Minidólar: Fed e Selic influenciam volatilidade do WDOX25

Economia

A cotação do Minidólar (WDOX25), referente aos contratos com vencimento em novembro, fechou a última sessão de negociação, no dia 29 de outubro, registrando uma leve queda de 0,11%. O valor estabelecido para encerramento foi de 5.359 pontos. Esta movimentação ocorreu em um ambiente de significativa influência por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, e da política monetária doméstica, notadamente a manutenção da taxa Selic.

O mercado reagiu primariamente à decisão de juros do Federal Reserve. A autoridade monetária dos EUA, como já antecipado por grande parte dos analistas, realizou um corte de 0,25 ponto percentual na sua taxa básica. Contudo, o pronunciamento oficial, especialmente a postura de Jerome Powell, presidente do Fed, demonstrou um tom mais conservador acerca de possíveis futuras reduções de juros. Esse discurso levou a uma redução do apetite por risco global e, consequentemente, fortaleceu a moeda americana em mercados internacionais, enquanto investidores calibravam suas expectativas em relação aos próximos passos da política econômica dos Estados Unidos.

Minidólar: Fed e Selic influenciam volatilidade do WDOX25

Em paralelo ao cenário externo, o real brasileiro espelhou o comportamento global, mas também se beneficiou de um diferencial de juros favorável. A taxa Selic no Brasil foi mantida em 15%, configurando um patamar atraente que continua a incentivar o ingresso de capital estrangeiro no país. Além da postura do Fed, o radar dos operadores de câmbio esteve atento a um encontro crucial entre Donald Trump e Xi Jinping, que pode ditar a direção das cotações cambiais nas sessões seguintes, adicionando um elemento de incerteza geopolítica ao cálculo dos riscos.

Análise Técnica Detalhada do Minidólar

Aprofundando a compreensão do mercado, a análise técnica do WDOX25 revela nuances importantes para traders. Diversos gráficos foram observados para identificar os movimentos e potenciais desdobramentos dos preços do ativo. Essas projeções fornecem uma bússola para aqueles que buscam operar com o minidólar.

Desempenho no Gráfico de 15 Minutos

No período de 15 minutos, a observação técnica aponta que o minidólar encerrou a sessão com uma baixa moderada, flutuando entre as médias de 9 e 21 períodos. Essa faixa indica um momento de equilíbrio dinâmico entre o poder de compra e o de venda dos investidores, sem uma direção predominante clara. Para que o ativo inicie uma recuperação ascendente, será indispensável a manifestação de um volume comprador significativo, capaz de superar a zona de resistência localizada entre 5.371 e 5.382,5 pontos. Um rompimento eficaz desses níveis poderia abrir caminho para que o minidólar atingisse novas faixas, especificamente 5.393,5/5.405 e, posteriormente, 5.415/5.426 pontos. Por outro lado, caso o contrato não consiga se sustentar acima do suporte entre 5.358 e 5.352,5 pontos, a probabilidade é de que a pressão vendedora se intensifique, mirando patamares de preço mais baixos, como 5.344/5.334 e, na sequência, 5.325/5.319 pontos.

Perspectivas no Gráfico Diário

Expandindo para uma visão de mais longo prazo no gráfico diário, o cenário geral do minidólar permanece com um viés negativo. Contudo, sinais técnicos apontam para uma potencial amenização dessa tendência. A formação de um padrão de “martelo” na vela diária, por exemplo, é frequentemente interpretada como um indicativo de uma possível reação por parte dos compradores. Para que essa reversão ou alívio se materialize de forma consistente, será crucial a confirmação com o rompimento da máxima anterior, o que poderia desencadear um repique de preços em direção à região de 5.371 a 5.405 pontos. No momento, o ativo ainda se posiciona abaixo das médias móveis, reforçando a cautela. O Índice de Força Relativa (IFR) para 14 períodos encontra-se em 41,59 pontos, indicando uma zona neutra, sem pressões de sobrecompra ou sobrevenda extremas.

Uma retomada mais sólida e sustentável exigiria a superação da barreira de resistência estabelecida entre 5.371 e 5.405 pontos, um movimento que projetaria o ativo para alvos como 5.430/5.479 pontos. No cenário contrário, uma quebra do suporte na faixa de 5.338 a 5.325 pontos solidificaria a continuidade da trajetória de baixa, apontando para níveis como 5.259/5.211 pontos como próximos pontos de parada.

Cenário no Gráfico de 60 Minutos

A análise do minidólar no gráfico de 60 minutos igualmente revela um encerramento em terreno negativo. Assim como nas outras temporalidades curtas, o ativo permaneceu operando entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, reforçando uma tendência de baixa no curto prazo que se mostra presente em diferentes análises. Para uma possível recuperação da alta, o ativo precisará transpor a resistência localizada na área de 5.371 a 5.393,5 pontos. Um sucesso nessa tarefa desbloquearia alvos técnicos subsequentes, visando as regiões de 5.411/5.426 e 5.485/5.509,5 pontos. Caso essa quebra de resistência se concretize, um fluxo comprador poderia ser engatilhado, impulsionando o minidólar até a marca de 5.543 pontos.

Por outro lado, uma perda da região de suporte compreendida entre 5.357 e 5.338 pontos tenderia a intensificar o movimento de baixa já observado. Tal cenário poderia conduzir o ativo a testar suportes em 5.325/5.288 e, adiante, 5.259,5/5.229 pontos, expandindo o viés corretivo que caracterizou os últimos pregões.

A política monetária do Federal Reserve é um dos principais fatores macroeconômicos que impactam diretamente o minidólar. Para entender mais sobre as decisões do Banco Central dos Estados Unidos e seus impactos globais, você pode consultar o calendário do FOMC e comunicados oficiais.

Em suma, os movimentos do Minidólar (WDOX25) seguem sensíveis às grandes decisões macroeconômicas internacionais, como as políticas do Federal Reserve, e à atratividade do mercado brasileiro mantida pela taxa Selic. A convergência desses fatores, somada à intrincada análise técnica em diversos tempos gráficos, desenha um cenário de volatilidade e oportunidades. Acompanhe a nossa editoria de Economia para se manter atualizado sobre o mercado financeiro e as projeções do câmbio.

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Crédito: InfoMoney

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