O mercado brasileiro de pagamentos registrou um avanço significativo no primeiro semestre de 2025. O total de transações de pagamento no país experimentou um aumento de 15,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de 72,5 bilhões de operações. Essa elevação foi divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (1º), englobando diversas modalidades, como o Pix, Transferência Eletrônica Disponível (TED), e as operações realizadas via cartões de crédito, débito e pré-pago, solidificando a tendência de digitalização e modernização dos hábitos de consumo e negociação no território nacional.
O Pix, em particular, emerge como o principal motor desse crescimento. Sua ascensão contínua tem redefinido o panorama dos pagamentos instantâneos e se tornou peça fundamental na expansão da quantidade de transações em território brasileiro. A popularidade e facilidade de uso do sistema impactam diretamente a economia digital.
Transações de Pagamento Disparam 15% Impulsionadas Pelo Pix
De acordo com o comunicado emitido pelo BC, o Pix foi responsável por uma parte considerável dessa elevação, apresentando um notável crescimento de 27,6% em seu uso. No período avaliado – o primeiro semestre de 2025 –, o sistema de pagamentos instantâneos consolidou sua posição como o instrumento mais utilizado no Brasil, respondendo por impressionantes 50,9% de todas as transações efetuadas. Isso se traduz em um volume de 36,9 bilhões de operações realizadas exclusivamente por meio do Pix durante os seis primeiros meses do ano.
O Fenômeno Pix e Sua Contribuição para o Avanço
O dinamismo e a adesão massiva ao Pix refletem a busca por agilidade e eficiência nas operações financeiras diárias de pessoas e empresas. A ferramenta, lançada em 2020, rapidamente se integrou à rotina dos brasileiros, facilitando pagamentos, transferências e recebimentos a qualquer hora, qualquer dia. Esse desempenho extraordinário não apenas demonstra a eficácia do sistema, mas também aponta para uma transformação duradoura no ecossistema de pagamentos, com menos dependência de dinheiro em espécie e formas tradicionais de transação.
O crescimento sustentado do Pix é um indicativo da sua maturidade e aceitação, demonstrando que o instrumento ultrapassou a fase inicial de adaptação para se tornar um pilar estrutural do mercado financeiro brasileiro. Sua dominância nas estatísticas de volume de transações reforça o papel vital na economia e no cotidiano dos cidadãos, evidenciando uma preferência crescente por métodos digitais e acessíveis.
Análise do Mercado de Cartões: Altos e Baixos
O mercado de cartões, apesar da força do Pix, também contribuiu para o panorama geral de aumento das transações. A modalidade de cartão de crédito apresentou uma expansão de 9,7% na quantidade de operações, enquanto o cartão pré-pago registrou uma alta de 8,9%. No entanto, o cartão de débito experimentou uma leve retração de 0,1% em seu uso, sugerindo uma possível migração de preferência para o Pix em transações de menor valor que tradicionalmente utilizavam o débito. Ainda assim, coletivamente, os cartões – crédito, débito e pré-pago – representaram uma fatia significativa do total, sendo responsáveis por 34,3% das operações e somando 24,9 bilhões de transações no primeiro semestre de 2025.
Os dados também revelam a robustez do mercado de cartões no que tange à emissão. Ao final do primeiro semestre de 2025, o cartão de crédito se mantinha como o instrumento com o maior número de emissões ativas, totalizando 243 milhões de cartões. Já os cartões de débito somavam 159,3 milhões e os pré-pagos atingiram 74,3 milhões, evidenciando a pluralidade de opções disponíveis para os consumidores brasileiros.
Volume Financeiro: TED e Crédito no Destaque
Quando a análise se volta para o montante financeiro transacionado, e não apenas para a quantidade de operações, o cenário mostra algumas diferenças. O volume total transacionado em pagamentos no primeiro semestre de 2025 alcançou R$ 59,7 trilhões, o que representa um aumento de 14,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Nesse aspecto, a TED (Transferência Eletrônica Disponível) ainda detém uma participação mais proeminente que o Pix, respondendo por 37,1% do montante, contra 26,5% do Pix no mesmo semestre.

Imagem: valor.globo.com
Essa diferença pode ser atribuída ao perfil de uso de cada instrumento. A TED é frequentemente empregada em operações de maior valor e entre empresas, onde a segurança e a rastreabilidade inerentes são cruciais, embora sua liquidação não seja instantânea como a do Pix. O cartão de crédito também demonstrou vigor financeiro, com um crescimento de 14,2% no volume transacionado na comparação anual, refletindo sua importância em compras de maior porte e parceladas. O desempenho da TED sublinha que, mesmo com o avanço dos pagamentos instantâneos, há segmentos do mercado que ainda se beneficiam das características de modalidades mais estabelecidas, especialmente em operações que exigem um controle mais formal de grandes somas.
Inovação nos Meios de Pagamento: Aproximação e Online
A tecnologia e a conveniência seguem ditando as tendências no uso de cartões. Os dados recentes do Banco Central indicam que o pagamento por aproximação tem se consolidado como a preferência dos consumidores, superando outras formas de uso. No segundo trimestre de 2025, essa modalidade representou 37,5% das transações com cartão de crédito, 47,2% com cartão de débito e expressivos 63,2% com cartão pré-pago. Esse aumento na utilização de pagamentos por aproximação evidencia a busca por maior rapidez e praticidade nas compras do dia a dia, acompanhando uma tendência global de facilitação dos processos transacionais.
Além disso, o comércio eletrônico continua impulsionando o uso de cartões no ambiente digital. As transações via internet responderam por 21,9% das operações com cartão de crédito no segundo trimestre deste ano. Para os cartões de débito, essa parcela foi de 9,8%, enquanto para os cartões pré-pagos, alcançou 7%. Estes números confirmam a integração do e-commerce à rotina de consumo e a adaptabilidade dos meios de pagamento para atender a essa demanda crescente, tornando as compras online mais seguras e acessíveis.
As informações divulgadas pelo Banco Central destacam a evolução contínua e a dinâmica vibrante do sistema de pagamentos brasileiro. Para um panorama mais completo e detalhado das políticas e estatísticas que regem o sistema financeiro nacional, é recomendável a consulta aos comunicados e estudos do próprio órgão, que oferece uma vasta gama de dados e análises sobre o setor de pagamentos no país, como encontrado nas publicações oficiais do Banco Central.
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Em suma, o primeiro semestre de 2025 consolidou o Pix como o principal impulsionador do volume de transações no Brasil, enquanto o mercado de cartões, apesar de variações entre modalidades, mantém sua relevância. O aumento no uso de pagamentos por aproximação e em plataformas digitais também sublinha a adaptabilidade e modernização dos hábitos de consumo. Para aprofundar-se em outras notícias e análises sobre o cenário econômico nacional, continue acompanhando nossa editoria de Economia.
Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo
