Um levantamento recente revelou que a moto transporte trabalho Ceará se consolida como o principal meio utilizado pelos trabalhadores cearenses para seus deslocamentos diários. Os dados, extraídos do Censo Demográfico 2022 e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sublinham uma particularidade na mobilidade urbana e rural do estado.
Conforme o Censo 2022, impressionantes 30,8% da população do Ceará que se desloca para o emprego utiliza motocicletas. Este percentual supera significativamente outras modalidades amplamente difundidas, como o automóvel particular, escolhido por 18,9% dos trabalhadores, e o ônibus, responsável por 15,8% dos trajetos. Diariamente, aproximadamente 2,5 milhões de indivíduos movimentam-se no estado em direção aos seus locais de ocupação principal, evidenciando a amplitude do fenômeno da mobilidade laboral na região.
Moto é Principal Transporte Para o Trabalho no Ceará, Aponta Censo
Apesar da prevalência das motocicletas, outras formas de deslocamento também compõem o mosaico da mobilidade cearense. A caminhada representa uma parcela considerável, sendo o meio preferencial para 501 mil cearenses, ou 19,6% do total. A bicicleta, por sua vez, atende 211 mil pessoas, ou 8,3%. Métodos menos usuais como trens ou metrôs respondem por apenas 0,4%, enquanto vans, peruas e veículos similares são utilizados por 1,2% dos trabalhadores. Esses números ilustram um panorama diversificado, porém com uma clara preferência pelo transporte sobre duas rodas motorizadas na rotina profissional.
Desigualdades e Tempos de Deslocamento no Ceará
Os dados do IBGE também trouxeram à tona notáveis distinções socioeconômicas e de escolaridade na escolha do transporte. Entre os trabalhadores que concluíram o ensino superior, o automóvel emerge como a opção dominante, com 45,8% optando por este meio. Contudo, em contrapartida, para aqueles com menor nível de instrução formal, as alternativas mais populares são a caminhada (29%) e, mais uma vez, a motocicleta (28,8%), indicando uma correlação direta entre educação, renda e o acesso a diferentes modais de transporte.
No que tange ao tempo gasto nos deslocamentos diários, a maioria dos trabalhadores no Ceará dedica entre 6 e 30 minutos de casa para o emprego. Entretanto, o levantamento aponta uma disparidade marcante entre grupos étnicos. As populações preta e indígena enfrentam trajetos consideravelmente mais longos: 30,4% dos trabalhadores pretos e 29,3% dos indígenas despendem mais de 30 minutos para chegar ao trabalho. Esta análise do IBGE considerou exclusivamente o tempo entre o domicílio e o local do trabalho principal, excluindo quaisquer paradas intermediárias, e baseou-se em informações referentes à semana de 25 a 31 de julho de 2022, abrangendo indivíduos que se deslocam ao menos três vezes por semana.
Padrões de Trabalho e Estudo no Ceará
O Censo 2022 também aprofundou-se em outros padrões de deslocamento e ocupação na população cearense. A maior parte dos trabalhadores (2,9 milhões, equivalente a 89,2%) exerce suas atividades laborais dentro dos limites de seu próprio município de residência. Uma parcela menor, 8,4% (273,3 mil pessoas), realiza o percurso para um município distinto. A pesquisa revelou que 2,3 milhões de cearenses (70% da população ocupada) trabalham fora do ambiente doméstico, enquanto 625,9 mil pessoas (19,2%) atuam em regime de trabalho em casa ou na propriedade onde residem.
Analisando os tempos de trajeto, o estudo indica que a faixa mais comum para o deslocamento diário ao trabalho, entre 6 e 30 minutos, é verificada para 70,5% dos homens e 72,0% das mulheres. Essa pequena variação entre os gêneros sugere uma tendência de tempos de deslocamento similares na média para ambos.

Imagem: g1.globo.com
Adicionalmente, os dados se estenderam ao contexto educacional. Dos 2,3 milhões de cearenses que frequentavam uma instituição de ensino, a grande maioria, 2,2 milhões (93,2%), estudava no município em que residia. No entanto, o deslocamento para estudo em outro município foi uma realidade para 158,6 mil pessoas (6,8%) no estado. É importante ressaltar que a necessidade de se locomover para uma cidade vizinha para fins acadêmicos se intensifica significativamente em níveis mais elevados de ensino, alcançando 31% para cursos de graduação superior e impressionantes 31,6% para pós-graduação, mestrado ou doutorado.
Panorama Nacional: Contraste com o Ceará
O cenário de mobilidade no Ceará apresenta um contraste marcante quando comparado à realidade nacional. Enquanto a motocicleta domina o transporte para o trabalho no estado nordestino, em escala Brasil o automóvel particular detém a primazia. Aproximadamente 21,4 milhões de pessoas em todo o país, representando 31,8% dos deslocamentos para o emprego, utilizam carros.
Quanto aos tempos de deslocamento em nível nacional, a maioria dos brasileiros (67%) completa o trajeto até o trabalho em até meia hora. Outros 14,5 milhões de indivíduos (20%) levam entre 30 minutos e 1 hora. Trajetos mais extensos, de 1 a 2 horas, são a realidade para 7,4 milhões de pessoas (10%), e uma minoria de 1,3 milhão (1%) enfrenta deslocamentos diários superiores a duas horas. Este panorama demonstra que, embora a moto seja crucial para a população cearense, a dinâmica nacional de mobilidade é liderada por veículos de quatro rodas, com tempos de viagem que, na média, são mais curtos para a maioria da força de trabalho.
Os dados do Censo 2022 do IBGE, amplamente divulgados, fornecem uma visão abrangente sobre as características dos deslocamentos da população brasileira, com recortes específicos para cada unidade federativa. É possível acessar mais informações e detalhes sobre estas e outras estatísticas no site oficial da Agência de Notícias do IBGE, explorando os releases e materiais publicados sobre o Censo.
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Em suma, o Censo 2022 oferece um olhar detalhado sobre a mobilidade dos trabalhadores, com a moto emergindo como protagonista no Ceará. Para continuar acompanhando as transformações socioeconômicas e os desafios da mobilidade urbana no Brasil, explore mais conteúdos e análises aprofundadas em nossa seção de economia.
Crédito da imagem: Thiago Gadelha/SVM
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