A representação do estado do Amapá na COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Belém, Pará, marcou presença com a inauguração de seu estande oficial nesta segunda-feira (10). O espaço, estratégico para discussões climáticas e projeção de iniciativas sustentáveis, se consolida como um centro dinâmico para promover o engajamento e a troca de conhecimentos ao longo do evento global.
A comitiva amapaense chegou à capital paraense com a missão de destacar as potenciais soluções regionais para os desafios climáticos globais, enfatizando o papel da Amazônia na busca por um desenvolvimento sustentável. O estande de 100 m², localizado em área privilegiada entre as zonas verde e azul e em frente ao Pavilhão Brasil, foi projetado com padrão ouro. Dispõe de um mini auditório com capacidade para 30 pessoas, uma tela de 85 polegadas e duas salas dedicadas a negociações bilaterais, facilitando a interação entre diversas entidades e investidores.
Amapá na COP30: Estande Lança Plano de Sociobioeconomia
A cerimônia de abertura oficial do estande do Amapá, programada para esta terça-feira (11), foi acompanhada do lançamento do Plano de Apoio à Sociobioeconomia, iniciativa crucial que visa fomentar um modelo econômico pautado na sustentabilidade e na valorização dos recursos naturais e culturais da região. Este plano representa um esforço concentrado do governo do Amapá para posicionar o estado como referência em práticas socioeconômicas inovadoras e resilientes, contribuindo ativamente para as metas climáticas globais.
Durante os dez dias de conferência, os visitantes do estande do Amapá terão acesso a uma rica variedade de conteúdos e interações. Serão realizadas exposições temáticas abordando os pilares da bioeconomia, a eficácia dos sistemas agroflorestais e as mais recentes tecnologias ambientais desenvolvidas na região. Além disso, a programação inclui rodas de conversa essenciais com lideranças indígenas e quilombolas, promovendo um diálogo direto sobre a justiça climática e a preservação de conhecimentos tradicionais. Manifestações culturais como o marabaixo e outras expressões afro-amapaenses oferecerão um vislumbre da riqueza cultural do estado, paralelamente ao lançamento de projetos inovadores e publicações científicas.
Programação Detalhada do Estande Amapaense na COP30
A agenda de atividades foi meticulosamente planejada para cobrir uma vasta gama de tópicos, desde o enfrentamento às mudanças climáticas até o fomento à inovação e à cultura local.
Segunda-feira, 10 de novembro: As atividades começaram com uma série de painéis importantes. O debate sobre “Amazônia Urbana” contou com mediação da SETEC e participação de instituições acadêmicas como UNIFAP, UEAP, IEPA e IFAP. Em seguida, o painel “Floresta Agroalimentar” trouxe discussões lideradas pela Iteam, envolvendo Embrapa e diversas entidades focadas em soluções alimentares sustentáveis. O tema “Carbono e Transformação da Matéria” foi explorado com mediação da Ventiur, destacando o trabalho de empresas inovadoras. Durante o período da tarde, houve a exposição “ICTs do Amapá no Enfrentamento às Mudanças Climáticas”, coordenada pela SETEC e FAPEP, apresentando a atuação das universidades e institutos de pesquisa. Iniciativas como o “InovaClima Brasil” e a rodada “Conexão Pororoca” focaram na atração de investimentos e no desenvolvimento de tecnologias para o Parque Tecnológico da Foz do Rio Amazonas.
Terça-feira, 11 de novembro: Além da aguardada “Abertura do Estande Amapá” e o “Lançamento do Plano de Sociobioeconomia”, o dia reservou a apresentação do “Programa Adapta Amapá”, uma iniciativa da SEMA. Painéis subsequentes abordaram “Açaí, o Ouro Negro”, ressaltando a importância do fruto para a economia local com a participação da Embrapa e cooperativas. Uma nova rodada da “Conexão Pororoca” ocorreu, seguida por um painel da SECULT sobre “Territórios, Culturas e Vilas na Amazônia Amapaense do Meio do Mundo”, culminando com um evento cultural para os participantes da COP30 em Belém.
Quarta-feira, 12 de novembro: Este dia foi dedicado aos “Povos Tradicionais e Justiça Climática”, com uma ampla rodada de conversas organizada pela SEPI e FEPPIR, que incluiu a exibição de vídeos e painéis com a presença de órgãos como MPF, CONAQ e FUNAI. Durante a tarde, o painel “Justiça Climática – Boas Práticas do Poder Judiciário e MP” destacou a atuação legal na pauta ambiental. Também foi promovido o painel “Trabalho Digno e Clima Justo”, pelo TRT8, seguido de um coquetel de integração e um evento cultural.
