Na COP30 Índia demonstra forte posicionamento. O governo indiano expressou um sólido respaldo à concepção de uma “ação climática equitativa”, enfatizando que as nações economicamente mais avançadas devem intensificar seus esforços na diminuição de emissões e honrar os compromissos financeiros previamente assumidos. Esta declaração foi proferida no âmbito da 30ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, Brasil. O comunicado oficial, emitido neste sábado (8), revelou também o apoio do país asiático à criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, da sigla em inglês), confirmando a adesão da Índia à iniciativa em caráter de observador.
A postura da Índia na COP30, refletida nas discussões pré-evento, reforça o compromisso de Nova Deli com as soluções globais para a crise climática. O documento oficial enfatiza que a Índia se mostra plenamente preparada para colaborar ativamente com outras nações, buscando a implementação de soluções eficazes e uma transição robusta em direção à sustentabilidade. Tal esforço, conforme destacado, deve ser ambicioso, inclusivo, justo e equitativo, alinhando-se estritamente ao princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, internacionalmente reconhecido pela sigla CBDR, e respeitando as especificidades das circunstâncias de cada nação envolvida.
Índia na COP30: Defesa de Financiamento Justo e Apoio ao TFFF
A argumentação indiana aponta que o financiamento adequado, combinado com um amplo acesso à tecnologia de ponta e o fortalecimento de capacidades locais, constitui um pilar fundamental para viabilizar a concretização de metas climáticas mais ambiciosas nos países em desenvolvimento. Este ponto crucial foi reforçado pelos representantes indianos, reiterando uma fala proferida na sexta-feira (7), durante a conferência, pelo embaixador da Índia no Brasil, Dinesh Bhatia. A relevância deste tripé — financiamento, tecnologia e capacitação — é considerada decisiva para que as nações em ascensão possam implementar estratégias climáticas mais audaciosas e enfrentar com resiliência os desafios impostos pelas alterações globais do clima.
Ao saudar entusiasticamente a iniciativa brasileira de instituir o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), o governo indiano caracterizou a medida como “um passo substancial em direção a uma ação global conjunta e perene para a salvaguarda e a preservação das florestas”. Essa avaliação sublinha o potencial do TFFF em catalisar uma cooperação internacional mais eficaz, voltada para a proteção dos ecossistemas florestais tropicais, cruciais para a biodiversidade global e para a regulação do clima terrestre.
O Compromisso Indiano com o Acordo de Paris e o Multilateralismo
Além de abordar as questões de financiamento e conservação, o representante indiano na COP30 também destacou a imprescindibilidade de intensificar os esforços em escala global para forjar uma resposta unificada e contundente ao complexo e urgente desafio do aquecimento planetário. Bhatia, em suas declarações, sublinhou enfaticamente a importância do multilateralismo como ferramenta essencial para enfrentar questões que transcendem as fronteiras nacionais, reafirmando, por conseguinte, o engajamento inabalável da Índia com os princípios e as diretrizes estabelecidas no Acordo de Paris, marco crucial das negociações climáticas internacionais.
A nação indiana conclamou todas as nações a garantirem que a vindoura década de ação climática seja definida não somente pela estipulação de novas metas ambiciosas, mas primordialmente pela sua efetiva implementação, pela construção de resiliência e por uma distribuição equitativa das responsabilidades. Tal postura deve estar solidamente alicerçada na confiança recíproca entre os Estados e no princípio basilar da equidade. A mensagem ressoa como um apelo à prática, enfatizando que os acordos e as promessas devem ser transformados em ações concretas e mensuráveis para combater a emergência climática de forma integrada e eficaz, sobretudo na COP30 Índia faz-se notar pelo seu ímpeto transformador.

Imagem: Hermes Caruzo via valor.globo.com
A ênfase nas responsabilidades comuns, mas diferenciadas, reforça que enquanto todos os países compartilham o ônus de proteger o planeta, suas capacidades e histórias de emissão devem ser consideradas. Este conceito é vital para garantir que a transição global para a sustentabilidade seja justa, permitindo que nações em desenvolvimento tenham o espaço necessário para crescer e melhorar as condições de vida de suas populações, sem que isso comprometa os esforços globais para mitigar as mudanças climáticas, conforme defendido pelos organismos internacionais. As discussões da COP30 serão, portanto, um palco crucial para avançar nestes entendimentos e nas estratégias de implementação.
A presença ativa da Índia na COP30 e suas reivindicações são um indicativo da crescente importância das economias emergentes nas discussões sobre o clima global. O país busca um equilíbrio entre seu desenvolvimento e a sustentabilidade ambiental, insistindo que o fardo da ação climática deve ser distribuído de forma justa e que os países desenvolvidos, historicamente maiores emissores, precisam liderar tanto na redução de emissões quanto no apoio financeiro e tecnológico. O apoio ao TFFF exemplifica a busca por soluções inovadoras e colaborativas que protejam o meio ambiente e impulsionem o desenvolvimento sustentável em regiões vulneráveis.
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Em suma, a posição da Índia na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em Belém destaca a relevância do financiamento equitativo e do apoio a iniciativas como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) para a ação climática global. A nação defende um modelo de responsabilidade compartilhada e implementável. Para continuar acompanhando as discussões e desdobramentos sobre política ambiental e outras análises globais, convidamos você a explorar mais detalhes sobre o panorama geopolítico em nossa editoria de Política.
Crédito da imagem: Valor Econômico
