A madrugada desta segunda-feira (13) foi marcada pela esperada **libertação de reféns do Hamas**, com os últimos cidadãos israelenses vivos que ainda estavam sob o controle do grupo extremista sendo finalmente entregues. Este desenvolvimento crucial é parte integrante de um acordo de cessar-fogo negociado entre Israel e o Hamas, conforme relatado pela Associated Press, que cita fontes do governo israelense.
A crise de sequestros teve seu início em 7 de outubro de 2023, durante ataques terroristas perpetrados pelo Hamas, quando 251 pessoas foram capturadas. Segundo informações de Israel, o Hamas ainda mantinha 48 dessas vítimas na Faixa de Gaza, e 28 delas foram confirmadas como falecidas. Os demais indivíduos sequestrados haviam sido liberados anteriormente, seja através de outros acordos de cessar-fogo, seja por meio de operações de resgate conduzidas pelas forças militares de Israel.
Reféns Hamas Libertados e Retornam a Israel após Acordo
Os reféns que concretizaram a **libertação de reféns do Hamas** nesta segunda-feira foram, primeiramente, entregues à Cruz Vermelha, e posteriormente, transferidos para a custódia das Forças de Defesa de Israel, garantindo sua saída segura da Faixa de Gaza. Está previsto que todos os libertados serão submetidos a exames médicos detalhados em território israelense, a fim de avaliar plenamente seu estado de saúde e prover o apoio necessário.
Em contrapartida à soltura dos reféns, o governo de Israel comprometeu-se a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Deste total, 250 são indivíduos que cumpriam penas de prisão perpétua. As autoridades israelenses informaram que os ônibus transportando esses detentos cruzariam a fronteira em direção a Gaza tão logo a libertação dos reféns fosse concluída. Detalhes adicionais sobre os procedimentos exatos da entrega dos cativos e da soltura dos prisioneiros não haviam sido divulgados até a última atualização desta matéria.
O Acordo de Paz e Seus Fundamentos
O plano de paz que permitiu a **libertação de reféns do Hamas** foi anunciado formalmente em 8 de outubro de 2023, por meio de uma declaração conjunta de Israel e do grupo. O objetivo central deste pacto é a interrupção das hostilidades na Faixa de Gaza. Nos termos estabelecidos, o Hamas assumiu o compromisso de liberar todos os reféns que permanecem vivos e de devolver os restos mortais das vítimas que faleceram em cativeiro.
Este plano de paz, apresentado em setembro pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia, demonstra a intrincada teia de esforços diplomáticos envolvidos. Para uma compreensão aprofundada da cronologia e dos desdobramentos que culminaram neste momento, é possível relembrar os principais momentos da guerra entre Israel e Hamas desde seu início.
Os termos do acordo estabeleciam um prazo para o Hamas finalizar a entrega dos reféns vivos. Inicialmente, o grupo deveria concluir o processo até as 6h da manhã desta segunda-feira, pelo horário de Brasília. Embora o Hamas tenha comunicado que liberaria as 20 vítimas ainda vivas, solicitou tempo adicional para conseguir localizar e repatriar os corpos dos reféns falecidos em cativeiro. Um prazo definitivo para a devolução de todos os corpos ainda não foi estabelecido. Em um esforço cooperativo para superar essa barreira, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa dedicada a auxiliar o Hamas na busca pelos restos mortais na Faixa de Gaza.
Os Termos e Implicações do Acordo de Israel e Hamas
A complexidade do acordo entre Israel e Hamas, que culmina na atual fase de **libertação de reféns do Hamas**, abrange diversas frentes cruciais. Segundo dados israelenses, o grupo extremista mantinha 48 dos 251 indivíduos que foram sequestrados durante os ataques de 2023. As vítimas restantes já haviam sido libertadas em negociações anteriores ou resgatadas pelas operações militares de Israel.
A proposta intermediada pelos Estados Unidos especificava que o Hamas disporia de até 72 horas para a soltura de todos os cativos – tanto os vivos quanto os restos mortais – a partir do início do período de cessar-fogo. Em retribuição, a expectativa era que Israel concedesse a liberdade a aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo aqueles que haviam sido sentenciados à prisão perpétua. As estimativas mais recentes de Israel indicam que, entre os 48 reféns ainda considerados, apenas 20 estariam com vida.
