A **Cúpula de Paz em Gaza** está marcada para ocorrer em Sharm El-Sheikh, no litoral egípcio, sendo co-presidida por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Abdel Fattah Al Sisi, presidente do Egito. Este encontro crucial reunirá líderes de diversas nações com o objetivo de avançar nas discussões sobre um plano de paz duradouro para a região de Gaza.
Confirmado para a próxima segunda-feira (13) pela presidência egípcia, o evento aguarda a participação de chefes de estado e de governo de mais de vinte países. Entre os presentes esperam-se figuras proeminentes como o presidente da França, Emmanuel Macron; o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. A Alemanha, os Emirados Árabes Unidos, a Turquia, o Catar e a Indonésia também enviarão seus representantes, juntamente com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que confirmou sua presença.
Cúpula de Paz em Gaza: Trump e Líderes Globais no Egito
Nesta importante reunião, os líderes mundiais dedicarão suas atenções às próximas etapas e tratativas para a implementação de um plano de paz na Faixa de Gaza. Um dos pontos centrais da agenda será a esperada assinatura do acordo de paz, mediado pelo Egito, que visa pôr fim ao conflito entre Israel e Hamas, uma situação que lamentavelmente completou dois anos na semana passada. O acordo abrange, ainda, a definição das fases subsequentes do cessar-fogo já em vigor na região.
Acordo e Troca de Prisioneiros Definem Próximos Passos
Desde sua entrada em vigor no dia anterior à cúpula, o acordo de cessar-fogo delineou responsabilidades específicas para ambos os lados envolvidos. Prevê-se que o Hamas realize a libertação de 48 reféns israelenses, ainda sob seu controle, até a segunda-feira, data da cúpula. Em contrapartida, Israel deverá liberar 250 prisioneiros palestinos mantidos pelas forças armadas israelenses. Apesar da ausência de confirmação sobre a participação do líder israelense Benjamin Netanyahu, o ex-presidente Donald Trump expressou confiança na manutenção do cessar-fogo, reafirmando o compromisso dos Estados Unidos em auxiliar nas negociações.
Em um movimento logístico planejado para facilitar o intercâmbio de detidos, Israel iniciou o transporte de aproximadamente 250 prisioneiros palestinos para as prisões de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e Ketziot. Segundo um comunicado do serviço penitenciário israelense, esses locais estão estrategicamente situados ao sul de Israel, próximos à fronteira com o Egito, otimizando a logística das trocas. Os presos permanecerão nessas unidades até que a ordem para prosseguir com a operação seja emitida pelos líderes envolvidos no acordo. A expectativa é que a troca se concretize até o prazo estabelecido da segunda-feira, fruto do trabalho árduo de milhares de funcionários, incluindo agentes penitenciários, que atuaram ininterruptamente para implementar a decisão governamental de liberar todos os reféns israelenses.
Paralelamente, o Hamas também iniciou a reunião dos reféns sob sua guarda, conforme informações divulgadas pelos Estados Unidos. A primeira fase do acordo de cessar-fogo estipula a libertação de 250 prisioneiros palestinos por Israel em troca de 48 reféns israelenses, tanto vivos quanto falecidos, mantidos em Gaza. Este grupo de prisioneiros israelenses inclui indivíduos que cumprem penas de prisão perpétua por participação em ataques. Uma fase posterior prevê a libertação de mais 1.700 palestinos pelo Exército de Israel. Este contingente adicional compreende civis, incluindo mulheres e crianças, capturados após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Retorno Populacional e Desafios Humanitários Persistem
Enquanto as tratativas para a troca de prisioneiros e o plano de paz avançam, milhares de palestinos estão retornando às suas casas no norte da Faixa de Gaza. A mudança na ocupação militar israelense, que diminuiu de 75% para 53% do território, permitiu esse deslocamento. No entanto, os civis que retornam relatam a devastação generalizada, com bairros inteiros reduzidos a escombros. Fontes consultadas pela AFP descrevem um clima misto de alívio pela trégua, mas também um medo latente de que o acordo possa não ser plenamente cumprido. Mahmoud Basal, porta-voz da agência de ajuda humanitária que opera sob a égide do Hamas, informou que mais de 500 mil pessoas já haviam retornado à Cidade de Gaza entre sexta-feira e sábado. Contudo, o Exército israelense emitiu um alerta de que algumas áreas no norte da Faixa de Gaza permanecem “extremamente perigosas” para a população civil, recomendando cautela.

Imagem: noticias.uol.com.br
Impasses no Processo de Paz: O Desarmamento do Hamas
Um dos pontos de discórdia mais significativos e que representa um impasse crucial nesta fase inicial do acordo é a questão do desarmamento do Hamas. A organização palestina declarou que o tema está “fora de discussão”. O plano de paz delineado pelos Estados Unidos prevê a anistia para os combatentes que entregarem seus arsenais. Contudo, para o Hamas, esta medida só seria aceitável após a criação de um Estado palestino soberano, com Jerusalém como sua capital. “A proposta de entregar as armas está fora de discussão e não é negociável”, afirmou um membro do Hamas à AFP, sublinhando a firmeza da posição do grupo. A meta declarada do líder israelense Benjamin Netanyahu sempre foi o fim do Hamas. Consequentemente, o tema do desarmamento promete continuar como um problema central a ser discutido em uma potencial segunda fase do acordo, juntamente com questões referentes à complexa reconstrução de Gaza, que igualmente influenciarão as negociações.
Impacto Humanitário: Uma Visão Abrangente do Conflito
Desde a intensificação do conflito, que perdura por dois anos, os números de vítimas são alarmantes. Mais de 67 mil pessoas perderam a vida em Gaza, sendo uma proporção significativa delas mulheres e crianças, e estima-se que mais de 170 mil ficaram feridas. Do lado israelense, 1.600 vidas foram ceifadas. A escala da devastação em Gaza é profunda, com a destruição de 90% das moradias, resultando no deslocamento de quase dois milhões de pessoas. A situação é agravada pelo avanço da fome e pela severa carência de ajuda humanitária, devido aos intensos bloqueios israelenses. Hospitais, escolas e outras infraestruturas públicas essenciais também foram dizimados, deixando a população em uma crise humanitária sem precedentes.
Para mais informações sobre os desafios globais na construção da paz e o papel das organizações internacionais, você pode consultar recursos especializados em processos de construção da paz global. A compreensão das complexidades envolvidas nesses processos é fundamental para analisar a conjuntura atual e as perspectivas para Gaza.
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A cúpula em Sharm El-Sheikh representa um esforço concentrado para forjar um caminho rumo à estabilidade e à paz em uma das regiões mais conflagradas do mundo. O futuro de Gaza e de seus habitantes depende diretamente da efetividade desses diálogos e da concretização dos acordos estabelecidos. Para acompanhar os desdobramentos sobre política internacional e outras notícias, continue explorando nossa editoria.
Crédito da imagem: Anna Moneymaker / Getty Images via AFP
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