A Polícia Civil de Goiânia indiciou duas mulheres, mãe e filha, por suspeita de tentativa de subtrair crianças em parques da capital goiana. O caso ganhou repercussão após o depoimento de uma babá, que relatou ter sido insistentemente seguida pelas suspeitas, resultando na imposição de medidas cautelares que as proíbem de frequentar shoppings, parques e quaisquer locais com circulação infantil. A decisão visa proteger os menores da cidade diante da preocupante conduta das investigadas.
A investigação foi iniciada depois que denúncias de pais se acumularam, indicando que as mulheres estariam realizando tentativas de abordagem a crianças, principalmente no Parque Vaca Brava, um conhecido ponto de lazer em Goiânia. As ações da Justiça e da polícia sublinham a seriedade dos relatos e a necessidade de intervir rapidamente para assegurar a segurança da população infantil.
Nesta sexta-feira, dia 24, o juiz Leonardo Naciff Bezerra emitiu a determinação judicial que não só impõe a proibição de acesso a locais frequentados por crianças, mas também o uso de tornozeleira eletrônica e a realização de uma avaliação psiquiátrica para as investigadas. Essas medidas buscam garantir o cumprimento da ordem e investigar a fundo os fatores que levaram a essa
Mulheres Indiciadas por Tentativa de Pegar Crianças em Goiânia
. No documento referente à aplicação dessas medidas cautelares, o relato detalhado da babá teve um peso significativo, expondo a persistência das abordagens.
Detalhes do Relato da Babá
No centro da elucidação do caso está o depoimento de uma babá profissional. Ela descreveu um período de aproximadamente duas semanas em que foi alvo de vigilância contínua por parte das mulheres enquanto cuidava de uma menina de 1 ano e 7 meses. Segundo a profissional, enquanto passeava no Parque Vaca Brava, a abordagem era frequente e direta, com as suspeitas se aproximando e fazendo perguntas invasivas sobre a criança.
A babá afirmou ter impedido ativamente as mulheres de se aproximarem ainda mais da pequena sob sua responsabilidade. Um detalhe perturbador mencionado foi o fato de a criança reagir sempre com choro ao ver as duas mulheres se aproximando, um sinal instintivo de desconforto. Durante essas interações, as suspeitas alegavam que a criança era filha delas, justificando que teriam tido seus óvulos roubados, uma narrativa completamente desconexa da realidade e que causou grande estranheza.
Assustada com a insistência e o teor das conversas, a babá reportou imediatamente a situação aos pais da criança. Ela também relatou ter sido verbalmente agredida pelas mulheres quando tentava afastá-las. Diante de uma nova abordagem, que ocorreu na quinta-feira, dia 23, a profissional decidiu agir e acionou policiais que estavam presentes no parque, levando as suspeitas à Central de Flagrantes, onde foram tomadas as primeiras providências legais.
Esclarecimentos e Versões Apresentadas pelas Suspeitas
Às autoridades policiais, as duas mulheres reiteraram a versão fantasiosa de que teriam sido vítimas de uma complexa organização criminosa especializada em “furto de óvulos”. Segundo elas, essa máfia estaria distribuindo seus bebês pelo Parque Vaca Brava, em Goiânia. Apesar da seriedade das denúncias de pais e da babá sobre tentativas de subtrair crianças, as investigadas insistiram nessa narrativa.
O delegado Rilmo Braga, responsável pelo caso, descreveu a fala das mulheres como “um discurso muito estranho”, já apontando para a possibilidade de transtornos mentais. Em seus depoimentos, elas afirmaram ter tido aproximadamente duzentos filhos que estariam “espalhados pela cidade” e que o único objetivo ao abordar as crianças seria “apenas brincar” com elas. Essa discrepância entre as alegações e a realidade levantou sérias questões sobre a condição psicológica das suspeitas, o que reforça a medida judicial de avaliação psiquiátrica.

Imagem: g1.globo.com
O Andamento da Investigação Policial
O delegado Rilmo Braga destacou que o comportamento incomum das mulheres causou um considerável alarde entre os frequentadores do Parque Vaca Brava e em toda a comunidade local de Goiânia. As investigações foram aprofundadas pela Polícia Civil para entender a real dimensão dos fatos e afastar quaisquer riscos mais graves.
Após uma análise minuciosa, ficou estabelecido que, embora a conduta das mulheres fosse perturbadora, não havia evidências concretas de crimes mais graves como sequestro ou cárcere privado, pois as suspeitas não chegaram a tocar fisicamente nas crianças. As abordagens se limitavam a conversas “desencontradas” e insistentes tentativas de aproximação. Contudo, o delegado Rilmo Braga ressaltou que, com base nas evidências coletadas, foi possível confirmar a existência de, no mínimo, o crime de “subtração de incapaz”. Esse enquadramento reflete a gravidade das ações, que objetivavam retirar as crianças do controle de seus responsáveis.
As medidas cautelares aplicadas pela Justiça buscam mitigar a situação, evitando que novas ocorrências de tentativa de pegar crianças se repitam em áreas públicas. A comunidade de Goiânia segue atenta, e a atuação rápida da polícia e da Justiça tem sido crucial para restabelecer a tranquilidade em locais frequentados por famílias e crianças. É fundamental que as autoridades ajam preventivamente e investiguem todas as situações de risco, protegendo os mais vulneráveis. Para saber mais sobre o sistema judicial brasileiro e a aplicação de medidas de proteção, você pode consultar o Conselho Nacional de Justiça, reforçando o rigor das medidas cautelares no Brasil.
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A situação das duas mulheres indiciadas em Goiânia pela tentativa de pegar crianças no Parque Vaca Brava destaca a importância da vigilância comunitária e da pronta resposta das autoridades. A Polícia Civil e o sistema judicial agiram de forma decisiva para proteger as crianças, impondo medidas cautelares rigorosas e buscando esclarecer os motivos por trás dessas ações. Para mais notícias sobre segurança e os desenvolvimentos urbanos na capital goiana, fique por dentro das últimas ocorrências e desenvolvimentos em Goiânia, continuando a acompanhar a nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Divulgação/Polícia Civil




