A partir deste sábado, 1º de junho, uma nova oportunidade se abre para milhares de ex-estudantes com débitos pendentes junto ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A renegociação de dívidas do Fies estará disponível para contratos firmados a partir de 2018 e se estenderá até dezembro de 2026, oferecendo condições facilitadas para a regularização financeira dos beneficiários do programa. Essa medida é vista como um alívio significativo para quem enfrenta dificuldades no cumprimento de suas obrigações.
O Ministério da Educação (MEC) projeta que esta iniciativa beneficiará cerca de 160 mil estudantes. O montante total em débitos atrasados que podem ser renegociados atinge a expressiva marca de R$ 1,8 bilhão, o que demonstra a amplitude do problema e a urgência dessa solução governamental. O foco é resgatar a capacidade de pagamento desses indivíduos e reabilitá-los no mercado de crédito.
Renegociação de Dívidas Fies Inicia Sábado (1º) até 2026
A finalidade primordial dessa renegociação é auxiliar os indivíduos que se encontram em situação de dificuldade financeira a recuperar a saúde de seu nome. Estar com o nome “limpo”, ou seja, sem restrições em cadastros de crédito como Serasa e SPC, é fundamental para o acesso a novos financiamentos, empréstimos e para a realização de planos de vida que dependam de estabilidade creditícia. Dessa forma, a iniciativa busca reintegrar economicamente esses cidadãos, permitindo-lhes um novo começo financeiro.
O Fies é um programa instituído pelo Ministério da Educação com o intuito de viabilizar o acesso de estudantes de baixa renda a cursos superiores em instituições privadas de ensino. Ele oferece financiamento a juros mais baixos do que os praticados no mercado, com condições de pagamento que se ajustam à realidade do estudante após a conclusão do curso, na chamada fase de amortização. A possibilidade de renegociação reforça o compromisso do programa com a permanência e a formação educacional, mesmo diante de imprevistos financeiros.
Como Funciona a Negociação dos Débitos do Fies
A Caixa Econômica Federal atua como agente financeiro principal tanto na concessão dos contratos originais do Fies quanto, agora, na operacionalização da renegociação das dívidas. Esse papel centralizado simplifica o processo para o estudante, que já tem um relacionamento pré-existente com a instituição. A experiência da Caixa em grandes programas sociais garante a estrutura necessária para lidar com o volume esperado de renegociações.
Diferentemente de procedimentos anteriores ou de outras modalidades de negociação, esta edição do Fies elimina a necessidade de deslocamento físico às agências bancárias. O processo será inteiramente digital, podendo ser efetuado através do aplicativo “Fies Caixa”, disponível para download em smartphones, ou diretamente pelo site oficial do banco. Para acessar o sistema, o estudante necessitará apenas do seu Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e senha, garantindo agilidade e conforto na hora de buscar a regularização dos débitos. Essa praticidade é um diferencial, tornando a renegociação acessível de qualquer lugar e a qualquer hora, dentro do prazo estipulado.
O Termo Aditivo: Formalização do Novo Acordo
A renegociação dos débitos será formalizada mediante a assinatura de um termo aditivo ao contrato original de financiamento. Este documento, crucial para a efetivação do acordo, exige a concordância expressa do estudante financiado, bem como de seus fiadores, se aplicável. A assinatura digital do termo aditivo significa que todas as partes envolvidas aceitam as novas condições e prazos de pagamento.
Com a formalização do termo aditivo, uma nova obrigação de pagamento é criada, substituindo as condições anteriores. Essa nova obrigação estabelece um cronograma de parcelas e um valor que devem ser rigorosamente cumpridos. É importante estar ciente de que o descumprimento das parcelas do novo acordo de renegociação implicará na inclusão do nome e do CPF do financiado – e de seus fiadores, se houver – em cadastros restritivos de crédito novamente. Portanto, o novo acordo requer o mesmo, ou até maior, nível de compromisso com a adimplência para evitar reincidência na restrição de crédito.

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
Condições Excepcionais e Prazos Estendidos para a Renegociação
A atual edição da renegociação de dívidas do Fies oferece um pacote de condições de pagamento altamente vantajosas para os estudantes. Um dos pontos mais relevantes é a possibilidade de parcelar o saldo devedor em até 180 vezes, o que corresponde a um período de 15 anos. Essa flexibilidade é desenhada para tornar as parcelas mais acessíveis e condizentes com a capacidade financeira de cada um.
Além do alongamento do prazo, o programa prevê um desconto de 100% sobre juros e multas por atraso, eliminando os encargos adicionais que encareceram a dívida original. Essa medida reduz significativamente o montante total a ser pago, aliviando o fardo financeiro. A parcela mínima estabelecida é de R$ 200, salvo em situações onde o valor total remanescente da dívida seja inferior a esse patamar, permitindo pagamentos proporcionais ao saldo. O prazo final para formalizar esse novo acordo se estende até 31 de dezembro de 2026, concedendo um período amplo para que todos os interessados possam se organizar e aderir à renegociação.
Quais Estudantes São Elegíveis para a Renegociação?
Para se qualificar à renegociação de seus débitos com o Fies, os estudantes precisam atender a critérios específicos que garantem o foco nos contratos e nas situações financeiras mais relevantes. As condições são as seguintes:
- O contrato do Fies deve ter sido assinado a partir do ano de 2018. Esta delimitação temporal concentra a ação nos modelos mais recentes de financiamento.
- O estudante deve estar na fase de amortização do financiamento. Isso significa que ele já concluiu o curso superior para o qual recebeu o apoio do Fies e, portanto, já deveria ter iniciado o processo de pagamento das parcelas de sua dívida.
- Os pagamentos das parcelas do Fies precisam estar em atraso por um período superior a 90 dias, a contar da data de 31 de julho de 2025. Esse critério foca a renegociação nos devedores com um histórico de inadimplência consolidado, que mais se beneficiarão da medida.
Para obter informações detalhadas sobre as novas regras da renegociação de dívidas do Fies para o período 2025-2026, é aconselhável consultar a resolução nº 64/2025 do Ministério da Educação, que contém todos os dispositivos legais e técnicos do programa. Recomenda-se a visita ao portal oficial do MEC para acesso a documentos e comunicados. Para maiores detalhes sobre o Fies, acesse o Ministério da Educação (MEC).
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Em síntese, a oportunidade de renegociar os débitos do Fies a partir de 1º de junho até o final de 2026 representa um marco para a recuperação financeira de milhares de ex-alunos. Com a extinção de juros e multas, além de prazos estendidos, o governo demonstra seu empenho em facilitar a quitação dessas dívidas, liberando o nome de devedores e incentivando um futuro financeiro mais estável. Não deixe de conferir os detalhes e as novidades que afetam diretamente o seu bolso. Para mais notícias e análises sobre a economia e finanças no país, continue acompanhando nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Jose Cruz/Agência Brasil




