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Wall Street Futuros em Alta Apesar de Novas Tarifas de Trump

Nesta segunda-feira (13), os futuros de Wall Street operam em alta, indicando uma recuperação após um início de semana volátil para os mercados asiáticos. As bolsas da Ásia-Pacífico enfrentaram instabilidade devido aos mais recentes desdobramentos na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somados às já elevadas avaliações do mercado. Apesar da tensão contínua no […]

Nesta segunda-feira (13), os futuros de Wall Street operam em alta, indicando uma recuperação após um início de semana volátil para os mercados asiáticos. As bolsas da Ásia-Pacífico enfrentaram instabilidade devido aos mais recentes desdobramentos na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somados às já elevadas avaliações do mercado.

Apesar da tensão contínua no cenário geopolítico, especialmente as repercussões das ameaças de novas tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, o sentimento de risco nos mercados pareceu estabilizar-se. Feriados nacionais no Japão e nos Estados Unidos contribuíram para a volatilidade das negociações no pregão inicial, enquanto incertezas políticas adicionais pairavam sobre ativos japoneses e europeus.

Wall Street Futuros em Alta Apesar de Novas Tarifas de Trump

Donald Trump, presidente dos EUA, havia sinalizado anteriormente a possibilidade de impor tarifas de 100% à China a partir de 1º de novembro. No entanto, no último fim de semana, ele adotou uma postura mais amena em suas declarações, sugerindo em uma publicação que a situação se normalizaria e que os Estados Unidos não tinham a intenção de “prejudicar” a China. Em resposta, Pequim, em comunicado no domingo (12), defendeu suas restrições à exportação de elementos de terras raras e equipamentos, classificando-as como uma resposta à agressão dos EUA, mas evitou a imposição de novas tarifas sobre produtos norte-americanos, por ora.

Analistas do mercado acompanham de perto as negociações. Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, manifestou em uma nota suas expectativas de que a resolução final envolva uma extensão da pausa tarifária vigente para além de 10 de novembro, acompanhada de novas, porém limitadas, concessões de ambos os lados. Contudo, Hatzius também alertou que as recentes medidas políticas indicam um leque mais amplo de resultados possíveis, o que pode incluir tanto maiores concessões quanto novas restrições significativas às exportações e tarifas elevadas, ao menos temporariamente. Para entender mais sobre a conjuntura econômica global, vale consultar os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), um importante agente neste debate.

Cenário Político Global e Repercussões nas Bolsas Asiáticas

O panorama político global também apresentava outros focos de atenção. Muitos líderes mundiais, incluindo o presidente Donald Trump, estavam agendados para se reunir no Egito nesta segunda-feira, dia 13, para discussões sobre planos de cessar-fogo para Gaza, um evento com potencial de impacto nas relações internacionais e, consequentemente, nos mercados financeiros.

No Japão, o mercado local enfrentava desafios específicos. A ascensão da nova líder do PLD, Sanae Takaichi, ao posto de primeira-ministra do país gerou incertezas significativas. Essa instabilidade contribuiu para uma forte valorização do iene e uma queda notável de 5% nos futuros do Nikkei na sexta-feira (10). Nesta segunda-feira, o índice Nikkei estava fechado devido ao feriado. Apesar disso, os futuros NKc1 registraram uma alta de 1,3%, cotados a 46.690 pontos, mas ainda permaneciam abaixo do fechamento à vista, que foi de 48.088.

Outros mercados asiáticos também sentiram o impacto. As ações na Coreia do Sul sofreram uma queda de 2,1%, enquanto na Austrália houve um recuo de 0,5%. O índice mais abrangente da MSCI para ações da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, apresentou uma desvalorização de 0,6%, evidenciando a cautela geral dos investidores diante do complexo cenário.

Temporada de Balanços e Movimentações do Federal Reserve

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços corporativos começa nesta semana, trazendo consigo grande expectativa para o desempenho de importantes instituições financeiras. Grandes bancos, como JPMorgan, Goldman Sachs, Wells Fargo e Citigroup, estão entre as primeiras a divulgar seus resultados, que são cruciais para a direção do mercado.

