Uma operação policial no Rio de Janeiro, deflagrada na última terça-feira, 28 de outubro de 2025, contra a facção Comando Vermelho, rapidamente ganhou ampla repercussão internacional. O número elevado de mortes registrado na ação causou consternação e levou diversas entidades e veículos de imprensa estrangeiros a se manifestarem sobre a violência no estado.
Oficialmente, o balanço da intervenção indicou 64 óbitos, entre os quais quatro policiais. No entanto, as projeções indicavam que o total de fatalidades poderia superar a marca de 100. A escalada de letalidade gerou alertas de outros países e organismos internacionais, sublinhando a gravidade do cenário e a preocupação com os direitos humanos no contexto das intervenções de segurança pública.
Repercussão mundial após mortes em operação policial no Rio
A magnitude dos eventos levou veículos de comunicação e organizações humanitárias globais a monitorar de perto a situação. As mortes resultantes da ação foram noticiadas com destaque em diversos países, com ênfase na preocupação crescente com as táticas empregadas em operações de segurança pública, especialmente em comunidades urbanas marginalizadas.
Reação de Organismos Internacionais e Imprensa Global
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou seu espanto e profunda preocupação através de uma publicação em seu perfil na rede X (antigo Twitter), na noite de ontem (28 de outubro). A entidade expressou horror com a operação em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que, até então, já registrava mais de 60 mortes noticiadas, incluindo a de quatro policiais. A ONU reiterou sua preocupação com a tendência de desfechos letais em ações policiais nas áreas marginalizadas do Brasil. A organização internacional instou as autoridades brasileiras a honrar suas obrigações conforme o direito internacional dos direitos humanos, um pilar que pode ser explorado em detalhe no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e demandou a realização de investigações céleres e eficazes dos acontecimentos.
Grandes jornais pelo mundo reportaram o ocorrido com grande visibilidade. O prestigiado jornal britânico The Guardian dedicou uma matéria com a manchete “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”. A publicação inglesa caracterizou a operação como a mais letal da história recente do Rio, descrevendo-a como tendo início ao amanhecer, com intensos confrontos armados nos arredores das favelas do Complexo do Alemão e da Penha, regiões que abrigam uma população de cerca de 300 mil pessoas. O The Guardian também ressaltou a proliferação de “fotos terríveis com alguns dos jovens homens mortos” nas redes sociais, que rapidamente circularam.
De Espanha, o El País, renomado periódico, noticiou a situação descrevendo o Rio de Janeiro como imerso em uma “jornada de caos colossal e intensos tiroteios” devido a uma ação policial de combate ao crime organizado que, segundo eles, já se tornava a mais letal na história da metrópole brasileira. De França, o importante jornal Le Figaro levantou questionamentos sobre a eficácia destas operações policiais de grande escala no Rio de Janeiro, apesar de reconhecer que são práticas comuns na cidade. Já o New York Times, dos Estados Unidos, descreveu a ação como “a mais mortal da história do Rio”, com o registro de quatro policiais mortos e um mínimo de 60 outras vítimas. Em declaração repercutida, o governador do estado classificou o confronto como um “ataque aos narcoterroristas”. A dimensão chocante do episódio foi ilustrada ainda pelo jornal argentino Clarín, que, ao reproduzir um post de um cidadão brasileiro, estampou em seu portal uma forte analogia: “não é Gaza, é o Rio”.

Imagem: REUTERS via agenciabrasil.ebc.com.br
O Cenário nas Favelas Atingidas e a Projeção de Vítimas
Os confrontos armados concentraram-se em áreas densamente povoadas, como as comunidades do Alemão e da Penha. Testemunhas e relatos indicaram uma forte presença policial e o uso de armamento pesado. O elevado número de vítimas reflete a intensidade dos confrontos e a gravidade da incursão nessas comunidades. A previsão oficial apontava para um crescimento do número de falecimentos confirmados nas horas subsequentes à quarta-feira, 29 de outubro. Já se registrava a entrega de mais de 50 corpos às autoridades por parte dos residentes das áreas afetadas. Adicionalmente, dezenas de veículos foram incendiados, contribuindo para a atmosfera de caos que tomou conta de diferentes pontos da capital fluminense, acentuando a situação de insegurança e instabilidade.
Implicações e Reflexões sobre a Segurança Pública
A frequência de operações com alto índice de letalidade levanta discussões intensas sobre as abordagens de segurança pública no Rio de Janeiro e a efetividade a longo prazo de tais intervenções. O debate não se restringe apenas aos limites nacionais, mas se estende ao cenário global, com entidades defensoras dos direitos humanos e veículos de comunicação de diversos países exigindo transparência e responsabilização. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos dessas ações e o impacto na vida das populações das favelas. As discussões focam na necessidade urgente de equilibrar o combate ao crime com a preservação de vidas e o respeito aos direitos fundamentais da população.
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Em síntese, a operação policial ocorrida em 28 de outubro de 2025 no Rio de Janeiro, marcada por um alarmante número de mortes, desencadeou uma onda de condenação e preocupação em âmbito internacional. A resposta de entidades como a ONU e de grandes veículos de imprensa ao redor do globo destaca a seriedade dos fatos e a urgência de debates aprofundados sobre as estratégias de segurança e o respeito aos direitos humanos no estado. Para se aprofundar em notícias sobre os desafios das grandes metrópoles e as políticas de segurança pública, explore nossa categoria de Cidades.
Crédito da imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil



