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OMM Alerta: La Niña pode Retornar, mas Aquecimento Global Manterá Temperaturas Elevadas

Facebook Twitter Pinterest LinkedInA Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu um comunicado nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, indicando que existe uma probabilidade considerável, de até 60%, para o surgimento de condições de La Niña até o final deste ano. Conforme o boletim divulgado pela agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), as chances … Ler mais

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu um comunicado nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, indicando que existe uma probabilidade considerável, de até 60%, para o surgimento de condições de La Niña até o final deste ano. Conforme o boletim divulgado pela agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), as chances do fenômeno ocorrer são de 55% no período entre setembro e novembro, elevando-se para 60% no trimestre subsequente, de outubro a dezembro. Contudo, o alerta principal da OMM é que, apesar do potencial retorno do La Niña, o aquecimento global em longo prazo permanecerá como o fator dominante, com muitas regiões globais enfrentando temperaturas consistentemente acima da média.

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O fenômeno climático La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, especificamente na faixa Equatorial Central e Centro-Leste. Ele é estabelecido quando ocorre uma diminuição de 0,5°C ou mais nas temperaturas dessas águas oceânicas. Atualmente, as condições do fenômeno estão em estado “neutro” desde março de 2025, com as anomalias de temperatura da superfície do mar no Pacífico equatorial próximas da média. Por outro lado, a probabilidade do surgimento do El Niño nesse mesmo período é considerada praticamente nula pela agência.

Aquecimento Global: O Cenário Persistente de Temperaturas Elevadas

Mesmo com a possibilidade de um La Niña, a OMM ressalta a continuidade do aquecimento do planeta. As previsões indicam que vastas áreas do globo devem experimentar temperaturas acima da média, incluindo partes significativas da América do Norte, Europa, Ásia e do Hemisfério Sul. Esse contexto sublinha a influência contínua das mudanças climáticas induzidas pela atividade humana, que elevam as temperaturas globais, exacerbam eventos climáticos extremos e alteram padrões sazonais de chuvas e temperaturas. Em 2023, o El Niño foi registrado como um dos mais intensos da história, gerando impactos em todo o mundo e sendo classificado por alguns especialistas como um “Super El Niño” devido à sua magnitude.

Impactos do La Niña no Brasil: Previsões Regionais e Alertas

Os efeitos do La Niña no Brasil tendem a se manifestar de formas variadas, impactando distintamente as regiões. Segundo César Soares, meteorologista da Climatempo, a formação deste La Niña deve ser de fraca intensidade e curta duração. Ainda assim, seus efeitos terão consequências específicas para o país.

Norte e Nordeste: Risco de Chuvas Mais Intensas

Uma das características clássicas do La Niña é o aumento das precipitações nas regiões Norte e Nordeste. Para o Brasil, isso implica a expectativa de chuvas mais intensas na metade norte, abrangendo áreas como Roraima, Amapá, o norte do Pará, o norte do Amazonas e até mesmo o Maranhão. O meteorologista da Climatempo adverte que esse volume de chuvas acima da média pode ocasionar transtornos como alagamentos em algumas cidades dessas regiões.

Sul: Irregularidade Pluviométrica

No Sul do Brasil, os impactos mais imediatos do La Niña devem ser notados com a irregularidade nas chuvas. Especificamente no Rio Grande do Sul, embora haja uma previsão de chuvas inconsistentes, a situação não é comparável à seca histórica observada entre 2019 e 2023, durante um episódio prolongado do fenômeno La Niña.

Sudeste: Ondas de Frio Atípicas

A região Sudeste, por sua vez, pode esperar um aumento na frequência de massas de ar frio. Isso pode provocar temperaturas abaixo do esperado para a época do ano, com incursões de ar polar atingindo estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Conforme César Soares, “aquelas semanas mais frias que eventualmente ocorrem em outubro e novembro, fora do padrão esperado para a época, também estão relacionadas à influência do La Niña”, explicando que esse é um impacto previsível do fenômeno.

As previsões sazonais sobre fenômenos como El Niño e La Niña são ferramentas cruciais de inteligência climática, como destacado por Celeste Saulo, Secretária-Geral da OMM. Elas representam economias significativas, que podem somar milhões de dólares, para setores vitais como agricultura, energia, saúde e transporte. Além disso, essas informações climáticas contribuem para salvar milhares de vidas, ao orientar ações de preparação e resposta a desastres.

El Niño X La Niña: Diferenças Cruciais

Os fenômenos El Niño e La Niña fazem parte de um ciclo climático natural conhecido como El Niño Oscilação Sul (ENOS). Ambos representam fases opostas desse ciclo e possuem características distintas que afetam os padrões climáticos globalmente.

