Neste domingo, 9 de novembro, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sublinhou a dificuldade de uma mensuração integral dos danos do tornado no Paraná. As tempestades devastadoras assolaram especialmente a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, considerada a mais atingida, além de, no mínimo, onze outros municípios na região centro-sul do estado paranaense, deixando um rastro de destruição.
A gravidade da situação mobilizou uma comitiva do governo federal, que dedicou este domingo à visitação e avaliação minuciosa das áreas impactadas, tanto urbanas quanto rurais. O objetivo principal foi compreender a verdadeira extensão do desastre, que transformou a paisagem e a vida dos habitantes locais. Em suas declarações, o ministro Góes enfatizou que o momento atual transcende a avaliação e exige solidariedade incondicional, com ações concretas focadas no amparo imediato às vítimas e na pronta restauração dos serviços essenciais, tanto públicos quanto privados. A reconstrução do que foi varrido pela força dos ventos se impõe como uma prioridade absoluta para as autoridades envolvidas.
Ministro: Impossível Mensurar Danos do Tornado no Paraná
O apelo à ação e solidariedade se justifica pela escala do impacto. O titular da pasta federal ressaltou a necessidade de apoio robusto às famílias que agora enfrentam severas carências, abrangendo assistência de saúde urgente, provisão alimentar e garantia de abrigo seguro. As estatísticas fornecidas pela Defesa Civil corroboram a magnitude da tragédia: em Rio Bonito do Iguaçu, 90% da infraestrutura urbana sofreu prejuízos consideráveis. Os dados oficiais confirmam um cenário alarmante de perdas humanas, com o tornado causando seis mortes. Dentre as vítimas fatais, cinco foram registradas em Rio Bonito do Iguaçu e uma na cidade de Guarapuava, também situada na região Centro-Sul do estado, evidenciando a abrangência e a brutalidade do fenômeno climático.
Embora a avaliação total dos prejuízos permaneça desafiadora e em andamento, Waldez Góes foi taxativo ao defender a liberação urgente de recursos de infraestrutura para atender às necessidades emergenciais. O objetivo primário é a rápida reativação dos serviços básicos que sustentam a vida comunitária. De forma preliminar, os levantamentos realizados por sua equipe entre sábado e domingo já permitiram estimar uma demanda mínima de R$ 15 milhões para projetos específicos, como a edificação de uma nova escola e um ginásio. Estes valores iniciais refletem a urgência em reestabelecer estruturas essenciais para a população.
As equipes do governo federal seguem em trabalho de campo incansável, coletando dados precisos sobre o número de residências completamente destruídas, além de catalogar outros bens patrimoniais, tanto privados quanto públicos, que requerem reconstrução integral. A diretriz, conforme comunicado pelo ministro Góes, é que os municípios afetados devem formalizar seus pedidos de recursos emergenciais com a maior brevidade possível, não aguardando o balanço final da devastação. Essa agilidade é fundamental, pois permite, por exemplo, o empenho de fundos para a reconstrução de uma escola danificada assim que o orçamento da área a ser construída estiver definido. A burocracia, nesse contexto de calamidade, precisa ceder lugar à eficiência.
A efetividade da resposta governamental, segundo Góes, exige uma articulação fluida e contínua entre as três esferas administrativas do Brasil: União, estados e municípios. Essa colaboração trilateral é vital para dinamizar o atendimento às demandas prementes dos cidadãos atingidos. “Nós não temos problema de recepcionar nenhuma demanda”, assegurou o ministro, sinalizando abertura e receptividade para todas as solicitações. Ele reiterou ainda o compromisso presidencial, destacando a determinação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que tanto ele quanto seus colegas ministros empreguem todos os esforços e recursos necessários para a reconstrução não apenas de Rio Bonito do Iguaçu, mas também das outras cidades severamente impactadas pelo tornado. Para mais informações sobre as ações do governo federal em desenvolvimento regional, acesse o site oficial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Além das ações de infraestrutura e alocação de verbas, outras frentes de suporte estão em plena operação para mitigar o sofrimento das comunidades. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional mobilizou Lea Bressy Amorim, diretora de tecnologia da informação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para Rio Bonito do Iguaçu. A presença de Amorim no local visa estudar a viabilidade de adiantar pagamentos de benefícios previdenciários e a liberação de outros auxílios sociais, proporcionando um fôlego financeiro para as famílias desabrigadas ou que perderam seus meios de subsistência.
No setor de saúde, uma resposta imediata e coordenada do governo foi a mobilização de uma equipe especializada da Força Nacional do SUS. Este grupo multidisciplinar é composto por profissionais essenciais em situações de catástrofe: um médico sanitarista, enfermeiros qualificados, um analista de recursos logísticos para otimizar a distribuição de insumos, um analista de incidentes e reconstrução assistencial, focado na recuperação dos serviços de saúde, e um especialista em saúde mental em desastres, cujo papel é crucial para apoiar psicologicamente os sobreviventes e equipes de resgate, dada a complexidade emocional de um evento como este. Essa abordagem integral busca atender não apenas as lesões físicas, mas também as consequências psicológicas duradouras.
A questão energética, vital para a recuperação das áreas atingidas, também recebeu atenção prioritária. A Companhia Paranaense de Energia (Copel), empresa encarregada da distribuição de energia elétrica no estado do Paraná, divulgou dados sobre seus esforços. Conforme informações da concessionária, aproximadamente 49% da rede de distribuição de energia elétrica de Rio Bonito do Iguaçu já foi restabelecida. Este percentual, embora ainda indique um desafio considerável, representa um avanço fundamental para que a vida cotidiana comece a retomar sua normalidade e os esforços de reconstrução prossigam de forma mais efetiva. A recuperação da energia é crucial para o funcionamento de hospitais, escolas temporárias, comércios e residências.
Em um movimento decisivo para agilizar a recuperação, o governador do Paraná, Ratinho Junior, decretou estado de calamidade pública para Rio Bonito do Iguaçu. Esta medida excepcional confere ao governo municipal a prerrogativa de efetuar gastos emergenciais sem as tradicionais restrições e trâmites burocráticos que regem o orçamento público. Além de simplificar a aquisição de bens e serviços urgentes, o decreto abre portas para um acesso facilitado a verbas e apoios federais, acelerando significativamente o processo de recuperação e permitindo que a resposta à crise seja mais rápida e adaptada à severidade dos danos do tornado no Paraná. Tal flexibilidade é vital para situações que demandam reações ágeis e substanciais para a reconstrução.
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A devastação provocada pelo tornado em Rio Bonito do Iguaçu e outras localidades paranaenses reitera a fragilidade das comunidades frente a fenômenos climáticos extremos e a urgência de uma resposta articulada e eficaz das esferas governamentais. A capacidade de mensurar completamente os danos do tornado no Paraná continua um desafio, mas a solidariedade e o empenho conjunto para a reconstrução são inquestionáveis. Mantenha-se atualizado sobre os desdobramentos desta e outras notícias relevantes em nossa editoria. Continue acompanhando em Cidades para mais análises e atualizações sobre o cenário regional e nacional.
Crédito da imagem: Valter Campanato/Agência Brasil


