Artigos Relacionados

📚 Continue Lendo

Mais artigos do nosso blog

PUBLICIDADE

Marco Rubio contata chanceler sobre Tarifaço Brasil EUA

Em um desdobramento diplomático crucial para as relações comerciais entre os dois maiores países do continente americano, o Tarifaço Brasil EUA se tornou pauta de alta relevância. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na quinta-feira, dia 9, que o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, estabeleceu contato oficial com o Ministro das Relações […]

Em um desdobramento diplomático crucial para as relações comerciais entre os dois maiores países do continente americano, o Tarifaço Brasil EUA se tornou pauta de alta relevância. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na quinta-feira, dia 9, que o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, estabeleceu contato oficial com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. O propósito da comunicação é iniciar discussões sobre as tarifas adicionais impostas a diversos produtos brasileiros que são exportados para o mercado estadunidense.

Essa interação surge na esteira de uma conversa por videoconferência realizada na segunda-feira, dia 6, entre o Presidente Lula e o Presidente Donald Trump. Segundo o líder petista, este novo diálogo marca um ponto de virada nas negociações. As expectativas de Lula sobre o engajamento de Trump foram superadas pela cordialidade e objetividade do intercâmbio. Os dois chefes de Estado, inclusive, já haviam se encontrado brevemente nos corredores da Assembleia-Geral das Nações Unidas no mês anterior, onde tiveram uma primeira e rápida interação.

O Presidente Lula expressou sua surpresa com a maneira como a conversa transcorreu, relatando um tom muito mais amigável do que o inicialmente previsto. “Confesso que fiquei surpreso com o resultado da conversa, porque era uma coisa que parecia que não iria acontecer, parecia impossível”, disse Lula, emendando que a interação se deu da forma mais gentil possível entre ambos os líderes. Os presidentes trocaram números de telefone, consolidando um canal direto de comunicação, e sinalizaram que um encontro pessoal pode ocorrer em um futuro próximo para dar seguimento a esses entendimentos diplomáticos.

Marco Rubio contata chanceler sobre Tarifaço Brasil EUA

Ao abordar a relevância da comunicação, o Presidente Lula ressaltou o papel do Brasil e dos Estados Unidos como duas das maiores democracias do Ocidente, enfatizando a importância de transmitir uma mensagem de harmonia ao mundo. “Nós somos dois senhores de 80 anos, presidimos as duas maiores democracias do Ocidente e precisamos passar para o resto do mundo cordialidade e harmonia, e não discórdia e briga”, afirmou Lula em entrevista à Rádio Piatã, da Bahia. Na mesma ocasião, o presidente brasileiro reiterou a necessidade de remover as taxações aplicadas aos produtos brasileiros, argumentando que Trump poderia ter sido mal informado sobre a questão, o que abre um “novo momento” para as discussões. As negociações, agora sob a liderança designada por Trump, buscam resolver as divergências econômicas e comerciais.

Primeiras Conversas Diplomáticas sobre Tarifas

A determinação do presidente Donald Trump foi clara: designar o Secretário de Estado Marco Rubio para prosseguir com as negociações em torno do “tarifaço”. A medida, esperada pela diplomacia brasileira, abre caminhos para um diálogo mais aprofundado. “Talvez comece a ter conversa a partir de agora e vamos ver se a gente consegue se acertar, porque o Brasil não quer briga com os Estados Unidos”, pontuou o presidente Lula, demonstrando a intenção de resolução pacífica dos entraves comerciais. O chefe de Estado brasileiro sublinhou a longa e robusta aliança de 201 anos com os Estados Unidos, qualificando-a como uma relação “muito forte”. Assim, o Brasil busca manter uma parceria “boa, civilizada, democrática e respeitosa”, sem abrir mão dos pilares de sua própria concepção de democracia e soberania nacional. A relevância do diálogo entre Brasil e Estados Unidos é amplamente reconhecida, conforme histórico de relações bilaterais que pode ser consultado em portais oficiais como o Departamento de Estado norte-americano.

Uma nota oficial divulgada pelo Itamaraty na mesma data confirmou o contato entre Marco Rubio e Mauro Vieira. Segundo o comunicado, os dois altos representantes diplomáticos devem se encontrar presencialmente em Washington em breve. O objetivo da reunião será dar continuidade ao tratamento das questões econômico-comerciais prioritárias que envolvem os dois países, seguindo o que foi acordado pelos presidentes. O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, convidou o Ministro Mauro Vieira a integrar a delegação, de modo a assegurar essa reunião presencial e abordar diretamente os tópicos essenciais para a relação bilateral.

