PT e PSB negociam aliança no DF para eleições 2026

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As Eleições 2026 no Distrito Federal já movimentam os bastidores políticos com discussões sobre possíveis articulações partidárias. Embora já tenham formalizado os nomes de seus pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Socialista Brasileiro (PSB) mantêm diálogo aberto sobre a formação de uma chapa unificada. Essa aliança potencializa as chances do campo progressista em oposição ao atual governador Ibaneis Rocha (MDB).

Leandro Grass (PT) e Ricardo Cappelli (PSB) foram anunciados internamente como pré-candidatos à chefia do Palácio do Buriti por suas respectivas legendas. Contudo, apurações indicam que as direções partidárias não descartam a composição de uma força-tarefa eleitoral conjunta. Tal união buscaria espelhar a vitoriosa dobradinha entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) no pleito presidencial de 2022, que os levou ao Palácio do Planalto. A expectativa é que essa estratégia confira maior competitividade e “sustentabilidade” à eventual chapa, mirando não apenas o cenário distrital, mas também a provável reeleição de Lula no âmbito nacional.

PT e PSB negociam aliança no DF para eleições 2026

O presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, ressaltou a importância do diálogo contínuo para construir um caminho único para as eleições, enfatizando que a formação de uma candidatura robusta depende de alianças ampliadas, inclusive com partidos de centro. Ele declarou ao g1 que é fundamental a colaboração entre diversas forças políticas para apresentar uma candidatura competitiva. Esse entendimento é compartilhado entre os dirigentes, que veem a união como uma maneira de impulsionar o campo progressista na capital.

Dirigentes de ambos os partidos, ouvidos pela reportagem, consideram a aliança política para as eleições de 2026 no DF como quase consolidada. A indefinição, neste momento, reside na composição da chapa, especialmente no que tange a quem ocuparia a posição de governador e quem seria o vice. Nenhuma das siglas admite publicamente, por ora, a possibilidade de seus atuais pré-candidatos, Leandro Grass e Ricardo Cappelli, aceitarem uma candidatura a vice-governador. A expectativa é que essa decisão seja amadurecida e tomada somente no próximo ano.

Essa união de forças contra a chapa de centro-direita, que já está com seu apoio articulado e conta com o respaldo do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), é vista como crucial. Para Guilherme Sigmaringa, presidente do PT-DF, uma aliança sólida no Distrito Federal tem o potencial de não apenas alavancar a chapa local, mas também de conferir maior “sustentabilidade” ao projeto de reeleição do Presidente Lula. Segundo Sigmaringa, é imperativo que o campo progressista apresente uma candidatura única para acomodar os diversos quadros qualificados. Ele destacou que a questão se resume a “posicionar as peças de xadrez” de maneira estratégica, valorizando a aptidão de cada liderança.

Tanto o PSB quanto os próprios pré-candidatos, Leandro Grass e Ricardo Cappelli, reconhecem os benefícios de uma estratégia unificada. No entanto, o consenso sobre quem seria o cabeça de chapa para a corrida eleitoral ainda não foi alcançado. Faltando cerca de onze meses para o primeiro turno, a questão de quem assumirá a governadoria e quem será o vice permanece o ponto central das negociações. Nos bastidores, há uma intensa movimentação para posicionar seus respectivos nomes como os mais aptos a liderar a disputa pelo comando do Palácio do Buriti.

Guilherme Sigmaringa expressou confiança na maturidade política dos envolvidos, afirmando que a decisão final será baseada em critérios objetivos. Ele enfatizou que o objetivo maior é o “projeto de uma cidade e de um país”, superando projetos pessoais. Essa perspectiva é ecoada por Ricardo Cappelli, que reafirma seu desejo e sua capacidade de governar a capital. Cappelli defendeu publicamente a unidade do campo progressista como desejável e confiável, apontando para a necessidade de uma frente ampla para enfrentar o que ele descreve como autoritarismo, arrogância e falta de compromisso do governo atual do DF.

Leandro Grass, que disputou o GDF em 2022, também se posiciona a favor da união das áreas progressistas no Distrito Federal. Ele sublinha a relevância de um palanque único para as eleições presidenciais, visando oferecer um apoio forte ao presidente Lula em Brasília. A unificação, na visão de Grass, é a grande tarefa para 2026, com o objetivo de congregar todas as forças em torno de um projeto comum.

A nível federal, PT e PSB são aliados históricos, tendo intensificado essa relação nas eleições presidenciais de 2022, quando Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) formaram a chapa que derrotou Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, o PT integra a Federação Brasil da Esperança, composta também pelo Partido Verde (PV) e o PCdoB. Apesar de ter participado de reuniões iniciais, o PSB optou por não se juntar à federação. Mesmo assim, os dois partidos mantiveram aliança em 15 estados nas eleições de 2022, demonstrando a proximidade estratégica. Essas movimentações visam consolidar um campo progressista capaz de rivalizar com as forças de centro-direita já articuladas, seguindo os preceitos da legislação eleitoral brasileira, conforme detalhado no portal do Tribunal Superior Eleitoral.

Enquanto as forças progressistas se articulam, a direita e o centro-direita no Distrito Federal já exibem um cenário de maior definição. O MDB, do governador Ibaneis Rocha, e o Republicanos declararam apoio à pré-candidatura de Celina Leão (PP), atual vice-governadora do DF. Ibaneis Rocha, em seu segundo mandato, não pode mais concorrer ao GDF. Celina Leão já anunciou sua pré-candidatura e indicou Gustavo Rocha (Republicanos), atual chefe da Casa Civil, como seu possível vice na chapa. Além disso, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, também apoiará a chapa composta por Celina e Gustavo Rocha, o que consolida uma forte frente de centro-direita para o pleito.

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As negociações entre PT e PSB para as Eleições de 2026 no DF demonstram a complexidade e a importância da articulação política. Com pré-candidatos já anunciados, mas abertos à união, os partidos buscam a estratégia ideal para fortalecer o campo progressista e contrapor a chapa já delineada pela direita e centro-direita. Para se manter atualizado sobre todos os desenvolvimentos e análises exclusivas do cenário eleitoral, continue acompanhando nossa editoria de Eleições 2026.

Crédito da imagem: Reprodução Ricardo Cappelli e Leandro Grass são pré-candidatos ao GDF pelo PSB e PT, respectivamente

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