A Polícia Civil de São Paulo anunciou a prisão do nono indivíduo suspeito de participação no assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes. Paulo Henrique Caetano Sales, de 38 anos, conhecido como PH, foi detido pelas autoridades na última terça-feira, aprofundando as investigações sobre o crime ocorrido em 15 de setembro, na cidade de Praia Grande, localizada na Baixada Santista.
De acordo com informações fornecidas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Paulo Henrique Caetano Sales é apontado como o proprietário de uma das residências em Praia Grande, que teria sido utilizada por Umberto Alberto Gomes, 39, desde abril. Gomes, por sua vez, era um dos suspeitos no caso e veio a óbito em confronto com policiais civis e militares no Paraná. Sales foi localizado e preso no Jardim Shangrilá, bairro situado na zona sul da capital paulista.
Polícia prende 9º suspeito por morte de delegado Ruy Ferraz
A captura de Sales sucede outra importante prisão realizada na madrugada do dia 21, quando a polícia conseguiu deter José Nildo da Silva, de 47 anos, que se tornou o oitavo investigado a ser capturado. Silva foi encontrado em Itanhaém, no litoral sul paulista. Esta cidade é mencionada como um dos locais onde os envolvidos no assassinato do delegado Ruy Ferraz alugaram propriedades para a logística da ação, que incluiu o uso de quatro casas no total: duas em Praia Grande, uma em Itanhaém e outra em Mongaguá.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa revelou que José Nildo da Silva possui um histórico criminal que inclui passagens por agressão e ameaça. Testemunhas e investigações o viram armado na casa alugada em Itanhaém. Atualmente, os agentes de segurança apuram se ele teve um papel direto como um dos atiradores que dispararam fuzis contra o delegado Ruy Ferraz, um crime de grande impacto no cenário da segurança pública.
Detalhes da Investigação e Perfil dos Envolvidos
Além dos nove presos, a Polícia Civil segue em busca de mais dois indivíduos que ainda estão sendo investigados pela execução do delegado Ruy Ferraz. Umberto Alberto Gomes, mencionado anteriormente e morto em confronto, era alvo de um mandado de prisão expedido pela Justiça. A complexidade do caso revela uma rede intrincada de cúmplices e operações para tentar escapar da Justiça. O esforço para desvendar todos os detalhes é intenso, mobilizando equipes dedicadas à Baixada Santista e à capital paulista.
Outras Prisões Chave no Inquérito
A sequência de prisões teve início antes, com detenções significativas para o avanço da investigação. No dia 17 do mês passado, Cristiano Alves da Silva, 36, conhecido no meio criminal como Chris Brown, foi capturado. Ele foi o sétimo suspeito a ser detido e possui uma ficha criminal extensa, que inclui envolvimento com organização criminosa, além de receptação, roubo e delitos ambientais. A prisão de Chris Brown ocorreu no Jardim Gaivota, também na zona sul da capital, durante o cumprimento de um mandado de prisão. Suas conexões são cruciais para a polícia desmantelar toda a estrutura criminosa envolvida no caso.
Mais cedo, no dia 15, Danilo Pereira Pena, 36, conhecido como Matemático, foi preso. Ele estava escondido em uma pousada na Morumbi, uma região nobre da zona sul paulistana, indicando o alto nível de planejamento da fuga. As apurações policiais apontam Matemático como o mentor que instruiu Luiz Henrique Santos Batista, 38, o Fofão, a transportar Rafael Marcel Dias Simões, 42, vulgo Jaguar, de São Vicente, na Baixada Santista, até São Paulo. Tanto Fofão quanto Jaguar também já estão sob custódia, e suas declarações podem ser essenciais para elucidar outros elos da cadeia de comando.
Conexões com o PCC e Outros Crimes Organizados
A investigação também revelou possíveis laços entre os suspeitos e uma das maiores organizações criminosas do Brasil. Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido como Mascherano, outro dos presos, é acusado de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital). Investigações mais aprofundadas apontaram que Mascherano estaria conectado ao grupo responsável por planejar o sequestro do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, uma informação anteriormente divulgada em diversas colunas de segurança pública, demonstrando a gravidade e o alcance da atuação desses indivíduos. Tais conexões realçam a necessidade de um combate rigoroso e eficaz às estruturas criminosas que atuam em diferentes esferas. Para mais detalhes sobre as ações da Polícia Federal no combate a esse tipo de criminalidade, confira recentes operações contra o tráfico de armas.

Imagem: noticias.uol.com.br
Os outros envolvidos que também foram presos são Willian Silva Marques, 36, acusado de ser o responsável pelo aluguel de uma das casas em Praia Grande para os assassinos, e Dahesly Oliveira Pires, 25. Pires é investigada sob a acusação de ter ido buscar um fuzil na mesma residência locada e transportá-lo para a região metropolitana de São Paulo, evidenciando o transporte e uso de armamento pesado no crime.
Suspeitos Foragidos e Detalhes da Fuga
Dentre os foragidos, um dos nomes é Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos. As digitais de Flávio teriam sido encontradas na casa de Mongaguá, um dos pontos de apoio logístico da quadrilha. Além disso, o DHPP confirmou que suas impressões digitais foram identificadas no Jeep Renegade que foi furtado e utilizado pelos atiradores na fuga após o assassinato do delegado, conectando-o diretamente aos veículos usados no crime e fornecendo provas cruciais para sua eventual captura.
O outro foragido de destaque é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, 43, que também é apontado como membro do PCC. A Polícia Civil mantém que foi Luiz Antônio quem teria mandado Dahesly buscar o fuzil em Praia Grande, reforçando o esquema hierárquico e de comando dentro do grupo. A persistência dos policiais em encontrar esses indivíduos é crucial para o fechamento completo da investigação, visando que todos os envolvidos no homicídio do delegado Ruy Ferraz respondam perante a Justiça pelos seus atos.
A equipe de reportagem buscou contato com os advogados dos suspeitos já presos e dos que ainda estão foragidos. Contudo, até o momento, não houve manifestações por parte da defesa de nenhum deles. Este espaço permanece aberto para futuros pronunciamentos de quaisquer defensores, e o conteúdo será atualizado imediatamente caso novas informações sejam disponibilizadas.
Confira também: crédito imobiliário
A prisão do nono suspeito na investigação do assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes marca um avanço significativo na busca por justiça e no desmantelamento da rede criminosa envolvida. Este complexo caso, que envolve conexões com o crime organizado e a logística meticulosa de fugas, continua sendo uma prioridade para as autoridades. Para mais notícias e análises sobre temas de segurança pública em nossa cidade e região, continue acompanhando nossa editoria de Cidades.
Imagem: Reprodução


