Mensalidades de Medicina: veja os cursos mais caros do país

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As mensalidades de Medicina no Brasil continuam a alcançar patamares elevados, demandando um investimento financeiro considerável dos futuros profissionais. Para o ano de 2026, os valores de alguns dos cursos de graduação em Medicina podem ultrapassar a marca dos R$ 15 mil mensais, evidenciando o alto custo para ingressar nesta área. Um levantamento recente revelou as instituições de ensino que cobram os valores mais expressivos pelo ensino médico no país, posicionando-o como um dos mais dispendiosos no cenário da educação superior brasileira.

No Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, dados compilados pelo g1 mostraram que para cursar Medicina em algumas universidades é necessário desembolsar quantias que superam dez salários mínimos. A pesquisa apontou a Universidade do Grande Rio (Unigranrio), situada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, como a instituição com a mensalidade mais alta, fixada em R$ 15.777,76 para os novos estudantes a partir de 2026. Este cenário destaca a robustez do investimento exigido para a formação médica, posicionando o Brasil como um dos países com um dos mais caros ensinos na área da saúde. Dezenas de instituições foram consultadas para o estudo, porém, algumas ainda não tinham divulgado seus valores atualizados para o próximo ano letivo, enquanto outras preferiram não fornecer os dados solicitados.

Mensalidades de Medicina: veja os cursos mais caros do país

As cifras astronômicas se estendem por diversas universidades brasileiras, com as dez graduações mais onerosas custando mais de R$ 12 mil por mês. A Unigranrio, em sua unidade da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, lidera este ranking de custo para a formação de novos médicos. É um reflexo do mercado educacional e da alta demanda pelo curso que segue entre os mais procurados nos grandes vestibulares como a Fuvest.

Confira a relação das mensalidades para 2026 nas instituições com os valores mais altos identificados no estudo:

  • Universidade do Grande Rio (Unigranrio) – Barra da Tijuca (RJ): R$ 15.777,76
  • Universidade Veiga de Almeida (UVA) – Botafogo (RJ): R$ 14.900,00
  • Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) – Curitiba (PR): R$ 14.718,13
  • Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas (SP): R$ 14.578,00
  • Centro Universitário Ingá (UNINGÁ) – Maringá (PR): R$ 14.087,24
  • Faculdade São Leopoldo Mandic – Araras (SP): R$ 13.878,00
  • Faculdade São Leopoldo Mandic – Limeira (SP): R$ 13.878,00
  • Universidade São Francisco (USF) – Bragança Paulista (SP): R$ 13.762,56
  • Universidade do Grande Rio (Unigranrio) – Duque de Caxias (RJ): R$ 13.122,99
  • Centro Universitário Claretiano (Ceuclar) – Rio Claro (SP): R$ 12.799,00

Competitividade entre instituições públicas e privadas

Apesar das elevadas mensalidades para os cursos de Medicina nas universidades privadas, a concorrência por uma vaga na área persiste, embora com diferenças notáveis entre as redes pública e particular. Segundo o Censo da Educação Superior de 2024, Medicina foi a nona graduação em termos de número de matrículas no país, totalizando 283.594 estudantes. No ano de 2024, o número de novas vagas disponibilizadas nas instituições públicas foi de 13.698, com uma taxa de ocupação de 97%, demonstrando a altíssima demanda por esse tipo de vaga, que possui mensalidades zero. Um total de 695.147 candidatos competiram por essas vagas, resultando em uma média de 51 postulantes para cada oportunidade oferecida.

Em contraste, o setor privado ofertou 41.715 vagas, alcançando 92,3% de ocupação. A competitividade na rede particular, embora ainda presente, é significativamente menor, com aproximadamente 9 candidatos por vaga em 2024. Esses dados sublinham a preferência e a pressão por acesso aos cursos de Medicina oferecidos por instituições públicas, que isentam os alunos da necessidade de pagar as custosas mensalidades.

A expansão dos cursos de Medicina no Brasil

O Brasil tem se destacado como um dos países com o maior número de escolas médicas em âmbito global. Em 2024, um levantamento da Federação Mundial de Educação Médica (WFME), em parceria com a FAIMER, já apontava o Brasil como o segundo país com mais faculdades de Medicina no mundo, somando 389 cursos na época. Esse número cresceu rapidamente, conforme uma pesquisa mais recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), que revelou a existência de 494 escolas médicas em operação no país atualmente. Mais detalhes sobre a educação superior no Brasil podem ser encontrados em portais oficiais como o Ministério da Educação (MEC).

Entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, o Ministério da Educação autorizou a criação de 77 novos cursos de Medicina, um avanço notável que impulsionou o total de vagas anuais de graduação para 50.974. Desse montante, cerca de 80% das vagas são oferecidas por instituições privadas, consolidando a rede particular como majoritária na oferta do ensino médico. Havia a expectativa de um crescimento ainda mais acentuado, visto que em 2023 o MEC havia lançado um edital para autorizar novos cursos de Medicina em universidades privadas, integrado ao Programa Mais Médicos. Contudo, essa iniciativa foi suspensa pela quarta vez e está em fase de revisão por parte do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde, com um prazo de até 120 dias para deliberação a partir da data de suspensão.

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Em suma, o curso de Medicina no Brasil se mantém como uma das graduações mais valorizadas e procuradas, acompanhada de mensalidades exorbitantes nas redes privadas e uma intensa competição nas instituições públicas. A crescente oferta de vagas e escolas médicas no país, majoritariamente na rede particular, tenta suprir a demanda contínua, mesmo com a revisão de programas de expansão. Para ficar por dentro de outros temas importantes sobre economia e mercado, explore outras publicações em nossa editoria de Economia e siga acompanhando as últimas notícias.

Crédito da imagem: Divulgação/PUC-PR