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Brasil: Virada Histórica do Japão Abate Ancelotti em Tóquio

A seleção brasileira sofreu uma virada histórica contra o Japão na última terça-feira (14), em um amistoso disputado na capital japonesa, Tóquio. O renomado treinador italiano Carlo Ancelotti, recém-empossado no comando da equipe canarinha, experimentou seu primeiro revés significativo, um episódio com contornos de vexame, que marcou uma das mais raras derrotas do Brasil após […]

A seleção brasileira sofreu uma virada histórica contra o Japão na última terça-feira (14), em um amistoso disputado na capital japonesa, Tóquio. O renomado treinador italiano Carlo Ancelotti, recém-empossado no comando da equipe canarinha, experimentou seu primeiro revés significativo, um episódio com contornos de vexame, que marcou uma das mais raras derrotas do Brasil após ter construído uma confortável vantagem no placar.

A equipe pentacampeã mundial chegou a abrir 2 a 0 no primeiro tempo do confronto, parecendo controlar as ações. No entanto, uma performance irreconhecível na etapa complementar permitiu que os anfitriões revertessem o resultado, finalizando o jogo com um inesperado 3 a 2 a seu favor. Essa foi a primeira vitória do Japão em 14 duelos históricos contra o Brasil, adicionando um elemento de ineditismo ao doloroso revés de Ancelotti.

Brasil: Virada Histórica do Japão Abate Ancelotti em Tóquio

O episódio de terça-feira não foi apenas uma derrota, mas um acontecimento com registro histórico, sublinhando a raridade de uma situação como essa para a Seleção. Uma investigação baseada nos registros do portal especializado em futebol Ogol.com, conhecido por sua precisão nos dados de partidas, revelou que, em toda sua trajetória, a seleção principal brasileira havia perdido uma partida depois de estabelecer uma vantagem de dois ou mais gols em apenas uma outra ocasião. Um levantamento minucioso revela os precedentes deste cenário quase inédito na história da Canarinho, remontando a oito décadas e meia atrás.

Este único precedente ocorreu em 24 de março de 1940, um domingo à tarde, no lendário Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. A partida fazia parte da primeira das duas confrontações contra o Uruguai pela Copa Rio Branco. Naquele dia, o Brasil, sob o comando de Jayme Barcellos, chegou a ostentar uma liderança de 3 a 1 sobre seus rivais platinos, com gols de Hércules, Pedro Amorim e do capitão Leônidas da Silva, até os 11 minutos do segundo tempo. Contudo, os uruguaios orquestraram uma virada improvável, anotando com Sixto Gonzáles e duas vezes com Severino Varela, garantindo a vitória a um minuto do apito final, num placar de 4 a 3.

À época, os uruguaios eram potências reconhecidas no cenário mundial, com títulos de campeões mundiais em 1930 e bicampeões olímpicos em 1924 e 1928, e a análise jornalística da Folha no dia seguinte à partida de 1940 apontou que a equipe visitante de fato exibiu um melhor desempenho durante a maior parte do jogo. No entanto, este fato não atenuava o desapontamento pela seleção brasileira ter sucumbido após construir uma vantagem tão significativa. A presente situação com o Japão, no entanto, apresenta um cenário diferente.

No futebol atual, é amplamente aceito que o Brasil, pela tradição e pelo talento individual, deveria ser superior ao Japão. Os dados do ranking da FIFA corroboram essa percepção, posicionando a seleção brasileira em sexto lugar globalmente, enquanto o Japão ocupa a 19ª posição. Apesar da diferença, a performance em campo não refletiu a suposta superioridade técnica e tática esperada.

De fato, o Brasil iniciou a partida de forma promissora e convenceu na etapa inicial, garantindo o placar de 2 a 0 em apenas 32 minutos de jogo. Após a contundente vitória por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul em Seul, na sexta-feira anterior (10), a expectativa era de que, mesmo com a escalação alterada para testar novos atletas, Ancelotti veria sua equipe replicar um resultado dilatado e sem grandes contratempos. Mas o desfecho foi outro, e um jogador em particular teve um papel crucial na derrocada da equipe.

O zagueiro Fabrício Bruno, que vinha desfrutando de uma excelente fase no Campeonato Brasileiro pelo Cruzeiro, justificando sua convocação, viveu “dez minutos de inferno” na Seleção. Esse período pode ser considerado o pior de sua carreira profissional, talvez até mesmo superando as partidas amadoras da infância. Aos 6 minutos do segundo tempo, Fabrício Bruno protagonizou uma falha grotesca. Com a bola dominada dentro da área brasileira, e a possibilidade de um recuo seguro para o goleiro Hugo Souza, o defensor perdeu o equilíbrio sozinho e, em um esforço desesperado para desviar a bola para Beraldo, a entregou de forma desastrosa para Minamino, que finalizou com precisão, marcando o primeiro gol nipônico.

Brasil: Virada Histórica do Japão Abate Ancelotti em Tóquio - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

A situação para o zagueiro se agravou dez minutos depois. Aos 16 minutos, após um cruzamento na área, Nakamura chutou em direção ao gol. A bola parecia ir para fora, mas Fabrício Bruno, novamente de forma infeliz, desviou-a para o fundo da rede. Embora haja o elemento de infelicidade, especialistas apontaram que a jogada também configurou uma falha técnica, pois o defensor poderia ter tentado um chute em outra direção para evitar o gol contra.

Sobre a primeira falha de Fabrício Bruno, o narrador Luís Roberto, da TV Globo, comentou: “Acontece, mas não deve acontecer”. Entretanto, alguns discordam da leveza da avaliação, argumentando que a maneira como o erro se deu é singular e inaceitável para um atleta no nível da Seleção Brasileira. Visivelmente abalado após a partida, Fabrício Bruno assumiu a responsabilidade: “O pé de apoio ficou longe, acabei ficando sem força. Erro meu, assumo a responsabilidade”. A sinceridade do zagueiro foi comovente, mas o temor é que suas ações nessa partida possam ter marcado o fim de sua jornada com a camisa amarela.

A questão agora paira sobre a confiança que Carlo Ancelotti depositará no atleta. É arriscado para o treinador manter no elenco da Copa do Mundo um jogador que cometeu um erro tão evidente, que se gravou na memória dos torcedores brasileiros? O risco de um déjà-vu em momentos decisivos é uma preocupação real para qualquer comissão técnica. Apesar da empatia e compaixão que a situação do zagueiro pode despertar, a permanência de um atleta com esse tipo de marca negativa se torna um desafio considerável para a credibilidade e a segurança tática da equipe em um torneio de tamanha envergadura. Resta saber se o Ancelotti terá a confiança para tal atitude.

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Esta virada ressalta a importância de um desempenho consistente e sem falhas individuais, mesmo em amistosos. Para acompanhar outras análises e notícias detalhadas sobre a Seleção Brasileira e o mundo do futebol, continue explorando nossa editoria de Esporte e mantenha-se informado sobre os principais lances e desdobramentos.

Crédito da imagem: Kim Kyung-Hoon – 14.out.25/Reuters

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