Quinta-feira, 13 de novembro: A programação focou em equidade de gênero e inovação tecnológica. O painel “Mulheres pelas Florestas e pelo Clima”, promovido pela SEMA, incluiu um debate público com líderes da Força-Tarefa de Governadores (GCF). Um painel em inglês apresentou o “P-Life: Redefining the Answer to Plastic Waste”. A sessão de Pitch Deck “Tecnologias para Justiça Climática” reuniu INDS, IEPA, Blue Green e o Projeto Élida/IFAP. Foram realizadas exposições dos “ICTs do Amapá” e painéis sobre “Integração Sustentável Ambiental, Social e Econômica”, além da apresentação de projetos da SEED e FAPEAP, incluindo o lançamento do livro “Terrinha Verde de Mazagão” e o painel de “Modelagem da Plataforma Digital de Rastreabilidade e ESG do Cacau Amapá”.
Sexta-feira, 14 de novembro: O dia abordou questões jurídicas e energéticas. O painel “Amazônia – O Fim da Insegurança Jurídica?” reuniu o FORMAM e GCF, mediado por Carlos Aragon. Outro destaque foi a exposição “Atlas Solar” do IEPA e o painel da Agência Amapá sobre “Economia Circular e Reaproveitamento de Resíduos Eletrônicos”. O projeto “Amazônia Neutra” teve a mediação da Cietec, com a participação de várias universidades. A programação da tarde incluiu a rodada “Conexão Pororoca”, discussões sobre “Territórios de Fronteira e Sustentabilidade Cultural” pela SECULT e o “Zoneamento Ecológico-Econômico do Amapá”, culminando em evento cultural.

Imagem: g1.globo.com
Sábado, 15 de novembro: Houve o lançamento do “Observatório de Políticas Climáticas e Ambientais” do TCE. Os painéis temáticos da Agência Amapá discutiram o “Selo Amapá” e a “Conexão Pororoca”. A FAPEAP apresentou iniciativas como “Sustentabilidade no Vale do Jari e Guaporé”, “Fortalecimento do Setor Garimpeiro”, “Mini Usina de Biogás” e “Desenvolvimento de Bioinseticida com Extrato de Pimenta”, encerrando com mais um evento cultural.
Segunda-feira, 17 de novembro: As apresentações da manhã incluíram o “Centro de Pesquisa e Treinamento em Manejo Florestal” da SETEC e o projeto “Guardiões da Amazônia” do IEPA. As rodadas “Conexão Pororoca” (6 e 7) continuaram a pauta sobre financiamento e novos negócios em sistemas agroflorestais, reunindo empresas como Amazonly e Ybýrá. O “Projeto Super Fácil das Águas” para comunidades ribeirinhas foi detalhado. A SEPAQ e a Escola Agrícola abordaram o manejo sustentável do pescado e pirarucu, bem como a pedagogia da alternância nas escolas família agrícola.
Terça-feira, 18 de novembro: A SEJUV deu início ao dia com a “Rede de Boas-Vindas ‘Juventude Viva, Amazônia Viva'” e painéis sobre “Juventudes do Amapá pela Justiça Climática”. Uma oficina de “Mapa Vivo” explorou a atuação da juventude amapaense pela Amazônia. A “Vitrine Amapá Inovador” destacou startups. Painéis da RURAP cobriram a ATER Indígena e o combate à Vassoura de Bruxa. O encerramento teve painel sobre “Economia Criativa e Verde” e um “Degustação e Evento Cultural Sabores do Amapá”.
Quarta-feira, 19 de novembro: A agenda incluiu debates sobre “Agricultura Familiar e Pesca Artesanal” pela SEPI e FEPPIR, além da exposição de “Tecnologias para Agricultura e Comunidades Amazônicas” com Embrapa e universidades. O painel “ATER Mulher” focou nas mulheres rurais do Amapá. A rodada “Conexão Pororoca” prosseguiu. Destaque para o painel “Elas na COP – Vozes Femininas nas Agendas Climáticas”, promovido por Priscila Flores e SEPM, e evento cultural.
Quinta-feira, 20 de novembro: O último dia da programação foi encerrado com a “Roda de Conversa: A Cultura como Ferramenta de Resistência do Povo Amapaense”, promovida pela Fundação Marabaixo, reafirmando o compromisso do estado com a preservação de sua identidade cultural no contexto da discussão climática.
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As atividades no estande do Amapá na COP30 reforçam o papel crucial do estado na vanguarda da sustentabilidade e inovação na Amazônia. A participação ativa da comitiva amapaense e a vasta programação demonstram um firme compromisso com um futuro mais verde e justo para a região e para o planeta. Continue acompanhando a cobertura completa em nossa editoria de Política e fique por dentro das últimas notícias sobre eventos e discussões climáticas.
Crédito da Imagem: Max Renê/GEA



