterando a seriedade do engajamento norte-americano na região.

“Mantemos forças atuando tanto no ar quanto na água, com presença de navios militares, porque consideramos esta uma missão de extrema gravidade para nossos interesses, e ela não se limitará a esta ação recente”, afirmou Hegseth durante entrevista à Fox News. O secretário de Defesa americano acrescentou uma advertência, enfatizando que qualquer indivíduo ou grupo classificado como “narcoterrorista” que se envolva no transporte de drogas nessas águas enfrentará “o mesmo desfecho” da embarcação atacada. Suas palavras indicam uma postura firme e prolongada na luta contra o tráfico ilícito na área, intensificando as tensões existentes.

👉 Leia também: Guia completo de Noticia

Na mesma entrevista à emissora norte-americana, o secretário Hegseth optou por não fornecer detalhes específicos sobre como a operação militar foi conduzida. Contudo, foi enfático ao refutar as alegações do regime chavista, liderado por Nicolás Maduro na Venezuela. O governo venezuelano havia acusado os Estados Unidos de utilizarem inteligência artificial (IA) para criar o vídeo do ataque, divulgado pelo ex-presidente Donald Trump. A negativa do Pentágono agrava o cenário de confrontação verbal entre os dois países.

A tensão geopolítica na região do Caribe foi notavelmente elevada após o episódio. No Brasil, o Itamaraty informou à Folha de S.Paulo que, no momento, não emitirá manifestação oficial sobre o incidente. A embaixada brasileira em Caracas, contudo, permanece acompanhando de perto os desdobramentos da situação.

Entre os líderes latino-americanos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi um dos primeiros a comentar publicamente o caso, expressando grande preocupação.

“Se tal fato for verificado, configura um ato de assassinato em qualquer lugar do globo. Por décadas, nós interceptamos civis que transportavam entorpecentes sem recorrer à violência letal. Aqueles que carregam as drogas geralmente não são os grandes barões do tráfico, mas sim jovens extremamente carentes oriundos das áreas costeiras do Caribe e do Pacífico”, escreveu o presidente colombiano em suas plataformas digitais, sugerindo uma crítica à letalidade da operação.

Na terça-feira (2), o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia feito a primeira comunicação oficial sobre o ataque, durante uma declaração a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca. Segundo Trump, militares americanos haviam destruído um barco que estaria supostamente partindo da Venezuela com uma carga de entorpecentes, resultando na morte de 11 indivíduos a bordo.

“Nos minutos que se passaram, literalmente acabamos de destruir uma embarcação carregada com uma quantidade significativa de drogas”, afirmou Trump aos repórteres. Posteriormente, em uma publicação em sua rede social particular, o presidente ofereceu informações adicionais. Ele detalhou que a embarcação destruída estaria associada à facção criminosa venezuelana conhecida como Tren de Aragua.

**Detalhes da Operação e Controvérsia sobre o Vídeo**

Acompanhando suas declarações, o presidente Trump divulgou também imagens que, segundo ele, seriam do próprio ataque. O vídeo em questão, conforme descrito, começa mostrando uma canoa em movimento, com várias pessoas a bordo. Segundos mais tarde, a embarcação é atingida por algo que se assemelha a um míssil, gerando uma explosão imediata. As cenas subsequentes exibem a lancha já em chamas sobre a superfície do mar. Estas imagens se tornaram o ponto central das acusações de falsificação levantadas pela Venezuela.

**Confirmação Oficial e Erros Gramaticais**

O episódio foi confirmado por Marco Rubio, Secretário de Estado, que também se manifestou sobre a ação militar.

“As Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque de caráter letal na porção sul do Carribe [sic] contra uma embarcação transportadora de drogas que havia saído da Venezuela”, declarou Rubio, fazendo menção incorreta à grafia da palavra “Caribe”, ao usar “Carribe”.

A despeito da confirmação e dos vídeos divulgados, o presidente venezuelano Nicolás Maduro respondeu de forma veemente ao ocorrido. Em uma transmissão ao vivo pelas suas redes sociais na noite da terça-feira, Maduro criticou intensamente as ações dos EUA, mas evitou mencionar diretamente o ataque à embarcação reportado por Trump. Em vez disso, focou na escalada militar.

