Um grave ataque a tiros resultou no homicídio de uma mulher cigana em Alagoinhas, Silvane Ramos de Souza, de 43 anos, e deixou outra pessoa ferida. O violento episódio, que abalou a comunidade do Papelão, no bairro Kennedy, ocorreu na noite de sábado, dia 25 de maio, em Alagoinhas, cidade localizada a aproximadamente 78 km de Feira de Santana, Bahia.
De acordo com informações detalhadas pela Polícia Civil (PC), Silvane Ramos de Souza foi alvo fatal de homens armados que surgiram de um matagal próximo à sua residência. A vítima e seus familiares estavam à porta de casa quando os agressores, previamente escondidos, iniciaram uma série de disparos contra o grupo. Silvane, membro ativo de uma comunidade cigana, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. Uma segunda mulher, de 35 anos, parente da vítima fatal, também foi atingida e encaminhada ao Hospital Regional Dantas Bião (HRDB), onde permanece internada recebendo tratamento médico.
Homicídio de Mulher Cigana em Alagoinhas Gera Clamor por Justiça
A investigação preliminar, fundamentada em relatos de familiares, aponta que a motivação por trás do ataque pode estar ligada a uma antiga rixa familiar. Tanto as vítimas quanto os suspeitos seriam membros da mesma comunidade cigana, o que sugere um conflito interno complexo. Este cenário agrava a urgência da elucidação do caso, dada a sensibilidade cultural e as dinâmicas sociais envolvidas.
A comunidade e as autoridades têm manifestado profunda preocupação com o incidente. A atuação de grupos criminosos, ainda que motivada por disputas internas, coloca em evidência a segurança das populações tradicionais e a necessidade de respostas rápidas e eficazes por parte dos órgãos de segurança pública. O caso reacende discussões sobre a violência em regiões metropolitanas e a proteção de minorias.
A Ação da Rede Brasileira dos Povos Ciganos e o Pedido de Justiça
Em um comunicado oficial, a Rede Brasileira dos Povos Ciganos (RBPC) forneceu detalhes adicionais sobre o crime. O incidente ocorreu por volta das 19h30. Três indivíduos armados emergiram do matagal adjacente, invadiram a propriedade de Silvana (mencionada como Silvana no texto da nota da Rede, referindo-se a Silvane) pelo quintal e iniciaram os disparos contra a casa. A Rede levanta a hipótese de que os criminosos tinham a intenção de matar outras pessoas, mas um dos alvos conseguiu escapar, enquanto o outro não estava presente no momento da invasão. Esta versão reforça a gravidade da premeditação do ato.
A Rede Brasileira dos Povos Ciganos agiu prontamente, cobrando uma apuração rigorosa das autoridades. Ofícios foram encaminhados ao governador da Bahia, à Comissão de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (MPE) e a outras instituições relevantes, solicitando providências imediatas para esclarecer os fatos e punir os responsáveis. Em um trecho emocionado da nota, a RBPC repudiou “essa indiferença” e reforçou a premissa de que “a vida cigana tem o mesmo valor que qualquer outra vida”. O posicionamento da entidade é claro: “Não aceitaremos o silêncio, nem o esquecimento. Silvane não será apenas mais um número em uma estatística fria. Ela será lembrada como símbolo de resistência, de coragem e da luta por justiça.”
A gravidade do incidente e a vulnerabilidade das populações ciganas são temas que requerem atenção contínua dos órgãos governamentais e da sociedade civil, conforme também debatido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que ressalta a importância da promoção e defesa dos direitos desses povos, combatendo a discriminação e a violência.

Imagem: g1.globo.com
Perfil da Vítima e Luto Comunitário
Silvane Ramos de Souza era mais do que uma vítima; era um pilar familiar. Mãe de uma jovem de 25 anos e avó de duas crianças, sua partida deixou um vazio imenso. A tragédia ecoa na comunidade, que se despede de Silvane. O sepultamento da vítima ocorreu na tarde de segunda-feira, dia 27 de maio, no Cemitério Jardim da Saudade, em Alagoinhas, sob um clima de consternação e luto. A forma como a RBPC descreve Silvane como um “símbolo de resistência” eleva o seu legado, transformando sua história em um catalisador para a demanda por justiça e visibilidade das questões enfrentadas pela comunidade cigana.
A Investigação da Polícia Civil em Alagoinhas
Atualmente, o caso está sob investigação pela 1ª Delegacia Territorial da cidade de Alagoinhas. A equipe de investigação está focada em coletar provas, ouvir testemunhas e identificar os suspeitos envolvidos no ataque a tiros. O empenho da Polícia Civil é fundamental para garantir que os responsáveis sejam devidamente processados e para restabelecer a segurança e a confiança da comunidade. A celeridade na apuração e a eficácia das ações policiais são essenciais para evitar que crimes como este perpetuem a sensação de impunidade.
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O assassinato de Silvane Ramos de Souza em Alagoinhas, Bahia, destaca a contínua luta por segurança e justiça para as comunidades tradicionais. A ação da Rede Brasileira dos Povos Ciganos e o empenho das autoridades são passos cruciais para assegurar que este ato de violência não caia no esquecimento e que a verdade seja apurada. Para aprofundar a compreensão sobre temas de segurança pública, dinâmicas sociais e notícias locais, continue acompanhando a editoria de Cidades do nosso portal, que traz análises e reportagens sobre os eventos que moldam o nosso dia a dia.
Crédito da imagem: Foto: Divulgação/Rede Brasileira dos Povos Ciganos




