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Trump anuncia início da 2ª fase do cessar-fogo em Gaza

Nesta segunda-feira (13), o presidente americano Donald Trump oficializou o início da segunda fase do cessar-fogo em Gaza, um marco crucial no complexo processo de busca por estabilidade na região. A declaração foi feita em Sharm El-Sheikh, Egito, durante a Cúpula Internacional da Paz, evento que reuniu mais de 30 líderes globais e representantes de […]

Nesta segunda-feira (13), o presidente americano Donald Trump oficializou o início da segunda fase do cessar-fogo em Gaza, um marco crucial no complexo processo de busca por estabilidade na região. A declaração foi feita em Sharm El-Sheikh, Egito, durante a Cúpula Internacional da Paz, evento que reuniu mais de 30 líderes globais e representantes de organizações internacionais. A iniciativa prosseguiu sem a presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ou de representantes do Hamas, as principais partes envolvidas no conflito.

A chegada de Trump ao solo egípcio ocorreu pouco antes das 17h, horário local, com o Air Force One pousando na cidade costeira. O chefe de estado americano foi recebido pelo presidente egípcio, Abdul Fatah Al-Sisi, seguindo para um breve encontro antes de se unirem aos demais participantes da cúpula.

O protocolo de recepção contou com um cumprimento caloroso de Donald Trump a cada líder na entrada, com destaque para o encontro com Mahmoud Abbas. O presidente da Autoridade Palestina, que administra parte da Cisjordânia, teve uma breve conversa com o líder americano, especialmente notável após ter sua entrada nos Estados Unidos barrada em setembro, onde discursaria na Assembleia-Geral da ONU. É neste contexto de articulações diplomáticas intensas que o acordo se desenha, consolidando os primeiros passos em direção a uma solução duradoura.

Trump anuncia início da 2ª fase do cessar-fogo em Gaza

Os Detalhes do Acordo de Paz em Gaza

Na sala de conferências da Cúpula, os líderes dos países que desempenharam um papel fundamental na mediação do acordo ocuparam a mesa principal. Além de Donald Trump e do presidente egípcio Al-Sisi, assinaram o documento o emir do Catar, xeique Hamad Al Thani, e o turco Tayyip Erdogan. Conforme afirmado por Trump, o conteúdo exato do cessar-fogo, denominado “Declaração Trump por paz e prosperidade duradouras”, não foi inicialmente divulgado ao público. “É um documento que vai definir muitas regras e regulamentos e muitas outras coisas. É muito abrangente”, ressaltou o presidente americano na ocasião.

Mais tarde, a Casa Branca veio a público e revelou o conteúdo do acordo. O texto sublinha que “A paz duradoura será aquela em que palestinos e israelenses possam prosperar com seus direitos humanos fundamentais protegidos, sua segurança garantida e sua dignidade preservada.” Esta declaração é a base para as etapas futuras do plano de pacificação proposto.

A Proposta Americana em 20 Tópicos

O plano apresentado pelos americanos no final de setembro é dividido em 20 tópicos, distribuídos em diversas fases. A primeira fase foi concluída na própria segunda-feira (13), com a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Agora, com a transição para a segunda etapa já em curso, os principais pontos desse acordo de paz incluem:

  • A exclusão definitiva do Hamas de qualquer futuro governo e a exigência para que o grupo entregue suas armas, um ponto considerado um dos mais desafiadores e incertos por analistas internacionais.
  • A determinação de anistia para membros de grupos designados como terroristas, desde que estes se comprometam com uma coexistência pacífica com o Estado de Israel.
  • O subsequente início de negociações para a formação de um governo de transição de natureza apolítica, composto por representantes palestinos e especialistas internacionais.
  • Este novo governo responderá a um Conselho da Paz, cuja liderança ficará a cargo do presidente Donald Trump, supervisionando a implementação e o cumprimento do plano.
  • À medida que o plano avança, as tropas israelenses iniciarão uma retirada gradual da Faixa de Gaza, acompanhando o estabelecimento da estabilidade na região.
  • Para assegurar a observância de todas as fases do acordo, os Estados Unidos já iniciaram o envio de 200 soldados para Israel, reforçando o compromisso com a segurança e a mediação.
  • Países árabes relevantes deverão se unir na formação de um Centro de Coordenação Civil-Militar, visando organizar e executar as ações necessárias à reconstrução e estabilização de Gaza.
  • A proposta prevê, ainda, o início de discussões para a eventual formação de um Estado Palestino, apesar da notória oposição a este ponto manifestada em diversas ocasiões pelo atual governo israelense.
  • Outro item crucial aborda os investimentos necessários para a reconstrução da região devastada pelo conflito.

