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Hamas devolve 7 reféns a Israel após 2 anos de cativeiro

Após dois anos de profunda angústia, sete reféns israelenses, sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, foram libertados pela facção Hamas nesta segunda-feira (13). A entrega ocorreu dentro de um complexo acordo de trégua e mediação, e os libertados já se encontram sob os cuidados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, marcando […]

Após dois anos de profunda angústia, sete reféns israelenses, sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, foram libertados pela facção Hamas nesta segunda-feira (13). A entrega ocorreu dentro de um complexo acordo de trégua e mediação, e os libertados já se encontram sob os cuidados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, marcando um passo significativo nas negociações.

Uma fonte do governo de Israel confirmou a identidade dos indivíduos resgatados: Eitan Mor, Gali Berman, Ziv Berman, Matan Angrest, Guy Guilboa-Dalal, Alon Ohel e Omri Meiran. Todos eles estavam em cativeiro desde a data do ataque inicial que deflagrou o conflito mais recente na região.

Hamas devolve 7 reféns a Israel após 2 anos de cativeiro

Além dos reféns vivos, a trégua acordada na semana passada entre o Hamas e Israel prevê a devolução de metade dos 28 corpos daqueles que morreram sob o poder da facção em território palestino. Esses restos mortais também foram entregues nesta segunda-feira. O número total inclui os restos mortais de um soldado israelense que perdeu a vida em 2014, durante uma guerra anterior travada em Gaza, e que esteve desaparecido desde então. A expectativa é que o restante dos corpos seja liberado em fases subsequentes do acordo.

O Protocolo de Entrega e o Reencontro Familiar

A coordenação para a devolução dos reféns coube aos funcionários da Cruz Vermelha, que facilitaram a transição para as tropas de Tel Aviv presentes na Faixa de Gaza. De lá, os indivíduos resgatados estão sendo transportados para a base militar de Re’im, um local aguardado com imensa expectativa pelos seus familiares, que ali esperam pelo tão sonhado reencontro.

O acordo de trégua, que abrange essa complexa troca humanitária, está embasado em um plano abrangente de 20 pontos, inicialmente proposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Tal plano não prevê apenas a libertação de reféns israelenses, mas também estipula que Tel Aviv libere 250 prisioneiros palestinos e 1.700 moradores de Gaza, que foram detidos desde o começo das hostilidades. Para entender mais sobre a atuação diplomática em crises internacionais, consulte fontes como o site da ONU.

Repercussão em Israel e Cúpula de Paz no Egito

Os últimos dias foram marcados por celebrações em Israel, seguindo o anúncio do acordo. No último sábado, dezenas de milhares de cidadãos israelenses se reuniram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Muitos vestiam camisetas estampadas com as imagens dos sequestrados, observando um telão que contabilizava 735 dias desde os atentados perpetrados pelo Hamas.

“Sinto uma emoção imensa, não tenho palavras para descrevê-la para mim, para nós, para todo Israel, que quer que os reféns voltem para casa e espera ver todos regressarem”, declarou à agência de notícias AFP Einav Zangauker, mãe de Matan Zangauker, um dos reféns que, na ocasião da manifestação, ainda permanecia em cativeiro, com 25 anos.

O evento contou com a presença de figuras diplomáticas relevantes, como o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, o genro de Trump, Jared Kushner, e a filha do então presidente, Ivanka Trump. Apesar dos aplausos recebidos por eles, a menção do nome do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, era frequentemente recebida com vaias pela multidão, refletindo a tensão política interna.

Udi Goren, primo de um refém morto em 7 de outubro e levado para Gaza, expressou seu questionamento sobre o papel dos EUA. Em entrevista à BBC Radio 4, ele afirmou ter conversado com Witkoff e percebido o entendimento do enviado sobre a importância do resgate, mas ainda se perguntava sobre a ação de Washington para que o retorno acontecesse. “Por que ontem à noite havia três pessoas […] de alto escalão no governo Trump falando no palco da Praça dos Reféns em vez de alguém do governo israelense?”, questionou ele.

Hamas devolve 7 reféns a Israel após 2 anos de cativeiro - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Donald Trump esteve brevemente em Israel antes de seguir para Sharm el-Sheikh, no Egito, onde presidiria uma cúpula de paz ao lado do líder egípcio, Abdul Fatah Al-Sisi. O evento também reuniu personalidades como o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Apesar da iniciativa, o gabinete de Netanyahu comunicou a ausência de autoridades israelenses, assim como o Hamas. Isso demonstra o complexo cenário para uma solução política duradoura, especialmente para a desmobilização do Hamas.

Detalhes do Processo de Troca

O processo de troca e resgate foi cuidadosamente delineado em três fases, visando garantir a segurança e a integridade de todos os envolvidos:

Fase 1: Troca e Transferência Inicial

A Cruz Vermelha Internacional assume a responsabilidade central nesta etapa. A equipe coordenará a retirada dos reféns em um local secreto previamente combinado com o Hamas. Em seguida, um comboio seguro transportará os sobreviventes para o ponto de encontro com o Exército de Israel, que assumirá a custódia. Posteriormente, os reféns serão levados para a base militar de Re’im, onde a tão esperada reunião com seus familiares ocorrerá.

Fase 2: Triagem Médica e Reunião Familiar

Ao chegarem à base de Re’im, os reféns serão acolhidos para uma avaliação inicial completa. Cada um passará por um exame preliminar de saúde, verificando possíveis necessidades de intervenções médicas imediatas após o período de cativeiro. Após esta etapa crucial, eles finalmente encontrarão suas famílias. De Re’im, a Força Aérea israelense se encarregará da transferência por helicóptero para três hospitais especializados: o Sheba em Tel HaShomer (preparado para receber 10 pacientes), o Ichilov em Tel Aviv (5 pacientes) e o Beilinson em Petah Tikva (5 pacientes), garantindo o cuidado médico necessário e o apoio psicológico contínuo.

Fase 3: Recebimento dos Corpos

Simultaneamente às libertações dos reféns vivos, a Cruz Vermelha preparará veículos adaptados para o transporte dos corpos dos 28 sequestrados mortos. Conforme o acordo, apenas a metade deles será entregue na etapa inicial do processo. Os caixões serão recebidos em Israel com uma cerimônia militar em respeito aos falecidos antes de serem encaminhados ao Instituto de Medicina Legal de Abu Kabir para o processo formal de identificação. A confirmação das identidades é um passo delicado, após o qual a Administração de Reféns e Desaparecidos se encarregará de notificar as famílias, fechando um doloroso ciclo de espera e incertezas.

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A libertação destes reféns é um momento de alívio para muitas famílias, mas ressalta a complexidade e os desafios que permanecem na busca por uma paz duradoura no Oriente Médio. Continue acompanhando nossa editoria de Política para as últimas atualizações sobre os conflitos globais e os esforços diplomáticos.

Crédito da imagem: – Stoyan Nenov/Reuters

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