**A Resposta Enérgica de Nicolás Maduro**

Maduro argumentou que o envio de navios de guerra americanos ao Mar do Caribe representa uma manobra de Rubio para “sujar de sangue” as mãos da família Trump. O ditador venezuelano chegou a acusar o Secretário de Estado, que é filho de exilados cubanos, de fazer parte da “máfia de Miami”.

“Eles cobiçam o petróleo da Venezuela, desejam que seja concedido de forma gratuita. Nós detemos a maior reserva de petróleo do mundo e a quarta maior em gás; eles vêm por nossas terras férteis. Isso não pertence a Maduro, é propriedade do povo da Venezuela”, bradou o presidente, conectando as ações americanas a interesses econômicos sobre os recursos naturais venezuelanos.

**O Grupo Criminoso Tren de Aragua**

A facção criminosa Tren de Aragua, citada por Trump como a proprietária da embarcação atacada, é um grupo narcotraficante venezuelano com notória atuação transnacional. A organização possui vínculos e parcerias com grupos criminosos brasileiros de grande projeção, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho. Sua periculosidade é tal que os Estados Unidos a designaram oficialmente como um grupo terrorista, colocando-a no mesmo patamar de cartéis mexicanos e gangues salvadorenhas. Esta categorização sublinha a gravidade das operações de combate ao tráfico na região.

**Expansão da Presença Militar Americana no Caribe**

Em um movimento estratégico demonstrando a intensificação da sua presença na área, os Estados Unidos enviaram pelo menos sete navios de guerra para as águas adjacentes à Venezuela. A força naval foi complementada por um submarino de ataque rápido, impulsionado por energia nuclear, reforçando a capacidade bélica na região.

A esquadra em questão é composta por uma tripulação substancial de aproximadamente 4.500 marinheiros e fuzileiros navais. Adicionalmente, Washington emprega aviões espiões em missões de monitoramento nas águas próximas à Venezuela, indicando uma vigilância aérea contínua sobre a área marítima em disputa.

O governo Trump justificou publicamente o reforço militar como uma parte crucial de sua ofensiva abrangente contra o tráfico de drogas na região do Caribe. Entretanto, analistas e especialistas em relações internacionais frequentemente interpretam essa movimentação de forma mais ampla, vendo-a como um gesto político significativo para intensificar a pressão exercida sobre o governo de Nicolás Maduro.

O ditador venezuelano é alvo de acusações diretas por parte de Washington, que o aponta como o líder do suposto Cartel de los Soles. Este grupo seria, conforme a alegação, uma organização narcotraficante clandestina que envolveria o próprio autocrata e outras altas autoridades civis e militares de Caracas. O governo venezuelano, por sua vez, refuta energicamente essa acusação. Além disso, muitos especialistas e observadores internacionais manifestam ceticismo, chegando a negar a existência efetiva do tal cartel.

Em um contexto de escalada das tensões, Maduro havia feito uma declaração anterior. Nesta segunda-feira (1º), em entrevista coletiva, o líder venezuelano afirmou que o seu país estaria preparado para enfrentar uma eventual luta armada, caso suas fronteiras fossem invadidas pelas forças dos Estados Unidos, acirrando ainda mais a retórica belicista na região.

📌 Confira também: artigo especial sobre redatorprofissiona

Este complexo cenário no Caribe, envolvendo ações militares, acusações de inteligência artificial, posicionamentos diplomáticos e retóricas firmes, demonstra a contínua deterioração das relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, mantendo a atenção global voltada para os próximos passos nessa intrincada disputa regional e internacional.

Com informações de Folha de S.Paulo

Pentágono Nega Uso de Inteligência Artificial em Vídeo de Ataque no Caribe e Anuncia Continuidade de Operações - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Links Externos

🔗 Links Úteis

Recursos externos recomendados

Leia mais

PUBLICIDADE

Plataforma de Gestão de Consentimento by Real Cookie Banner
Share via
Share via