As falhas do ferryboat Cidade de Araioses novamente causaram a interrupção de suas viagens programadas nesta quinta-feira, 15 de fevereiro. Este é o terceiro incidente de manutenção que a embarcação enfrenta em um intervalo de apenas cinco dias, elevando o nível de preocupação e frustração entre os usuários que dependem diariamente do serviço de transporte aquaviário no Maranhão.
A situação gerou um cenário de caos nos terminais, com filas extensas e a necessidade de inúmeros passageiros desistirem de suas travessias e retornarem para casa. O serviço de conexão entre a Ponta da Espera, em São Luís, e o Cujupe, em Alcântara, é vital para o fluxo de pessoas e mercadorias, impactando diretamente a Baixada Maranhense.
Ferryboat Cidade de Araioses: Novas Falhas Interrompem Viagens
Os transtornos provocados pelas interrupções do ferryboat Cidade de Araioses não são recentes. A primeira falha do período em questão ocorreu no dia 3 de outubro do ano anterior, quando a embarcação colidiu com pedras na Ilha do Cajual durante uma das travessias. Pouco depois, no dia 10 de fevereiro, o ferry novamente necessitou de manutenção corretiva após a identificação de uma inconsistência operacional. As viagens agendadas para 10h e 15h naquele dia foram suspensas, sendo o serviço retomado apenas às 15h30. Contudo, a problemática persistiu, culminando com a detecção de uma nova falha crítica na reversora, componente mecânico fundamental para o sistema de propulsão do barco, na tarde da quarta-feira, dia 14 de fevereiro, um dia antes da interrupção mais recente.
No terminal da Ponta da Espera, em São Luís, a rotina foi marcada pela imprevisibilidade. Apesar de uma leve diminuição na fila de espera no período noturno, o fluxo de pessoas durante a tarde era intenso, gerando grande aglomeração. Muitos cidadãos, ao se depararem com a indefinição e o tempo de espera prolongado, optaram por desistir de viajar e regressar aos seus lares. A demanda, entretanto, permanece elevada e inadiável para grande parte dos presentes, composta por uma diversidade de viajantes com urgências distintas. Caminhoneiros, carregados com suprimentos e produtos essenciais para a Baixada Maranhense, aguardavam desesperadamente por uma solução para a travessia. Igualmente afetados, passageiros em veículos de passeio se viam impossibilitados de cumprir compromissos inadiáveis.
A complexidade da situação se intensifica ainda mais pela presença de nove ambulâncias no terminal. Esses veículos são cruciais para a assistência à saúde de dezenas de municípios da Baixada Maranhense, e estavam paradas, impossibilitadas de seguir viagem e realizar transferências ou atendimentos vitais.
Enquanto o ferryboat Cidade de Araioses passa por mais uma rodada de manutenção corretiva, o ferry São Gabriel foi designado para realizar as travessias entre São Luís e o Cujupe. No entanto, sua capacidade operacional tem se mostrado insuficiente para lidar com o volume expressivo de passageiros e veículos acumulados. Esta defasagem resultou no cancelamento de algumas viagens inicialmente programadas para esta quinta-feira (15). A espera por uma vaga nas embarcações se tornou um teste de paciência e resistência para muitos, que viram seus planos adiados ou completamente desfeitos diante da ausência de opções viáveis.
Passageiros no terminal expressaram a expectativa de que uma nova viagem pudesse ser iniciada por volta das 18h30. Contudo, a administração local não forneceu uma confirmação oficial, intensificando a incerteza e a frustração entre os que aguardavam uma definição. A falta de comunicação clara e de garantias para o embarque foi motivo de numerosas reclamações, especialmente por parte dos caminhoneiros, que dependem diretamente da agilidade do transporte para suas atividades econômicas e para o abastecimento regular da região.

Imagem: g1.globo.com
O episódio mais recente do Cidade de Araioses sublinha a recorrência dos problemas enfrentados pela embarcação, impactando de forma alarmante a infraestrutura de transporte local. Em menos de duas semanas, foram três incidentes que resultaram em transtornos significativos e contínuos. Beatriz Fontenele, médica do SAMU, exemplificou a gravidade do cenário ao lamentar a paralisação de sua equipe. Ela aguardava com uma ambulância para embarcar, revelando a dependência crucial do serviço para a transferência de pacientes e insumos médicos essenciais. “Somos a única ambulância que atende 40 municípios da Baixada Maranhense. Não sabemos quando vamos conseguir embarcar, estamos parados aqui e só vamos embora quando for possível”, desabafou a profissional de saúde, ilustrando a dimensão do impacto nas comunidades da Baixada Maranhense, que contam com essa linha vital.
Em nota oficial, a Secretaria de Governo (Segov) do Maranhão detalhou a sequência dos acontecimentos e os esforços para mitigar os transtornos. A manutenção corretiva do dia 10 foi motivada pela identificação de uma inconsistência técnica, o que levou à suspensão temporária de viagens até o restabelecimento completo do serviço no mesmo dia. A pasta informou que a necessidade de manutenção detectada na tarde do dia 14 de fevereiro estava relacionada especificamente a uma falha na reversora, uma peça mecânica vital para o funcionamento eficaz do sistema de propulsão. Para assegurar a completa segurança dos usuários, a Segov garantiu o início de uma manutenção detalhada e abrangente no sistema de propulsão do ferry. A promessa é de que a operação seria retomada tão logo o problema fosse completamente solucionado, reforçando o compromisso com a segurança dos passageiros e o cumprimento rigoroso das normas de navegação.
As interrupções constantes do Ferryboat Cidade de Araioses demandam uma atenção redobrada das autoridades e da concessionária responsável para garantir um transporte confiável e seguro. Este serviço é essencial para atender às necessidades diárias da população e do setor produtivo do Maranhão. É imperativo que medidas preventivas e corretivas eficazes sejam implementadas para prevenir a recorrência de tais falhas, que não apenas causam desconforto e perdas financeiras aos viajantes e comerciantes, mas também podem colocar em risco serviços cruciais, como a saúde, impactando diretamente a vida de milhares de pessoas.
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A persistência das falhas operacionais com o ferryboat Cidade de Araioses destaca a urgência de soluções eficazes para o sistema de travessias aquaviárias maranhense, crucial para a conectividade regional e para o suporte a 40 municípios da Baixada Maranhense. Para informações atualizadas sobre a infraestrutura de transportes e notícias regionais do Maranhão, consulte fontes oficiais e jornalísticas.
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Crédito da imagem: Foto: Reprodução/ TV Mirante
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