Histórico e Motivações do Tarifaço

O “tarifaço” imposto ao Brasil insere-se na nova política comercial da Casa Branca, estabelecida sob a administração do Presidente Donald Trump. Esta política tem como meta principal o aumento de tarifas contra parceiros comerciais globais. A estratégia é reverter a percebida perda de competitividade econômica dos Estados Unidos em relação à China nas últimas décadas. A implementação das barreiras alfandegárias ocorreu em fases e com motivações específicas, marcando um período de tensão nas relações econômicas internacionais.

Em 2 de abril, Trump introduziu inicialmente barreiras alfandegárias contra vários países, ajustando as taxas com base no tamanho do déficit comercial que os Estados Unidos mantinham com cada nação. Naquela ocasião, como os EUA apresentavam um superávit comercial com o Brasil, a taxa aplicada aos produtos brasileiros foi a mais baixa, fixada em 10%. Contudo, o cenário alterou-se significativamente. A partir de 6 de agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% especificamente contra o Brasil.

Marco Rubio contata chanceler sobre Tarifaço Brasil EUA - Imagem do artigo original

Imagem: redetv.uol.com.br

Essa escalada foi apresentada como retaliação a decisões brasileiras que, segundo a perspectiva de Trump, teriam prejudicado as empresas de tecnologia americanas (as chamadas “big techs”) no mercado brasileiro. Adicionalmente, a imposição da tarifa mais alta foi justificada como uma resposta ao julgamento e condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa argumentação ampliou o espectro das causas do “tarifaço”, extrapolando as questões puramente econômico-comerciais para o campo da política doméstica brasileira.

Impacto nos Produtos Brasileiros

A gama de produtos brasileiros afetados por essas tarifas americanas é vasta e engloba importantes setores da economia nacional. Entre os itens diretamente impactados pelo “tarifaço” estão commodities como o café, uma série de frutas cultivadas no Brasil e diversas carnes. A diversidade desses produtos mostra o quão ampla foi a aplicação das medidas e o potencial prejuízo para exportadores e produtores nacionais.

Contudo, algumas categorias de produtos foram inicialmente excluídas ou isentadas das taxações adicionais. Inicialmente, cerca de 700 itens brasileiros, representando aproximadamente 45% do total das exportações do Brasil para os Estados Unidos, ficaram fora dessa nova onda tarifária. Esta lista incluía produtos como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, além de seus motores, peças e componentes. Posteriormente, conforme as negociações preliminares avançavam ou devido a ajustes nas políticas comerciais, outros produtos também foram posteriormente livrados das tarifas adicionais, em um sinal de alguma flexibilização nas restrições comerciais.

Expectativas e Próximos Passos nas Relações

Com o início do diálogo entre Marco Rubio e Mauro Vieira, a diplomacia brasileira deposita expectativas em uma resolução que alivie as tensões comerciais e permita a reavaliação das tarifas. O Brasil mantém uma postura de busca pela harmonização das relações, enfatizando que não deseja confrontos comerciais ou políticos com os Estados Unidos. A nação sul-americana valoriza a antiga parceria bilateral e procura sustentá-la sobre pilares de respeito, civilidade e compromisso democrático, sem abrir mão de sua soberania.

O encontro iminente em Washington entre o Secretário de Estado e o Ministro das Relações Exteriores representa um passo fundamental para detalhar os impasses e buscar pontos de convergência. Adicionalmente, a expectativa de um encontro pessoal entre os Presidentes Lula e Trump sublinha o nível de prioridade que ambos os líderes atribuem à pacificação e ao fortalecimento da relação estratégica entre as duas nações. A evolução desses contatos diplomáticos será acompanhada de perto por analistas e pelo setor exportador brasileiro.

Confira também: crédito imobiliário

Este cenário de negociações entre Brasil e Estados Unidos é vital para o comércio internacional e demonstra a complexidade das dinâmicas globais. Continue acompanhando os desenvolvimentos na nossa editoria de Política para se manter atualizado sobre como esses diálogos impactam o cenário nacional e global.

(Foto: Ricardo Stuckert/ PF)

Links Externos

🔗 Links Úteis

Recursos externos recomendados

Leia mais

PUBLICIDADE

Plataforma de Gestão de Consentimento by Real Cookie Banner