“O La Niña é a fase negativa do fenômeno chamado El Niño Oscilação Sul (ENOS). Durante a sua atuação, o fenômeno costuma intensificar as chuvas sobre o Norte e o Nordeste, elevando os riscos de enchentes, alagamentos e deslizamentos de terra. No Sul, a situação é oposta: longos períodos de estiagem, acompanhados por temperaturas acima da média. Já nas áreas do Centro-Oeste e do Sudeste, os impactos do La Niña não são tão definidos, mas tendem a aumentar a secura.”

Para uma comparação clara dos seus efeitos mais comuns, observe a tabela a seguir:

OMM Alerta: La Niña pode Retornar, mas Aquecimento Global Manterá Temperaturas Elevadas - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

CaracterísticaLa NiñaEl Niño
Fase ENOSFase negativa (resfriamento)Fase positiva (aquecimento)
Oceano Pacífico EquatorialResfriamento das águasAquecimento das águas
Chuvas no Norte e Nordeste (Brasil)Aumento, risco de enchentes/alagamentosTendência a irregularidade/redução
Sul do BrasilPeríodos de estiagem, temperaturas acima da médiaAumento de chuvas
Centro-Oeste e Sudeste (Brasil)Impactos menos definidos, tendência à secura e ondas de frio atípicasGeralmente mais seco no CO, chuva acima da média no SE
Ventos e Pressão AtmosféricaAlterações na circulação tropicalAlterações na circulação tropical

Os efeitos de cada um desses fenômenos podem variar significativamente conforme sua intensidade, duração, época do ano e a interação com outros fatores climáticos. No entanto, o La Niña geralmente induz impactos opostos aos do El Niño, especialmente nas regiões tropicais.

Panorama para o Final do Inverno de 2025 (Setembro)

A Climatempo divulgou também projeções para o mês de setembro de 2025, indicando que este período atuará como uma fase de transição climática no Brasil. Espera-se sol forte, tardes quentes e uma distribuição de chuvas ainda desigual em grande parte do país.

Início de Setembro: Calor Intenso e Riscos de Temporais

Nos primeiros dias do mês, essa tendência deve se acentuar. Capitais do Centro-Oeste deverão registrar calor intenso, enquanto a Região Sul do Brasil ficará sob alerta para riscos de temporais.

Previsões Regionais Detalhadas:

Centro-Oeste: Sob o Domínio do Calor

Setembro na Região Centro-Oeste será marcado pelo calor persistente. A capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, por exemplo, deve vivenciar uma semana com predomínio de tempo aberto, seguido por muitas nuvens à tarde e ar seco, contribuindo para uma sensação térmica elevada.

Sul: Entre Picos de Calor e Fortes Chuvas

A Região Sul terá dias consideravelmente mais quentes que os registrados em agosto, com picos de calor esperados nas porções oeste e norte do Paraná. Nos primeiros dez dias do mês, as chuvas devem ser intensas em áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com um elevado risco de tempestades. Próximo ao fim de setembro, a passagem de uma frente fria pode desencadear novos temporais e uma significativa queda nas temperaturas.

Norte: Cenário Divergente de Chuvas

A Região Norte iniciará setembro com dois cenários distintos. Ao norte do Amazonas e em Roraima, a irregularidade de chuvas persistirá, com períodos de pancadas alternando-se com tempo firme. Já no sul do Amazonas, no Acre e em Rondônia, a frequência de nuvens e precipitações tende a aumentar gradualmente, promovendo uma ligeira redução nas altas temperaturas em alguns períodos.

Nordeste: Flutuação da Umidade Costeira

No Nordeste, as capitais litorâneas devem manter a variação da umidade proveniente do mar ao longo do mês. Estados como Pernambuco e Paraíba podem registrar volumes de chuva mais elevados, embora concentrados em curtos períodos, influenciando especialmente a faixa costeira.

Sudeste: Seca Inicial e Chuvas Tardias

A Região Sudeste terá sua primeira semana de setembro com predominância de tempo quente e seco. Há risco de ondas de calor durante a primeira e início da segunda quinzena, notadamente no interior de São Paulo e Minas Gerais. Em termos de precipitação, as chuvas devem ficar abaixo da média no oeste paulista, mas poderão superar a média no norte e leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. Somente a partir da última semana de setembro é que se espera um aumento na ocorrência de pancadas de chuva.

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As previsões meteorológicas indicam, portanto, um período complexo e dinâmico, onde os efeitos de um possível retorno do La Niña se misturarão com a tendência global de aquecimento e as particularidades climáticas de cada região do Brasil para o fim do inverno e início da primavera de 2025.

Com informações de G1

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