A comoção tomou conta de Anguera, na Bahia, com a descoberta de três corpos femininos que podem pertencer a jovens desaparecidas desde 6 de outubro. Em meio à incerteza da identificação oficial, mas com forte suspeita da Polícia Civil, a mãe de uma das meninas desabafou à imprensa, pedindo justiça e expressando sua profunda indignação.
A localização dos restos mortais em uma área de mata fechada marcou uma fase crucial nas investigações sobre o sumiço das três amigas na cidade que dista aproximadamente 45 quilômetros de Feira de Santana.
Mãe de jovem que desapareceu com amigas na Bahia pede justiça
O cenário é de luto e revolta para familiares, especialmente Juliana Araújo, genitora de Letícia Araújo Rodrigues, de 22 anos, uma das possíveis vítimas. Em entrevista emocionada à TV Subaé, Araújo transmitiu a dor de quem enfrenta a probabilidade da perda e a brutalidade de um crime. “A única coisa que eu queria dizer era justiça. O que essas meninas fizeram pra eles fazerem uma tamanha crueldade? Estou indignada. Se você me perguntar qual meu sentimento, é ódio”, afirmou Juliana, evidenciando o sentimento que ecoa entre os entes queridos.
Os corpos foram localizados nesta terça-feira, 14 de novembro, durante uma intensa operação de buscas que se concentrou na localidade rural de Guaribas, uma região de difícil acesso. A área, próxima a uma estrada conhecida como Ribeira do Cavaco, foi indicada à polícia por um dos suspeitos de envolvimento no caso. Este avanço decisivo culmina na segunda etapa da Operação Vale das Sombras, deflagrada na madrugada do mesmo dia, com o propósito de esclarecer os detalhes do sumiço das três garotas.
Embora a identificação formal ainda esteja pendente da perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana, a Polícia Civil nutre fortes suspeitas de que os restos mortais pertençam a Carol Ferreira Rodrigues, de 21 anos, Letícia Araújo Rodrigues, 22, e Rafaela Carvalho Silva, de apenas 15 anos. As jovens não davam notícias desde 6 de outubro, data em que foram vistas pela última vez na zona rural de Anguera.
Juliana Araújo não só exige justiça, mas também revelou à imprensa que, em seu íntimo, já previa um desfecho trágico para sua filha. “Na verdade, eu já esperava, pois já tinha acontecido algumas coisas. Eu esperava que elas conseguissem fugir, mas já sabia do risco”, disse ela. Segundo seu relato, Letícia saiu de casa com o objetivo de buscar roupas com Carol, em uma jornada que se suspeita ter sido uma emboscada fatal. “Com certeza foi uma emboscada, pegaram as três e fizeram a perversidade que fizeram”, lamentou.
As investigações conduzidas pelo delegado José Marcos Rios indicam que uma das principais linhas de apuração associa o crime ao tráfico de drogas. A equipe de investigação, atuando intensamente há sete dias, já contabiliza importantes avanços, embora ainda persista o desafio de desvendar a totalidade do ocorrido. “Já houve avanços importantes, mas ainda precisamos esclarecer a motivação, a dinâmica, os autores e a função de cada um”, informou o delegado, enfatizando a complexidade da elucidação completa do caso que abalou a cidade de Anguera, na Bahia.
Imagem: g1.globo.com
No decorrer da terça-feira, a operação policial resultou na detenção de mais dois homens, um em Anguera e outro em Feira de Santana, nos bairros Tomba e Campo Limpo, respectivamente. Estas novas prisões elevam para cinco o número total de pessoas sob custódia suspeitas de participação no desaparecimento e, agora, na provável morte das três jovens. Entre os detidos, encontram-se quatro homens e uma mulher, cada um sob escrutínio para determinar sua real conexão com o episódio criminoso.
O início das buscas pelas meninas começou no dia 7 de outubro, após o registro de seu desaparecimento. A Polícia Civil relata que elas teriam saído praticamente ao mesmo tempo, alegando que iriam pegar algumas peças de roupa na zona rural do município. Relatos de familiares esclareceram que as roupas eram de Letícia, que havia retornado recentemente à casa da mãe após o término de um relacionamento de cerca de um ano, o que levanta questões sobre os últimos passos da jovem antes de seu desaparecimento.
Dois dias após o desaparecimento, itens que reforçaram as suspeitas sobre o caso foram encontrados: roupas carbonizadas, sandálias femininas e um celular danificado, identificado como pertencente a uma das vítimas. Estes objetos foram descobertos em uma residência na zona rural de Anguera, levando à prisão em flagrante de dois homens e à subsequente investigação do caso como sequestro. A urgência da situação fez com que a mobilização das forças policiais fosse contínua. Para uma visão aprofundada sobre as operações policiais no Brasil e o combate ao crime, consulte o portal de notícias do G1, fonte reconhecida em coberturas nacionais.
Antes da operação desta terça-feira, já havia sido detida uma jovem de 19 anos na segunda-feira, 13 de novembro, por suspeita de participação nos eventos. Curiosamente, essa suspeita chegou a acompanhar as autoridades nas diligências de busca pelos corpos, em um fato que gerou grande perplexidade. As investigações sobre a motivação precisa do crime e o grau de participação de cada um dos cinco suspeitos presos estão em pleno andamento, na tentativa de desvendar todas as camadas deste trágico mistério que chocou a comunidade de Anguera e toda a região baiana.
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Este triste desfecho marca uma etapa dolorosa na busca pelas jovens, reforçando a urgência em desvendar a verdade por trás de suas mortes e punir os responsáveis. Acompanhe nosso portal para todas as atualizações e mais notícias relevantes sobre segurança pública e temas de interesse em sua comunidade, visitando nossa seção de Cidades.
Crédito da imagem: TV Subaé
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