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Menino autista agredido por grupo de estudantes narra súplica a Deus por socorro

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Um episódio de extrema violência e preocupação tomou as ruas próximas a uma instituição de ensino no litoral de São Paulo, mobilizando autoridades e levantando o debate sobre a segurança de crianças em idade escolar e o combate ao bullying. Na última sexta-feira, dia 22 de um mês não especificado em relação à publicação original, um menino de apenas nove anos, que possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi brutalmente agredido por um grupo que se estimava em cerca de vinte estudantes. O ataque ocorreu nas imediações da Escola Municipal Professora Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo, localizada no município de Praia Grande.

A mãe da criança, identificada como Pamela Aparecida, compartilhou um relato comovente sobre os momentos de pavor vivenciados por seu filho durante o incidente. De acordo com as palavras de Pamela, em meio às agressões contínuas, o garoto de nove anos buscou refúgio na fé. Ele teria contado à mãe que, enquanto recebia chutes e era ordenado a permanecer no chão pelos agressores, sua única reação foi clamar a Deus por auxílio, desejando ardentemente que alguma pessoa aparecesse para prestar socorro. A progenitora, de convicção evangélica, interpretou essa súplica como um testemunho da profunda angústia do filho e uma manifestação da fé familiar, expressando a crença de que seu filho foi divinamente guardado e protegido no momento de maior vulnerabilidade.

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A série de acontecimentos que precedeu o ataque violento iniciou-se quando o menino agredido se dirigia à escola. Ele estava na companhia de seus dois irmãos: um mais velho, com 11 anos de idade, e um mais novo. O motivo deflagrador da confusão, conforme relatado, foi uma situação de bullying dirigida ao irmão mais velho, que era alvo de intimidações devido ao seu peso. Ao presenciar as investidas contra o familiar, o garoto de nove anos, em um gesto instintivo de proteção e solidariedade, tentou defender o irmão do assédio. Essa ação defensiva, entretanto, desviou a atenção dos agressores para si mesmo, culminando no início das agressões físicas e verbais que o atingiriam em seguida.

As agressões rapidamente escalaram em gravidade e número de envolvidos. De acordo com as informações registradas no boletim de ocorrência, enquanto o menino com Transtorno do Espectro Autista era submetido à violência do grupo, seu irmão mais novo, tomado pelo desespero, correu para procurar ajuda. Simultaneamente, o irmão mais velho, que havia sido o alvo inicial do bullying, foi intimidado e ameaçado para que não tentasse interferir no linchamento de seu irmão. Pamela Aparecida detalhou que os agressores, num ato coordenado, formaram uma espécie de roda ao redor dos irmãos, cercando-os e impossibilitando uma fuga ou defesa mais eficaz. O relato da mãe trouxe ainda um detalhe alarmante e perturbador: em determinado momento da agressão, um dos estudantes envolvidos chegou a pegar um bloco de concreto, com a intenção explícita de atingir a cabeça do filho. Esta ação representa uma escalada gravíssima da violência, evidenciando o perigo real a que a criança foi exposta durante o incidente.

A situação de grave perigo só foi interrompida graças à intervenção oportuna de uma mulher. Essa cidadã, que passava pelo local coincidentemente para buscar sua própria filha na mesma unidade escolar, testemunhou a cena das agressões e agiu com presteza e coragem. Sem hesitar, ela conseguiu se aproximar e, com determinação, retirar os dois irmãos da confusão e da situação de risco iminente. Após a retirada dos garotos, a mulher prestou auxílio e os conduziu em segurança até o local de trabalho de Pamela, garantindo que chegassem aos cuidados da mãe. Após o reencontro, a mãe rapidamente levou o filho diretamente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia para que recebesse avaliação e assistência médica urgente. Apesar de o exame inicial não ter revelado a presença de hematomas visíveis ou lesões aparentes na superfície da pele, o menino de nove anos precisou de atendimento médico em decorrência de dores generalizadas e um severo abalo emocional provocado pelo trauma da agressão sofrida, sublinhando os danos internos e psicológicos da violência, mesmo na ausência de marcas externas evidentes.