Repercussões nas Operações Militares na Faixa de Gaza
Além da troca de prisioneiros e da **libertação de reféns do Hamas**, o plano de paz estabeleceu diretrizes significativas para as operações na Faixa de Gaza. O fim dos bombardeios no território palestino e o recuo das tropas israelenses figuram como pontos centrais do acordo. O plano divulgado pela Casa Branca, conforme previamente articulado, já indicava uma retirada gradual das forças de Israel da região.

Imagem: g1.globo.com
Imediatamente após a oficialização do cessar-fogo, as forças militares israelenses efetuaram um recuo estratégico para uma linha de demarcação previamente acordada com o Hamas. Com essa movimentação, a área de ocupação de Israel em Gaza foi reduzida de 75% para 53%. O chefe do Estado-Maior de Israel emitiu ordens claras às tropas para que se mantivessem preparadas para qualquer cenário, com foco especial na operação de retorno e segurança dos reféns libertados.
Detalhes Pendentes e as Próximas Fases das Negociações
Apesar do início do cessar-fogo e da concretização da **libertação de reféns do Hamas**, vários detalhes do plano de paz permanecem sem total esclarecimento, indicando que as negociações sobre as futuras etapas são contínuas, conforme apontado pelo ex-presidente Trump. A forma como as próximas fases do acordo se desenvolverão ainda é uma incógnita, gerando incertezas quanto à implementação completa do pacto.
Outra questão crucial que ainda não encontrou resolução é a transição de governo na Faixa de Gaza, um ponto proposto pela Casa Branca. Além disso, não há uma confirmação pública de que o Hamas tenha se comprometido a depor suas armas, e o grupo terrorista tem sinalizado claramente desacordo com essa exigência fundamental para a estabilidade. O Hamas também rejeitou a possibilidade de aceitar qualquer tipo de tutela estrangeira na governança de Gaza, contrariando um dos aspectos previstos no plano norte-americano e adicionando complexidade às futuras negociações.
Para oficializar a assinatura deste crucial acordo que possibilitou a libertação dos reféns, uma cerimônia formal será realizada nesta segunda-feira no Egito. O evento contará com a presença esperada de Donald Trump e outras vinte importantes lideranças internacionais, sublinhando a relevância diplomática e o escopo global do pacto alcançado.
O Obstáculo da Devolução dos Corpos de Reféns Falecidos
Um dos maiores desafios e potenciais entraves para o avanço das próximas etapas do acordo de paz na Faixa de Gaza refere-se à devolução dos corpos dos reféns que morreram em cativeiro. Essa condição foi explicitamente imposta no pacto entre Israel e o Hamas. Relatos da imprensa norte-americana e israelense indicam que o Hamas enfrenta dificuldades significativas para localizar alguns desses corpos, o que se apresenta como um substancial gargalo para a total concretização dos termos acordados.
Para enfrentar essa complexa situação, a Turquia anunciou na quinta-feira a criação de uma força-tarefa internacional, composta por autoridades estrangeiras, que terá a missão específica de auxiliar o Hamas na busca pelos corpos em diversas localidades da Faixa de Gaza. Até a última atualização desta reportagem, o número exato de corpos desaparecidos ainda era desconhecido. Contudo, sabe-se que 28 dos 48 reféns que ainda estavam sob o controle do Hamas faleceram. A imprensa israelense, por sua vez, sugere que até oito corpos permanecem desaparecidos. Oficialmente, o grupo terrorista ainda não emitiu pronunciamentos públicos sobre este tema específico, aumentando a incerteza sobre o progresso e o processo de repatriação.
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A **libertação de reféns do Hamas** representa um desenvolvimento de grande relevância humanitária e política, sinalizando um progresso no intrincado conflito na Faixa de Gaza. Embora muitos pontos ainda precisem ser detalhados e desafios, como a recuperação dos corpos, persistam, o acordo estabelece uma nova dinâmica para a região. Continue acompanhando as atualizações sobre o cenário internacional e outros importantes desdobramentos em nossa editoria de Política para não perder nenhum detalhe e manter-se informado.
Crédito da imagem: Divulgação
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