Analistas esperam que as empresas listadas no S&P 500 apresentem um crescimento médio de 8,8% nos lucros do terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, conforme dados da LSEG IBES. Resultados robustos serão essenciais para justificar as elevadas avaliações do mercado atual, que já incorporam um otimismo considerável.

A política monetária também lançava sombras sobre a Europa. No domingo, a presidência francesa anunciou a nova composição do gabinete do primeiro-ministro Sebastien Lecornu, que inclui a recondução de Roland Lescure, um aliado próximo de Emmanuel Macron, ao cargo de ministro das Finanças. O último governo de Lecornu teve uma breve duração de apenas 14 horas, e ele agora enfrenta a árdua tarefa de conseguir a aprovação do orçamento para 2026 em um parlamento profundamente dividido, o que adiciona uma camada de incerteza política à região.

Em relação ao desempenho das bolsas europeias, os futuros do Eurostoxx 50 subiram 0,2%, enquanto os futuros do DAX avançaram 0,4%. Em contraste, os futuros do FTSE mantiveram-se estáveis, refletindo uma resposta mista dos investidores aos acontecimentos recentes e às perspectivas econômicas na zona do euro e Reino Unido.

Comportamento de Moedas, Títulos e Commodities no Cenário Atual

Os mercados cambiais demonstraram certa estabilização após a corrida por ativos considerados seguros observada na sexta-feira. O iene japonês e o franco suíço, tradicionais refúgios em momentos de incerteza, haviam se valorizado fortemente. Contudo, o dólar recuperou parte de seu valor frente ao iene, subindo 0,5%, para 151,98 ienes, após uma queda de 1,2% na sexta-feira em relação à máxima de 153,29. O euro permaneceu estável frente à moeda americana, cotado a US$ 1,1607, e o dólar avançou 0,2% em relação ao franco suíço, atingindo 0,8010. O índice do dólar, que mede sua força contra uma cesta de seis moedas principais, permaneceu estável em 99,015, após uma desvalorização de 0,6% na sexta.

No segmento de títulos, os Treasuries à vista permaneceram fechados devido ao feriado, mas os futuros apresentaram uma queda de 5 pontos, refletindo um sentimento mais calmo no mercado. Anteriormente, os rendimentos haviam atingido mínimas de várias semanas após a ameaça de tarifas de Trump, com investidores elevando suas apostas em novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).

As indicações de mercado apontam para uma chance de aproximadamente 98% de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do Fed ainda este mês, com uma probabilidade semelhante para um novo corte em dezembro. As perspectivas do presidente do Fed, Jerome Powell, serão acompanhadas com atenção quando ele se pronunciar sobre a economia na reunião anual da NABE, agendada para esta terça-feira (14). Além disso, vários outros membros do Fed farão aparições públicas nesta semana, e importantes autoridades monetárias participarão de uma reunião conjunta do FMI e Banco Mundial em Washington, onde discutirão a situação econômica global.

Nos mercados de commodities, o ouro continuou a ser uma das principais escolhas como proteção contra incertezas fiscais e políticas. O metal precioso registrou uma alta de 0,5%, alcançando US$ 4.037 a onça, e chegou a superar o recorde da semana passada ao atingir US$ 4.059. Os preços do petróleo também mostraram recuperação, impulsionados pela esperança de que os EUA e a China cheguem a um compromisso comercial que evite novas tarifas. O barril de Brent avançou 1,0%, sendo negociado a US$ 63,36, enquanto o petróleo dos EUA subiu 1,0%, para US$ 59,45 o barril, refletindo o otimismo cauteloso dos investidores com relação a um desfecho positivo na disputa comercial.

Confira também: crédito imobiliário

Este cenário complexo, marcado pela tensão comercial e política, a expectativa da temporada de balanços e as decisões do Fed, continua a moldar o comportamento dos mercados globais. Fique atento às próximas atualizações e análises para compreender melhor as movimentações econômicas e financeiras. Acompanhe a nossa editoria de Economia para mais insights sobre o panorama nacional e internacional.

Crédito da Imagem: TIMOTHY A. CLARY – 7.out.2025/AFP

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