Nesta terça-feira, 11 de novembro de 2025, o dólar fecha abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez desde junho de 2024, consolidando um dia de notável euforia no cenário financeiro nacional. A moeda americana registrou uma queda expressiva, enquanto o principal índice da bolsa de valores brasileira alcançou um novo recorde, impulsionado por um otimismo generalizado. Este desempenho notável refletiu uma série de condições favoráveis, tanto no ambiente doméstico quanto no panorama global, culminando em resultados significativos para investidores e para a economia.
A cotação do dólar comercial encerrou o pregão negociada a R$ 5,273 para venda, apresentando uma desvalorização de R$ 0,034, equivalente a um recuo de 0,64%. Ao longo de toda a sessão, a moeda estadunidense demonstrou uma tendência de baixa. Após um breve período de operação próxima da estabilidade nas primeiras horas de negociação, a divisa intensificou sua queda, especialmente depois da divulgação dos dados da inflação oficial referentes ao mês de outubro. No ponto mais baixo do dia, por volta das 12h, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,26. A moeda estadunidense agora se encontra no seu patamar mais baixo desde 6 de junho do ano passado, quando seu valor era de R$ 5,24, sinalizando um robusto movimento de desvalorização em curso. No acumulado do mês de novembro, a moeda já apresenta uma queda de 1,99%, estendendo o recuo para 14,68% ao longo de todo o ano de 2025, um indicativo da performance da moeda em um contexto anual.
Dólar Fecha Abaixo de R$ 5,30: Mercado Comemora Cenário Otimista
Não apenas o dólar sentiu os efeitos positivos do mercado. O euro comercial também registrou declínio, com uma variação negativa de 0,44% nesta terça-feira, finalizando as operações a R$ 6,108. Esta performance posiciona a moeda europeia em seu nível mais baixo desde 27 de fevereiro do corrente ano, corroborando o fortalecimento de moedas emergentes frente às divisas internacionais de maior porte.
O mercado de ações, por sua vez, experimentou um dia de acentuado otimismo, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 158.749 pontos, o que representou um avanço de 1,6%. Este resultado marcou o 12º recorde consecutivo do indicador, que somou a 15ª alta diária em sequência. Tal sequência de valorizações é a mais longa registrada desde o período entre dezembro de 1993 e janeiro de 1994, refletindo uma robusta confiança dos investidores no cenário econômico atual e futuro do Brasil.
Fatores Impulsionam Desvalorização do Dólar e Alta da Bolsa
A combinação de fatores internos e externos foi crucial para determinar o desempenho vigoroso observado no mercado financeiro. No plano internacional, a perspectiva de avanço das votações para solucionar a paralisação do governo (shutdown) nos Estados Unidos continuou a exercer pressão para a desvalorização do dólar em âmbito global, gerando um efeito positivo para outras moedas.
Internamente, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a outubro de 2025, que apontou uma inflação oficial de apenas 0,09%, foi recebida com grande entusiasmo pelos participantes do mercado. Para saber mais sobre o histórico e a metodologia de cálculo do IPCA, visite a página do IBGE. Esse índice, que representou o menor nível para o mês desde 1998, superou as expectativas e elevou as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) antecipar uma redução da Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, para o início do próximo ano.
A expectativa de juros mais baixos atua como um catalisador, incentivando a realocação de investimentos da renda fixa para o mercado de renda variável, notadamente a bolsa de valores. A divulgação da ata da reunião da semana passada do Copom, também nesta terça-feira, reafirmou a confiança da autoridade monetária de que a inflação se alinhará à meta. O Copom reforçou a necessidade de manter a Selic em 15% ao ano por um período consideravelmente prolongado, apesar da recente aprovação da reforma do Imposto de Renda. Esta posição, mesmo conservadora, alimenta as expectativas de que a trajetória dos juros básicos poderá eventualmente ceder em um futuro próximo, consolidando o clima de otimismo presente.
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Este dia emblemático para o mercado financeiro, com o dólar registrando uma queda significativa e a bolsa atingindo novas alturas, ressalta a interação complexa entre fatores globais e a dinâmica econômica interna. Acompanhe a nossa editoria de Economia para mais análises e atualizações sobre o desempenho de mercados, moedas e as políticas que moldam o cenário financeiro brasileiro.
Crédito da imagem: Valter Campanato/Agência Brasil