Artigos Relacionados

📚 Continue Lendo

Mais artigos do nosso blog

PUBLICIDADE

Paraíba: 59% dos Empregados Ganham Salário Mínimo ou Menos

A força de trabalho da Paraíba enfrenta um cenário desafiador, onde a maioria dos trabalhadores empregados reporta rendimentos equivalentes ou inferiores a um salário mínimo. Conforme dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o Censo de 2022 e divulgados nesta quinta-feira, um total de 59% das pessoas que possuem alguma ocupação […]

A força de trabalho da Paraíba enfrenta um cenário desafiador, onde a maioria dos trabalhadores empregados reporta rendimentos equivalentes ou inferiores a um salário mínimo. Conforme dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o Censo de 2022 e divulgados nesta quinta-feira, um total de 59% das pessoas que possuem alguma ocupação no estado se enquadram nessa faixa salarial, apontando para uma concentração significativa de renda nos estratos mais baixos.

Este percentual evidencia a maior parcela da população ocupada na Paraíba, configurando um grupo predominante no mercado de trabalho local. A pesquisa ainda aponta que 43,5% dos 3,2 milhões de habitantes com 14 anos ou mais de idade no estado estão empregados, indicando que menos da metade da população em idade produtiva possui um vínculo de trabalho formal ou informal.

Paraíba: 59% dos Empregados Ganham Salário Mínimo ou Menos, Revela IBGE

A análise pormenorizada das faixas de rendimento na Paraíba detalha que 530,3 mil indivíduos auferiam um salário mínimo integral. Uma parcela de 308,8 mil trabalhadores recebia entre um e cinco salários mínimos. O panorama geral revelou que uma pequena elite de apenas 5% dos empregados possui rendimentos superiores a cinco salários mínimos mensais. De forma ainda mais restrita, cerca de 11.176 pessoas, que representam meros 0,8% do total, percebiam entre dez e quinze salários mínimos.

Composição do Rendimento: Detalhes por Faixa e Cenário Nacional

Quando comparado ao restante do país, a Paraíba apresenta uma das menores taxas de ocupação. Com seus 43,5% da população trabalhando, o estado registrou o segundo menor índice de força de trabalho entre todas as unidades federativas brasileiras, ficando apenas acima do Piauí, que anotou 43%. Tal cenário posiciona a Paraíba abaixo da média nacional de ocupação, que é de 53,5%, e também inferior à média da Região Nordeste, que marca 45,6%. O próprio Nordeste, inclusive, configura a região com a menor média de ocupação populacional em âmbito nacional. O estudo do IBGE pode ser aprofundado através de suas publicações oficiais, oferecendo uma visão ainda mais granular do contexto socioeconômico brasileiro: dados do IBGE.

Adicionalmente, a Paraíba surge como o sexto estado com o menor rendimento médio da população no Brasil, superando apenas Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará e Alagoas. Enquanto a média de rendimento nacional alcançou R$ 2.851, a população paraibana apresentou uma média significativamente inferior, de R$ 2.062, reforçando as desigualdades socioeconômicas entre as diversas regiões do país.

Desigualdades de Gênero e Raça na Renda Estadual

O levantamento do IBGE também iluminou disparidades significativas no quesito rendimento, observadas sob as óticas de sexo e cor ou raça. Os homens empregados no estado, em média, recebiam cerca de 11,5% a mais que as mulheres. Valores apurados mostram um rendimento médio de R$ 2.153 para homens, contrastando com os R$ 1.931 recebidos, em média, pelas mulheres.

No que tange às diferenças salariais relacionadas à cor ou raça, a pesquisa apontou contrastes ainda mais acentuados. Indivíduos que se identificaram como de cor amarela apresentavam os maiores ganhos, com uma média de R$ 4.213. Em seguida, vinham as pessoas brancas, com rendimentos médios de R$ 2.563. Os dados indicam que pardos recebiam, em média, R$ 1.814; pretos, R$ 1.627; e indígenas, a menor média, de R$ 1.506. Notavelmente, o valor médio para pessoas de cor amarela na Paraíba é o dobro da média geral de rendimento do estado, que se fixa em R$ 2.062, evidenciando uma profunda estratificação de renda com base nesses fatores.

Confira também: crédito imobiliário

As estatísticas apresentadas pelo IBGE sublinham a complexa realidade do mercado de trabalho paraibano, com a maior parte dos empregados recebendo um salário mínimo ou menos e acentuadas disparidades de rendimento. Compreender essas dinâmicas é fundamental para a elaboração de políticas públicas eficazes que visem à promoção da igualdade e ao desenvolvimento socioeconômico sustentável. Continue acompanhando as análises e notícias detalhadas sobre economia e sociedade em nossa editoria de Economia.

Crédito da imagem: Fábio Tito/g1

Links Externos

🔗 Links Úteis

Recursos externos recomendados

Leia mais

PUBLICIDADE

Plataforma de Gestão de Consentimento by Real Cookie Banner