Uma nova fiscalização ambiental na Refit, a refinaria conhecida anteriormente como Manguinhos, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, revelou a persistência de áreas contaminadas. Na sexta-feira, dia 24, equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o suporte do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizaram uma inspeção no local, confirmando a presença de resíduos de petróleo em parte do terreno da instalação.
A investigação atual vem à tona enquanto a empresa já havia se comprometido a sanar o problema de contaminação do solo e da água subterrânea em um período de nove anos. Durante a vistoria, os técnicos puderam constatar a extensão das áreas afetadas. Segundo as autoridades, apesar da comprovação da contaminação, ela parece estar restrita a uma porção específica da propriedade, com a empresa desenvolvendo iniciativas de gerenciamento e remediação ambiental para mitigar os impactos identificados.
Refit: Nova Fiscalização do Ibama Encontra Contaminação no Rio
Conforme destacou Carolina Esteves, superintendente substituta do Ibama-RJ, foi observada uma área específica com contaminação. “De fato essas áreas contaminadas existem. Aparentemente estão restritas a uma determinada localidade, e a empresa tem feito ações de gerenciamento e remediação dessa contaminação”, afirmou Esteves. Ela também ressaltou que a contaminação envolve solo e água subterrânea, e, segundo informações da própria empresa, não haveria risco de propagação para áreas vizinhas à refinaria, garantindo a segurança de comunidades e regiões próximas.
O Ibama esclarece que a refinaria já apresentava contaminação do solo quando iniciou suas operações, mas reafirma que a responsabilidade pela recuperação ambiental recai totalmente sobre a Refit. Durante a fiscalização recente, a empresa entregou novos relatórios ambientais que serão minuciosamente analisados pelo instituto. A partir desta avaliação, o Ibama pretende propor medidas adicionais e específicas para que a eliminação da contaminação seja efetivada no prazo previamente acordado, de nove anos.
Em sua defesa, a Refit alega que, desde 2015, tem implementado um conjunto de ações sob a supervisão do Inea. Estas medidas, segundo a companhia, resultaram em uma significativa redução de mais de 98% da área contaminada dentro da planta, correspondendo a apenas 0,3% da área total da refinaria. A empresa assegura que o espaço remanescente não oferece risco à saúde dos trabalhadores e tampouco representa ameaça às famílias que vivem nas comunidades circundantes à instalação.
Esta recente inspeção não é a primeira vez que a Refit se vê no centro das atenções de órgãos reguladores. Em setembro do ano passado, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Receita Federal realizaram uma operação conjunta que culminou na interdição da refinaria. Naquela ocasião, foram levantados indícios de que a Refit estaria importando combustíveis em estágio quase final de produção, além de terem sido identificados potenciais riscos de contaminação associados às suas atividades. Em relação a esses episódios passados, a Refit informou, na mesma sexta-feira da fiscalização, que a própria ANP já reconheceu a inexistência de problemas nos diques de contenção dos tanques de armazenamento da instalação, contrariando as preocupações iniciais.
Preocupações com a extensão da contaminação não são novidade. Há aproximadamente um ano e meio antes desta fiscalização, reportagens já apontavam indícios de um agravamento na contaminação do solo nas proximidades da refinaria. A superintendente do Ibama, ao comentar a situação, expressou o principal receio da instituição: “Nossa grande preocupação é que essa contaminação se estenda para áreas para além daquelas onde a gente vistoriou hoje, como Canal do Cunha, como as comunidades do entorno.” Por essa razão, o Ibama promete acompanhar de perto as ações da Refit para garantir que as medidas corretivas sejam implementadas de forma adequada, evitando um impacto ambiental maior do que o já registrado. Para entender mais sobre a atuação e regulamentação ambiental no Brasil, você pode consultar o site oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), parceiro na fiscalização, confirmou que a Refit tem demonstrado progressos na diminuição da área contaminada e avaliou o resultado da operação da sexta-feira de forma positiva, reiterando que o processo de remediação está em curso.
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Em resumo, a nova inspeção do Ibama na Refit reafirma a contaminação ambiental na refinaria, destacando a importância da responsabilidade corporativa na gestão de passivos ambientais. O acompanhamento rigoroso das autoridades é essencial para a garantia da segurança ambiental e da saúde pública nas comunidades vizinhas. Para se manter atualizado sobre temas relevantes que afetam a nossa sociedade, incluindo fiscalizações e políticas públicas, continue acompanhando as notícias em nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Reprodução/TV Globo



