COP30 no Brasil: Trump Recusa Convite e Mantém Postura

Economia

TÍTULO: COP30 no Brasil: Trump Recusa Convite e Mantém Postura
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META DESCRIÇÃO: Descubra por que Donald Trump não comparecerá à COP30 no Brasil em 2025. Conheça sua postura sobre ação climática e os esforços diplomáticos de Lula.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, conhecida como COP30, não contará com a presença de Donald Trump nem de qualquer representante de alto escalão do governo norte-americano. O ex-presidente dos Estados Unidos declinou o convite para o evento global, que ocorrerá em Belém, capital do Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, reiterando as posições já conhecidas de sua administração sobre as questões climáticas globais.

A ausência do político republicano, reportada pela agência Reuters na última sexta-feira, dia 31, com base em informações de um funcionário da Casa Branca, destaca uma postura consistente do governo norte-americano. Mesmo após múltiplos convites pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão de não participar da COP30 em Belém se manteve, sinalizando a firmeza de sua perspectiva em relação às agendas de combate às mudanças climáticas.

COP30 no Brasil: Trump Recusa Convite e Mantém Postura

As tentativas de Lula de trazer Trump para o palco da diplomacia climática foram diversas e notáveis. Em agosto deste ano, o presidente brasileiro enviou uma carta pessoal ao ex-mandatário dos EUA, formalizando o convite para a conferência no Pará. No mesmo período, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, minimizou a repercussão da provável falta de Trump, lembrando o histórico irregular de participação e, por vezes, a oposição dos Estados Unidos aos acordos climáticos desde a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro.

Posteriormente, em 6 de outubro, o convite foi reiterado em uma conversa telefônica de aproximadamente 30 minutos entre Lula e Trump. A cúpula da Malásia, em 26 de outubro, marcou o primeiro encontro presencial entre os dois líderes, onde Lula mais uma vez reforçou o apelo para a participação na COP30, na expectativa de que a interação pudesse persuadir o republicano. Contudo, conforme a fonte da Reuters, essas gestões diplomáticas não foram suficientes para alterar a decisão do ex-presidente americano.

O funcionário da Casa Branca confirmou à agência de notícias que “O presidente já deixou claras as posições de seu governo sobre a ação climática multilateral em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas do mês passado”. Este pronunciamento, ocorrido em 23 de setembro de 2025, foi particularmente enfático. Na ocasião, Trump classificou o debate sobre a mudança climática como uma “farsa”, alertando que a insistência em tal “farsa” poderia levar países ao fracasso. Ele argumentou que as políticas de controle climático estariam “enfraquecendo” as nações e, por sua vez, defendeu abertamente o uso contínuo de “fontes tradicionais de energia”.

A posição contrária de Donald Trump ao estabelecimento de políticas climáticas internacionais não é recente. No início de seu segundo mandato, em janeiro deste ano (2025), os Estados Unidos oficializaram novamente sua saída do Acordo de Paris. Este tratado, um marco assinado em 2015 durante a COP21, na capital francesa, Paris, envolveu mais de uma centena de países, incluindo o Brasil. Seu principal objetivo é a limitação do aquecimento global, com cada nação se comprometendo a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a implementar medidas de adaptação aos impactos das mudanças climáticas.

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Imagem: John McDonnell via valor.globo.com

À época de sua posse no segundo mandato, Trump justificou a decisão de se retirar do Acordo de Paris, argumentando a necessidade de “incentivar a energia americana” e de “acabar com o extremismo climático de Biden”. A referência foi direcionada ao ex-presidente Joe Biden, que havia reintroduzido os Estados Unidos no acordo climático durante seu período no cargo, sublinhando as profundas divisões políticas internas dos EUA em relação às estratégias ambientais globais e a COP30.

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A decisão de Donald Trump de não participar da COP30 em Belém ressalta uma divergência estratégica sobre a abordagem das mudanças climáticas globais, posicionando os EUA à parte de discussões multilaterais fundamentais para o futuro do planeta. Para compreender mais sobre as implicações políticas de eventos como a conferência climática e suas ramificações para o cenário global, explore nossas Análises Políticas e Futuro da Ação Climática. Continue acompanhando a cobertura completa em nossa editoria para ficar por dentro das últimas notícias.

*Estagiário sob supervisão de Diogo Max