Donald Trump reforçou a expectativa de um fluxo substancial de recursos para a recuperação de Gaza. “Vários países de grande riqueza, poder e dignidade se manifestaram hoje e na semana passada para oferecer apoio financeiro”, declarou o presidente, sem fornecer detalhes adicionais. Este apoio financeiro será crucial para os desafios monumentais da reconstrução.

O Imenso Desafio da Reconstrução de Gaza

O cenário pós-guerra na Faixa de Gaza apresenta um desafio sem precedentes para a comunidade internacional. O território, outrora vibrante, foi transformado em uma paisagem de escombros. Segundo estimativas das Nações Unidas, órgão internacional de grande relevância, cerca de 78% das edificações em Gaza foram destruídas ou severamente danificadas ao longo de dois anos de conflito, gerando um volume impressionante de 61 milhões de toneladas de destroços. Para entender a extensão dos danos e o impacto nos direitos humanos, dados da ONU e de outras organizações podem ser encontrados em seus respectivos portais, como o site oficial da Organização das Nações Unidas. O Banco Mundial projeta que a reconstrução do território demandará um investimento de aproximadamente US$ 50 bilhões, uma cifra que demonstra a magnitude da tarefa.

Adicionalmente, o custo humano do conflito foi devastador, com cerca de 3% da população perdendo a vida. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde controlado pelo grupo terrorista, aproximadamente 67 mil pessoas foram vítimas diretas da guerra, marcando uma tragédia humanitária sem precedentes na região.

Repercussões Internacionais e Caminhos Futuros

Ao final da Cúpula da Paz, a comunidade internacional se manifestou sobre os resultados e as perspectivas futuras. O presidente francês Emmanuel Macron descreveu esta segunda-feira (13) como um dia histórico para os reféns e suas famílias, bem como para os israelenses e palestinos, mas alertou para os muitos passos que ainda precisam ser dados. O britânico Keir Starmer reiterou a necessidade de cautela, afirmando que “Não podemos dar nenhum passo em falso agora”, dada a delicadeza do processo.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas expressou profundo alívio pela libertação dos reféns e fez um apelo para que ambos os lados honrem os compromissos assumidos no acordo de cessar-fogo em Gaza. Mesmo ausentes do evento, Rússia e China também se manifestaram. Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, reconheceu o potencial do plano para “pôr fim ao banho de sangue”, mas pontuou que ele se limita à Faixa de Gaza, não abordando a Cisjordânia ou detalhes específicos sobre a criação de um Estado palestino. Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China declarou apoio aos esforços pela paz e defendeu a “solução de dois Estados” como caminho para o conflito.

Ato Contínuo aos Acordos de Abraão

Além da resolução da questão palestina em Gaza, o encerramento da guerra abre portas para a continuidade e aprofundamento dos Acordos de Abraão, um legado do primeiro mandato de Donald Trump. Naquela ocasião, com a mediação do então presidente americano, Israel estabeleceu tratados bilaterais com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão, marcando a primeira leva de normalização de relações diplomáticas entre países árabes e Israel desde a década de 1990. O foco atual da diplomacia seria a normalização das relações com a Arábia Saudita, processo que estava em andamento e foi bruscamente interrompido pelos atentados terroristas de outubro e o subsequente conflito na Faixa de Gaza. Este é mais um desdobramento crítico que o cessar-fogo em Gaza visa restaurar.

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A declaração do presidente Trump sobre o avanço do cessar-fogo em Gaza marca um momento decisivo, delineando um complexo mapa de cooperação internacional, desafios humanitários e oportunidades diplomáticas para o Oriente Médio. Enquanto a região se prepara para a longa jornada de reconstrução e estabelecimento da paz duradoura, continue acompanhando as atualizações e análises aprofundadas em nossa editoria de Política, que aborda os desdobramentos globais e o futuro das relações internacionais.

Crédito da imagem: Jornal Nacional/ Reprodução

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