Assalto Louvre: Joias Raras Desaparecem em Corrida Contra o Tempo

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TÍTULO: Assalto Louvre: Joias Raras Desaparecem em Corrida Contra o Tempo
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META DESCRIÇÃO: Paris em alerta: Oito joias inestimáveis da coroa francesa são roubadas do Museu do Louvre. Autoridades enfrentam corrida contra o tempo para recuperar as peças valiosas.

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Um assalto espetacular ao Museu do Louvre, em Paris, resultou no roubo de oito preciosas joias da coroa francesa no último domingo, 19 de novembro. As autoridades do país foram lançadas em uma verdadeira corrida contra o tempo, pois há um receio concreto de que as peças, de valor inestimável, sejam desmontadas e retiradas ilegalmente do território francês, dificultando permanentemente a sua recuperação.

O crime, executado em plena luz do dia, mobilizou criminosos equipados com ferramentas elétricas que invadiram o museu mais frequentado do mundo. Entre os itens subtraídos, está um colar de diamantes e esmeraldas historicamente associado ao Imperador Napoleão, presenteado à sua esposa. Como desdobramento imediato, a instituição cultural anunciou que permaneceria fechada na segunda-feira, 20 de novembro, para facilitar as investigações em curso.

Assalto Louvre: Joias Raras Desaparecem em Corrida Contra o Tempo

Gérald Darmanin, ministro da Justiça, expressou a falha do sistema de segurança à emissora France Inter, afirmando que “é certo que falhamos, já que alguém conseguiu estacionar um caminhão-guindaste em pleno centro de Paris e subir nele em poucos minutos para levar joias de valor inestimável”. Contudo, o ministro manifestou confiança na capacidade da polícia de capturar os responsáveis pelo roubo no Museu do Louvre.

A gravidade da situação foi ainda mais enfatizada por Chris Marinello, diretor executivo da Art Recovery International, uma entidade especializada na localização e recuperação de obras de arte roubadas. Marinello alertou para a urgência da situação, indicando que se os criminosos não forem detidos nas próximas 24 a 48 horas, as joias roubadas provavelmente “desaparecerão para sempre”. Segundo ele, a polícia francesa está ciente dessa janela crítica. “Há uma corrida contra o tempo acontecendo agora”, salientou Marinello, reiterando a alta probabilidade de que as joias, uma vez fragmentadas, nunca sejam recuperadas, mesmo que os ladrões sejam presos.

As coroas e tiaras levadas no assalto representam um desafio singular para as autoridades, pois sua venda integral no mercado ilícito seria extremamente complexa. A previsão de especialistas é que os ladrões não as manterão intactas. O plano seria desmantelar as joias, fundir o metal precioso, cortar e revender as gemas separadamente. Este processo apaga a proveniência e dificulta enormemente o rastreamento das peças como artefatos históricos, tornando-as apenas valiosas matérias-primas para o comércio ilegal.

Revelações da imprensa francesa indicaram uma falha alarmante na infraestrutura de segurança do Louvre. Uma avaliação preliminar do Tribunal de Contas, com publicação prevista para novembro, apontou que aproximadamente um terço das salas na ala onde ocorreu o roubo não dispõe de câmeras de vigilância. Essa deficiência ressalta uma “grande vulnerabilidade”, nas palavras de Laurent Nuñez, ministro do Interior, que levou à decisão de reforçar a segurança nas instituições culturais da França, após uma reunião com a polícia e outros ministros realizada na segunda-feira. O ministro da Justiça havia declarado previamente que os protocolos de segurança “falharam”, resultando em uma “imagem terrível” para o país.

Cronologia do Assalto: Sete Minutos de Audácia

O roubo ocorrido no domingo, 19 de novembro, foi um ato de audácia surpreendente, executado entre as 09:30 e as 09:40, hora local (04:30 e 04:40 no horário de Brasília), pouco depois da abertura do museu ao público. Quatro indivíduos, utilizando um elevador mecânico montado em um caminhão-guindaste estacionado em frente ao museu, conseguiram posicionar uma escada mecânica que alcançava a Galerie d’Apollon (Galeria de Apolo), por meio de uma varanda adjacente ao rio Sena. Imagens capturadas no local mostraram a escada conduzindo a uma janela do primeiro andar do Louvre.

Dois dos ladrões utilizaram um cortador de disco alimentado por bateria para quebrar os vidros e invadir o interior do museu. Uma vez dentro, eles ameaçaram os guardas presentes, que prontamente iniciaram a evacuação do prédio, seguindo os protocolos de segurança. Em apenas sete minutos, os criminosos quebraram as vitrines e levaram as joias, que juntas continham milhares de diamantes e diversas outras pedras preciosas. Durante a fuga, eles tentaram incendiar o veículo guindaste no exterior do museu, mas foram impedidos pela ação rápida de um funcionário do Louvre. O Ministério da Cultura confirmou em um comunicado que, quando os alarmes foram ativados, a equipe do museu acionou imediatamente as forças de segurança, focando na proteção dos visitantes.

Entre os tesouros levados neste assalto no Louvre, destaca-se um colar de esmeraldas e diamantes que pertenceu à imperatriz Maria Luisa, presente do marido Napoleão. Outra peça significativa é uma tiara que adornou a imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, embelezada com quase 2.000 diamantes. Completa a lista de itens subtraídos um colar que pertenceu a Maria Amélia, a última rainha da França, contendo oito safiras e 631 diamantes. A proteção do patrimônio cultural global é uma preocupação constante para organizações internacionais, como a UNESCO, que busca garantir a segurança de acervos valiosos contra crimes como este roubo.

O incidente provocou uma onda de lamentações entre as lideranças francesas. O presidente Emmanuel Macron classificou o roubo como um “ataque a um patrimônio que apreciamos porque é nossa história”. Nathalie Goulet, integrante da comissão de Finanças do Senado francês, considerou o episódio “muito doloroso” para a nação, expressando o sentimento de “decepção e raiva” pela facilidade com que o crime foi cometido. Goulet ainda mencionou a suspeita de que o alarme da galeria tivesse apresentado defeito recentemente, aguardando as investigações para confirmar se estava desativado durante o roubo no Louvre. Ela também sugeriu que, caso as joias sejam fragmentadas, elas seriam empregadas em um esquema de lavagem de dinheiro. “Não acredito que estamos lidando com amadores. Trata-se de uma quadrilha organizada e eles não têm qualquer moral. Não apreciam as joias como peças históricas, apenas como uma forma de lavar seu dinheiro sujo”, concluiu.

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Este grave assalto no coração de Paris levanta sérias questões sobre a segurança de museus e a preservação do patrimônio histórico mundial. As autoridades francesas continuam empenhadas na investigação para identificar e capturar os responsáveis por este ousado crime, embora o destino das valiosas joias permaneça incerto. Para ficar por dentro de outros temas que impactam a segurança e a cultura nas grandes metrópoles, confira as últimas notícias sobre Cidades em nosso portal.

Crédito da imagem: AFP via BBC
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