Em sua fala, Pamela Aparecida reforçou que seus filhos, antes deste incidente traumático, nunca haviam sido alvo de advertências ou reclamações por qualquer tipo de mau comportamento na escola. Ela ressaltou que o filho com TEA havia passado por uma mudança de instituição de ensino e que, nesse novo ambiente, estava apresentando um progresso notável e um desenvolvimento positivo em seu processo de aprendizado, o que torna o episódio ainda mais chocante para a família. A mãe, imbuída de sua fé, expressou profunda gratidão à mulher que socorreu seus filhos, referindo-se a ela como uma “enviada de Deus”. Pamela lamentou, ainda, não ter tido a oportunidade, no calor do momento e sob a pressão da situação no trabalho, de perguntar o nome da salvadora. Agradeceu reiteradamente o gesto de desprendimento da mulher, que “fez o bem sem olhar a quem”, tirou seu filho da violência e o entregou de volta a seus cuidados, classificando o ato como divino e indispensável.

Os desdobramentos emocionais e psicológicos do incidente deixaram marcas profundas em toda a família. Pamela Aparecida compartilhou com o veículo de imprensa que o relato detalhado do filho autista, descrevendo a roda formada por mais de vinte estudantes ao redor dele e do irmão mais velho e as agressões sofridas, representou um “trauma muito grande”. Ela enfatizou que esse trauma é tanto de ordem psicológica quanto emocional, afetando diretamente seus filhos e ela mesma. A mãe expressou uma sensação de “mãos atadas” diante da ocorrência e lamentou que tais episódios de violência, infelizmente, não são eventos isolados ou únicos à sua experiência. Além disso, Pamela relatou que, inicialmente, a direção da escola parecia reticente em oferecer qualquer tipo de suporte ou assistência diante da agressão. Contudo, ao perceber a firmeza e a determinação de Pamela em não se calar diante do ocorrido e em buscar responsabilização, a instituição de ensino, finalmente, reviu sua postura e se manifestou, passando a tomar providências em relação ao caso.

Diante da gravidade dos fatos, as autoridades foram acionadas e medidas investigativas começaram a ser tomadas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou que o caso foi oficialmente registrado como “lesão corporal” pelo 3º Distrito Policial da cidade de Praia Grande. Neste momento, a delegacia responsável está realizando uma série de diligências com o objetivo primordial de esclarecer todos os detalhes e as circunstâncias que envolveram a agressão, além de trabalhar na identificação de todos os estudantes que participaram ativamente do ataque. As diligências envolvem a coleta de depoimentos, análise de eventuais imagens de segurança nas proximidades, e a busca por testemunhas que possam contribuir para a elucidação dos fatos e para a devida responsabilização dos agressores, assegurando que a justiça seja aplicada de acordo com a lei vigente.

Menino autista agredido por grupo de estudantes narra súplica a Deus por socorro - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Paralelamente, a Prefeitura de Praia Grande, por meio de sua Secretaria de Educação, emitiu uma nota oficial para prestar esclarecimentos sobre a ocorrência. No comunicado, a administração municipal informou que a equipe gestora da escola em questão tomou ciência dos fatos. No entanto, a prefeitura ressaltou que, conforme as averiguações iniciais, o incidente das agressões aconteceu fora dos limites físicos da unidade escolar, ou seja, antes da entrada da criança nas dependências da escola. A nota municipal também trouxe um contraponto às alegações de Pamela Aparecida. A prefeitura afirmou, de forma veemente, que, diferente do que foi declarado pela mãe, a responsável pelo menino foi devidamente atendida pela equipe escolar. Além disso, informou que os fatos foram prontamente apurados junto aos alunos envolvidos na agressão, sendo estes identificados com o auxílio da própria vítima. A equipe gestora da escola comunicou à responsável todas as providências que seriam adotadas a partir da apuração interna do ocorrido.

