A política americana ganhou um novo contorno com a entrada ativa do ex-presidente Barack Obama (2009-2017) na campanha eleitoral. Nos últimos dias, Obama Eleições EUA tem sido um tópico central, com o ex-líder democrata quebrando um período de discrição para criticar o atual mandatário, Donald Trump, e as políticas de sua gestão, classificando-as como caóticas e problemáticas. A presença de Obama nas campanhas é vista como um impulsionador fundamental para o Partido Democrata em um momento de acirrada disputa política nacional e local.
Considerado um dos membros mais influentes de seu partido, Obama foi efusivamente aplaudido ao participar de comícios de duas importantes candidatas democratas. Na Virgínia, ele subiu ao palco para apoiar a ex-congressista Abigail Spanberger. Já em Nova Jersey, prestou seu respaldo à deputada Mikie Sherrill. Ambos os pleitos, considerados de meio de mandato, possuem um peso estratégico, pois seus resultados são vistos como cruciais e podem impactar profundamente o cenário político de 2026.
Obama entra em campanha e critica Trump para Eleições nos EUA
A importância dessas disputas é sublinhada pela expectativa de analistas e políticos de que as eleições influenciarão diretamente as concorrências futuras. As eleições legislativas de meio de mandato definem as maiorias no Congresso, um fator que pode determinar a capacidade da administração de Trump de avançar ou bloquear suas propostas políticas e pautas legislativas. O embate retórico entre o ex-presidente e o atual governante já aquece o debate nacional.
Durante seu discurso para uma vasta plateia de apoiadores de Spanberger, realizada na Universidade Old Dominion, em Norfolk, Obama não poupou críticas à situação política contemporânea dos Estados Unidos. Ele expressou que “nosso país e nossa política estão em um lugar bastante sombrio agora”. Adicionalmente, pontuou que “é difícil saber por onde começar, porque todos os dias a Casa Branca oferece às pessoas uma nova dose de ilegalidade, imprudência, mesquinhez e simplesmente loucura pura”, em um comentário incisivo sobre a conduta da administração atual.
Além das questões éticas e de gestão, o ex-presidente focou em pontos específicos das políticas de Trump. Um dos alvos de sua retórica foram as taxas de importação implementadas pelo governo, impostas a uma variedade de nações. Obama argumentou veementemente que essa abordagem não trouxe benefícios palpáveis para a população, pelo contrário: “Os custos não diminuíram para as famílias comuns, mas aumentaram, graças a essa política tarifária desastrosa”, salientou, vinculando a estratégia econômica de Trump diretamente ao encarecimento da vida dos cidadãos comuns.
Em um comício subsequente em Newark, Nova Jersey, em suporte à candidatura de Sherrill, o tom de Obama ganhou uma ironia perceptível ao comentar sobre as prioridades e reformas realizadas na Casa Branca. Em um de seus comentários mais notáveis, ele satirizou algumas iniciativas do governo atual, dizendo: “Para ser justo, ele tem se concentrado em algumas questões críticas, como pavimentar o Jardim das Rosas para que as pessoas não sujem os sapatos de lama e construir um salão de baile de US$ 300 milhões.” A declaração serviu para questionar o que seriam as verdadeiras prioridades de gastos e gestão.
As pesquisas eleitorais indicam um cenário competitivo nas duas disputas regionais em que Obama se envolveu diretamente. Na Virgínia, a candidata Abigail Spanberger, de 46 anos, desfruta de uma vantagem considerada substancial sobre sua adversária republicana, a vice-governadora Winsome Earle-Sears, de 61 anos. Esse desempenho é crucial para o avanço dos democratas na região e reflete o apoio mobilizado por figuras como o ex-presidente.

Imagem: valor.globo.com
Similarmente, em Nova Jersey, Mikie Sherrill mantém uma liderança de um único dígito contra o republicano Jack Ciatterelli, de 63 anos. Ciatterelli já se candidata ao cargo de governador pela terceira vez consecutiva, tendo perdido a disputa anterior em 2021 por uma margem de três pontos percentuais, o que ressalta a importância desta eleição para sua carreira política e para o equilíbrio de forças no estado.
As votações para estas eleições cruciais estão agendadas para a próxima terça-feira (4). No mesmo dia, os cidadãos de Nova York também se dirigirão às urnas para eleger seu novo prefeito. Nesta disputa, um jovem candidato democrata tem se destacado como o favorito inconteste: Zohran Mamdani, de 34 anos. Ele é um deputado estadual muçulmano e socialista, oriundo do Queens, e representa uma nova geração política.
A ascendência de Mamdani na política ganhou um impulso significativo recentemente com o apadrinhamento de Barack Obama. No sábado anterior à notícia, o ex-presidente contatou Mamdani por telefone, elogiando sua campanha e se oferecendo para atuar como seu conselheiro no futuro, caso ele saia vitorioso das urnas. Nascido em Uganda, o jovem legislador já figura confortavelmente à frente de seu principal concorrente, o ex-governador Andrew Cuomo, nas pesquisas eleitorais, evidenciando uma possível renovação na política da metrópole. Para entender melhor o panorama das eleições americanas, consulte fontes autorizadas sobre o tema, como a Britannica.
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O engajamento de Barack Obama na campanha democrata evidencia a urgência e a relevância das próximas eleições, tanto a nível estadual quanto nas primárias legislativas. Seus comentários incisivos e apoio estratégico visam mobilizar eleitores e solidificar o posicionamento do Partido Democrata diante das críticas à gestão atual. Para continuar acompanhando de perto os desdobramentos da política internacional e nacional, confira mais notícias na nossa editoria de Política.
Crédito da imagem: Ex-presidente Barack Obama em Newark, Nova Jersey, neste sábado (1) – Foto: Adam Gray/Bloomberg

