A situação inesperada de ter um carro clonado veio à tona para uma motorista que, por pura coincidência, identificou seu veículo em uma reportagem transmitida pelo programa Bom Dia Rio. Leonara Guimarães estava em casa, preparando-se para as atividades da semana passada, quando as imagens na televisão revelaram uma realidade chocante: um carro idêntico ao seu, com a mesma placa e cor, estava envolvido em uma perseguição policial no município de Mesquita.
O episódio insólito ocorreu enquanto Leonara desfrutava de seu café da manhã. “Estava sentada tomando café da manhã, assistindo o Bom Dia Rio, quando vi a perseguição de um carro parecido com o meu. Aí eu fui ver, a polícia estava perseguindo os bandidos. Quando fui verificar, era o meu carro”, relatou a motorista. A surpresa e incredulidade foram imediatas. Ela prontamente olhou pela janela para confirmar a presença de seu próprio automóvel e, para seu alívio e espanto, ele estava parado na frente de sua casa, fisicamente presente e aparentemente intacto. A revelação trouxe à tona o grave crime da clonagem veicular.
Motorista descobre carro clonado em reportagem do Bom Dia Rio
Após a descoberta em cadeia nacional, Leonara Guimarães agiu imediatamente. A mulher procurou a Polícia Civil e realizou o registro da ocorrência, formalizando a denúncia de que seu automóvel havia sido duplicado de forma criminosa. O veículo original de Leonara passou por perícia para atestar sua autenticidade. Desde então, ela carrega consigo o registro de ocorrência, uma precaução essencial para evitar qualquer contratempo em blitze ou abordagens policiais, já que o clone de seu carro, utilizado em atos ilícitos, já havia sido apreendido pelas forças de segurança. A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) confirmou que as investigações sobre o caso de clonagem veicular estão em andamento.
Casos como o de Leonara ressaltam a urgência em denunciar clonagens às autoridades competentes. Uma vez comprovada a clonagem, é responsabilidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) proceder à troca da placa do veículo original, garantindo a segurança do proprietário e prevenindo futuras associações a crimes. O Detran também oferece orientações preventivas cruciais para quem planeja adquirir um veículo. É possível, por exemplo, consultar o número de identificação do veículo (VIN) no site oficial do órgão, conferindo se os dados no chassi, motor e vidros correspondem ao documento. Além disso, a verificação cuidadosa de sinais de adulteração no chassi é fundamental, podendo-se recorrer à ajuda de um especialista para um exame minucioso.
A clonagem de veículos não se restringe apenas a automóveis. O designer Rodrigo Mello é outro exemplo de vítima, mas de uma moto nova adquirida em uma concessionária em 2022. Meses após a compra, Rodrigo começou a receber uma enxurrada de multas indevidas. “A gente tem diversas provas, com o rastreio do seguro dizendo que eu não estou nos locais que ocorreram as multas”, explicou Rodrigo, destacando a frustração da situação. A gravidade da clonagem foi evidenciada quando o clone da sua motocicleta foi de fato apreendido em 2023, sendo encaminhado para o Pátio Legal.
Apesar da apreensão do primeiro veículo clonado, a saga de Rodrigo não chegou ao fim. Três meses depois da apreensão, novas multas começaram a chegar, comprovando a existência de um segundo clone da sua moto circulando. Em julho de 2023, Rodrigo protocolou um novo pedido de troca de placa no Detran. Infelizmente, a situação permanece sem solução, gerando sérios inconvenientes. Em maio deste ano, a moto de Rodrigo foi apreendida durante uma blitz, mesmo com toda a documentação em dia, acumulando mais de 40 multas indevidas em seu histórico. Para resolver a questão e recuperar seus direitos, incluindo a troca da placa e a renovação da carteira de motorista, ele teve de recorrer à Justiça.
Imagem: g1.globo.com
A dimensão dos transtornos causados pela clonagem é significativa. “Eu tive que, junto da minha esposa, abrir mão da nossa festa de casamento para poder tirar a moto do pátio, pagar um advogado para recorrer das multas, pagar parte das multas, e também pagar o pátio”, desabafou Rodrigo, evidenciando o pesado fardo financeiro e emocional. O caso dele também está sob investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA). Em resposta, o Detran informou que o processo de Rodrigo havia sido arquivado, alegando falta de documentos exigidos, uma versão que Rodrigo contesta veementemente. Para mais informações sobre como evitar fraudes e identificar veículos de procedência duvidosa, é recomendável consultar fontes oficiais como o site do Detran do Rio de Janeiro, que oferece guias e serviços para a população.
Estes casos demonstram a vigilância constante que os proprietários de veículos devem manter e a importância dos procedimentos de segurança oferecidos pelas autoridades para mitigar os riscos de ser vítima de um crime como a clonagem. A conscientização e o acesso à informação são ferramentas cruciais para proteger o patrimônio e evitar dores de cabeça com veículos ilegais.
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A complexidade e o impacto da clonagem de veículos, evidenciados nas histórias de Leonara e Rodrigo, reforçam a importância de estar atento e seguir as recomendações das autoridades para garantir a segurança e legalidade do seu bem. Mantenha-se informado sobre este e outros temas relevantes acompanhando nossas notícias sobre segurança pública e assuntos urbanos.
Crédito da imagem: Reprodução/ TV Globo