Dando sequência às ações e providências institucionais, a administração municipal detalhou que um relatório completo sobre o incidente foi enviado ao Conselho Tutelar, órgão fundamental na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Ademais, os alunos identificados como envolvidos nas agressões foram devidamente encaminhados para serviços públicos de apoio, visando a intervenção pedagógica e social adequada. O Conselho de Escola, instância deliberativa da unidade de ensino, foi acionado para proceder à análise minuciosa de uma possível infração às normas de convivência estabelecidas pela unidade, o que poderá resultar em sanções disciplinares para os envolvidos. A prefeitura aproveitou o ensejo para reforçar que as escolas municipais da cidade de Praia Grande mantêm e desenvolvem continuamente ações educacionais robustas e programas de conscientização, tudo em conformidade com o Protocolo Antibullying. O objetivo é assegurar que o tema da prevenção e combate ao bullying seja amplamente discutido e compreendido por todos os alunos e pela comunidade escolar, buscando fomentar um ambiente de respeito e segurança. Tal postura institucional visa mitigar a ocorrência de casos como o reportado, reafirmando o compromisso com a criação de um espaço escolar livre de violência e intimidações para todos os estudantes, independente de suas condições individuais, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais ou diagnósticos específicos como o Transtorno do Espectro Autista. O governo municipal reiterou seu compromisso com a integridade física e psicológica de seus alunos.

O lamentável caso da agressão ao menino autista adiciona mais um capítulo ao crescente debate nacional sobre a problemática do bullying e da violência dentro e fora dos muros das escolas. Este tema tem se tornado, lamentavelmente, uma discussão recorrente no cotidiano de todo o país e, de maneira específica, na região da Baixada Santista, onde Praia Grande está inserida. A gravidade da situação foi ainda amplificada pela participação de especialistas no assunto. A presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Santos, Simone Caetano Fernandes, por exemplo, teve uma participação significativa no podcast “Baixada em Pauta”. Durante a entrevista, ela aprofundou-se nas discussões acerca do combate efetivo ao bullying no ambiente escolar. Fernandes ressaltou a importância inquestionável e o papel central que a família exerce nesse processo. Para ela, o núcleo familiar é crucial tanto no reconhecimento precoce dos sinais de bullying quanto no amparo às vítimas e, fundamentalmente, na educação dos estudantes para o respeito mútuo e a não violência. Esta visão compartilhada por entidades civis demonstra a transversalidade do problema e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e integrada entre família, escola e sociedade.

A atenção intensificada a esses casos de agressão escolar, especialmente os de grande repercussão, também é um reflexo da memória recente de outros incidentes trágicos na região. Um exemplo marcante que ainda ecoa na comunidade é o do menino Carlinhos, um adolescente de treze anos que veio a óbito após ser covardemente agredido pelas costas por dois outros estudantes. Esse lamentável incidente ocorreu dentro de uma escola na própria cidade de Praia Grande, no mês de abril do ano anterior a esta ocorrência, servindo como um sombrio lembrete das consequências extremas que o bullying e a violência entre jovens podem acarretar. O caso de Carlinhos chocou o país e impulsionou, de maneira drástica, a discussão sobre a urgência de medidas mais eficazes de prevenção e punição, reforçando a vigilância necessária por parte das instituições e da sociedade em geral para evitar que histórias como essas se repitam e causem mais luto e trauma a famílias.

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Assim, o recente caso de agressão ao menino autista na Praia Grande, que teve de implorar por ajuda divina enquanto era atacado, não apenas trouxe à tona o sofrimento individual de uma família, mas também revitalizou o debate coletivo sobre as fragilidades nos mecanismos de proteção e prevenção de bullying em escolas. As ações das autoridades policiais e municipais estão em curso para identificar os agressores e aplicar as devidas sanções, ao mesmo tempo em que a sociedade é chamada a refletir sobre seu papel na construção de ambientes mais seguros e acolhedores para crianças e adolescentes.

Com informações de g1.globo.com

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