TÍTULO: Ministério das Comunicações avaliará decisão de falência da Oi
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META DESCRIÇÃO: O Ministério das Comunicações avalia a decisão judicial da falência da Oi, assegurando a continuidade dos serviços de telecomunicações. Entenda os próximos passos.
O Ministério das Comunicações informou na última segunda-feira (10) que realizará uma avaliação minuciosa da decisão judicial que culminou na decretação de falência da Oi. Proferida pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a sentença impacta diretamente a operadora de telecomunicações e exige uma resposta articulada da pasta governamental. O foco principal do Ministério reside em garantir a ininterrupção dos serviços essenciais de telecomunicações no país, independentemente de eventuais mudanças na estrutura de gestão da companhia ou na assunção das operações por uma nova entidade.
A declaração da pasta enfatiza a importância da continuidade das operações no setor. Segundo o órgão, “O Ministério das Comunicações informa que vai avaliar a decisão judicial e seus impactos.” Adicionalmente, foi esclarecido que “a Pasta está empenhada em garantir a continuidade dos serviços de telecomunicações, mesmo que eles sejam assumidos por outra empresa.” Esse posicionamento reforça o compromisso em salvaguardar a conectividade e os serviços para os cidadãos brasileiros.
Ministério das Comunicações avaliará decisão de falência da Oi
Para o Ministério das Comunicações, o monitoramento do processo de recuperação judicial da Oi não é recente. A pasta tem acompanhado de perto todo o andamento do caso na Justiça do Rio de Janeiro, bem como o cumprimento das obrigações firmadas pela companhia em seus planos anteriores. Este acompanhamento demonstra a vigilância do governo sobre a saúde financeira e operacional de uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil, dada sua relevância para a infraestrutura digital do país.
A partir da decisão de falência, as operações da companhia terão prosseguimento de forma provisória, porém sob uma nova configuração de gestão. A administração será realizada pelo administrador judicial, garantindo que as atividades essenciais da Oi continuem operando sem interrupção abrupta. Tal medida visa preservar o valor dos ativos da empresa e a oferta dos serviços enquanto os próximos passos legais são definidos.
A juíza responsável pelo caso determinou que a firma Preserva-Ação será mantida em sua função de administradora judicial da Oi, tendo como representante Bruno Rezende. Além dessa responsabilidade primária, a Preserva-Ação passará a acumular provisoriamente a posição de gestora judicial da companhia. Esta dupla função do administrador visa conferir maior controle e fluidez à gestão dos bens e processos durante a fase de falência, supervisionando as operações cotidianas e a preservação dos ativos.
Entre as determinações da magistrada, encontra-se também a indisponibilidade do produto de todas as alienações de bens que foram realizadas pela Oi durante sua segunda recuperação judicial. Esta medida preventiva é crucial para assegurar que os ativos já negociados ou os valores obtidos com suas vendas sejam retidos, aguardando uma decisão final sobre a distribuição aos credores. Evita-se, assim, o escoamento de recursos que poderiam ser utilizados para mitigar as dívidas existentes ou para reestruturar a empresa.
A motivação para a decretação de falência da operadora Oi fundamenta-se em pontos cruciais de descumprimento de compromissos anteriores. A magistrada ressaltou, em sua decisão, a falha no cumprimento do plano de recuperação judicial que havia sido aprovado pelos credores e, posteriormente, homologado judicialmente no ano de 2024. Este plano é um acordo vital para reestruturar dívidas e permitir que a empresa retome sua solvência.

Imagem: valor.globo.com
Além do descumprimento do plano principal, outro fator preponderante para a sentença de falência foi o acúmulo de débitos extraconcursais. Estes são compromissos financeiros que surgem fora do processo formal de recuperação judicial, o que implica em uma deterioração contínua da saúde financeira da empresa mesmo sob as proteções da recuperação. A juíza explicitou que o início do descumprimento dessas obrigações começou ainda neste ano, evidenciando uma rápida deterioração da situação que levou à medida drástica da falência.
A atenção do Ministério das Comunicações ao caso é um indicativo da relevância estratégica da Oi no panorama das telecomunicações brasileiras. A eventual saída de cena de uma operadora desse porte sem um planejamento de transição adequado poderia gerar impactos significativos na oferta de serviços e na competitividade do setor. A declaração do Ministério reforça que as autoridades estão atentas e trabalhando para garantir que não haja prejuízos aos consumidores ou à infraestrutura nacional de comunicações. Para entender mais sobre a atuação regulatória no setor de telecomunicações, acesse o Portal da Agência Brasil sobre o tema.
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Este cenário complexo da falência da Oi e a intervenção do Ministério das Comunicações continuará a ser um dos principais destaques do noticiário econômico. Acompanhe as atualizações e outras notícias importantes sobre o setor em nossa categoria de Economia, para se manter informado sobre os desdobramentos deste e de outros assuntos relevantes para o mercado e a sociedade.
Crédito da imagem: Renata Mello/Divulgação
