Paraná confirma sétima morte por tornados após fenômeno climático devastador que atingiu o estado. A Secretaria Estadual de Saúde (SESA) oficializou, nesta terça-feira (11), a triste contabilização de mais uma vítima fatal decorrente dos eventos ocorridos na última sexta-feira (8), elevando para sete o número de óbitos associados diretamente à passagem de múltiplos tornados pela região.
O mais recente falecimento registrado é o de José Eronildes de Almeida, um idoso de 70 anos de idade, cujo óbito se deu no sábado (9). Segundo informações da pasta, Almeida sucumbiu a um quadro de insuficiência cardíaca aguda enquanto recebia atendimento na Unidade de Saúde Central do município de Rio Bonito do Iguaçu, uma das áreas mais afetadas pelos vendavais.
Paraná Confirma Sétima Morte por Tornados Devastadores
Os levantamentos dos governos do Paraná e de Santa Catarina apontam que, no total, seis tornados distintos se formaram a partir das mesmas condições atmosféricas. Estes fenômenos atingiram simultaneamente pelo menos seis municípios em ambos os estados, desencadeando um rastro de destruição. No Paraná, as localidades impactadas foram Rio Bonito do Iguaçu, Turvo e Guarapuava, situadas na região central. Em Santa Catarina, as cidades de Dionísio Cerqueira, Xanxerê e Faxinal dos Guedes também foram castigadas pelos ventos extremos.
O município de Rio Bonito do Iguaçu, lar de aproximadamente 14 mil habitantes e localizado a 400 quilômetros da capital paranaense, Curitiba, foi a localidade que sofreu os mais severos danos. Dos sete falecimentos oficialmente confirmados no estado, impressionantes seis aconteceram nesta cidade. Os ventos, cujas estimativas apontam para velocidades entre 300 km/h e 330 km/h, arrasaram uma área equivalente a, no mínimo, 90% da malha urbana do município, deixando um cenário de desolação e prejuízos materiais incalculáveis.
A sétima fatalidade confirmada teve registro na cidade de Guarapuava. Conforme detalhado pela Secretaria de Estado da Saúde, até o início da tarde desta terça-feira, um total de 20 pessoas que necessitaram de assistência hospitalar permaneciam sob cuidados médicos. Onze desses pacientes estavam internados em hospitais de Guarapuava, enquanto outros seis recebiam atendimento em Laranjeiras do Sul e três estavam em unidades de Cascavel, demonstrando a ampla distribuição geográfica das vítimas que demandaram internação.
A resposta da rede de saúde do Paraná frente à crise foi robusta, com 835 atendimentos a vítimas dos tornados realizados até o presente momento. Essa operação de grande escala mobilizou mais de 400 profissionais, que incluíram socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e trabalhadores das unidades hospitalares. Além desses, técnicos, estagiários das áreas de enfermagem e medicina, e um significativo número de voluntários se uniram para prestar socorro e assistência essencial à população afetada, num esforço coletivo para minimizar as consequências da tragédia.
Em decorrência da gravidade dos acontecimentos, o governo paranaense agiu prontamente. Além de decretar estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, uma medida que acelera o acesso a recursos e auxílio, foram homologados os decretos de situação de emergência de outras 32 cidades. Essas localidades haviam sido previamente impactadas por uma série de eventos climáticos adversos nas duas semanas que antecederam a passagem dos tornados. A região já enfrentava temporais, enxurradas, vendavais e intensas chuvas de granizo, evidenciando um período de instabilidade meteorológica excepcional.

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
A homologação dos decretos de situação de emergência abrangeu os seguintes municípios: Alto Piquiri, Alvorada do Sul, Antônio Olinto, Araruna, Astorga, Barbosa Ferraz, Bom Sucesso, Califórnia, Cambé, Cambira, Cantagalo, Cruzeiro do Oeste, Engenheiro Beltrão, Fênix, Goioxim, Jandaia do Sul, Leópolis, Mandaguaçu, Marialva, Miraselva, Nova Aurora, Peabiru, Pitangueiras, Planalto, Quarto Centenário, Quinta do Sol, Rolândia, Roncador, Santa Fé, Santa Helena, São João do Ivaí, São Pedro do Ivaí e Sertaneja. Essas ações visam proporcionar o apoio necessário para a recuperação e reconstrução das áreas atingidas.
A frequência e a intensidade dos recentes fenômenos climáticos extremos, como os tornados e as fortes tempestades, reforçam a urgência da discussão sobre adaptação e mitigação de riscos. Informações adicionais sobre como os órgãos de defesa civil atuam em catástrofes podem ser encontradas no portal da Defesa Civil do Paraná. Para mais detalhes, acesse: Defesa Civil do Paraná.
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Os recentes tornados no Paraná resultaram em perdas humanas e materiais significativas, exigindo uma resposta coordenada das autoridades e da população. A tragédia em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava sublinha a vulnerabilidade das comunidades a eventos climáticos severos, mas também a capacidade de mobilização em prol da recuperação. Mantenha-se informado sobre outros desenvolvimentos regionais e análises detalhadas visitando nossa editoria de Cidades, onde cobrimos os principais acontecimentos que afetam a vida urbana e as políticas públicas no Brasil.
Crédito da Imagem: Ari Dias/AEN

