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Prêmio Nobel de Literatura: Relembre Vencedores da Última Década

O anúncio do Prêmio Nobel de Literatura 2025 contemplou o renomado autor húngaro László Krasznahorkai nesta quinta-feira, 9 de outubro, conforme revelado pela prestigiada Academia Sueca em Estocolmo. A notícia não apenas celebra o mais recente laureado, mas também convida a uma profunda retrospectiva dos escritores que marcaram a última década da premiação literária mais […]

O anúncio do Prêmio Nobel de Literatura 2025 contemplou o renomado autor húngaro László Krasznahorkai nesta quinta-feira, 9 de outubro, conforme revelado pela prestigiada Academia Sueca em Estocolmo. A notícia não apenas celebra o mais recente laureado, mas também convida a uma profunda retrospectiva dos escritores que marcaram a última década da premiação literária mais cobiçada do mundo, enriquecendo o cânone da literatura com suas obras profundas e inovadoras e suas contribuições únicas para a cultura global.

A seleção anual pela Academia Sueca reconhece figuras cujas criações literárias demonstram “o ideal mais excelente”. Esta premiação serve como um espelho das preocupações sociais, inovações estéticas e da própria evolução da linguagem escrita ao longo do tempo. Observar a lista dos últimos dez vencedores do Prêmio Nobel de Literatura permite compreender a diversidade de estilos, nacionalidades e temáticas que a crítica especializada considera como sendo o ponto mais alto da expressão humana.

Prêmio Nobel de Literatura: Relembre Vencedores da Última Década

Desde 2015 até o laureado de 2025, uma constelação de talentos recebeu a distinção. O reconhecimento do legado literário é crucial para entender os panoramas artísticos e culturais da nossa época, sendo que cada vencedor traz consigo uma visão particular do mundo e um modo distinto de narrar a condição humana.

2024: Han Kang (Coreia do Sul)

Em 2024, a escritora sul-coreana Han Kang foi aclamada com o Prêmio Nobel de Literatura. A Academia Sueca justificou a premiação de Han Kang “por sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”. Nascida em Gwangju, Coreia do Sul, em 1970, mudou-se para Seul aos nove anos de idade. Vinda de um contexto familiar com fortes raízes literárias – seu pai é um romancista de destaque –, Han Kang integrou a arte e a música em sua abordagem criativa, elementos perceptíveis em sua vasta produção escrita, que se tornaram sua marca registrada.

2023: Jon Fosse (Noruega)

O Prêmio Nobel de Literatura de 2023 foi concedido ao autor norueguês Jon Fosse. Segundo a Academia Sueca, o reconhecimento se deu “por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível”. Jon Fosse, nascido em 1959 em Strandebarm, na costa oeste da Noruega, iniciou sua jornada literária com a publicação de seu primeiro conto, “Han”, em um jornal estudantil em 1981. Dois anos mais tarde, em 1983, estreou com o romance “Raudt, svart” (que significa “Vermelho, preto” e não tem publicação no Brasil). Fosse é conhecido como o “Samuel Beckett norueguês do século XXI” e sua obra é bastante vasta, abrangendo ficção, poesia, ensaios, mais de 40 peças teatrais e diversos títulos infantis. Um de seus trabalhos, “É a Ales”, lançado pela Companhia das Letras em setembro, propõe uma meditação profunda sobre o amor e a perda através das memórias de Signe, uma mulher que aguarda seu marido após ele desaparecer em um barco em um fiorde.

2022: Annie Ernaux (França)

A francesa Annie Ernaux foi a laureada com o Prêmio Nobel de Literatura em 2022. Reconhecida como uma das mais importantes autoras francesas, Ernaux se dedica a romances que retratam a vida cotidiana em seu país. Professora universitária de Literatura, Annie é autora de quase vinte obras, nas quais investiga temas como o peso da dominação das classes sociais e a complexidade da paixão amorosa, tópicos recorrentes em sua trajetória. Sua produção, de caráter essencialmente autobiográfico, traça uma “radiografia da intimidade” de uma mulher que experimenta e narra as transformações da sociedade francesa do pós-guerra. Entre seus livros mais conhecidos está “O Acontecimento”, de 2000, onde detalha um aborto clandestino que realizou nos anos 1960. A Academia destacou sua “narrativa clinicamente contida” sobre o aborto ilegal de uma narradora de 23 anos como uma das grandes obras-primas entre seus trabalhos. A estreia da autora ocorreu em 1974, com o romance “Les Armoires Vides”, não lançado no Brasil. Sua projeção internacional, entretanto, só se concretizou após a publicação de “Os Anos”, em 2008, livro que lhe rendeu o Prêmio Renaudot e que foi descrito pela Academia como “seu projeto mais ambicioso, que lhe deu uma reputação internacional e uma série de seguidores e discípulos.”

2021: Abdulrazak Gurnah (Tanzânia)

Em 2021, o romancista tanzaniano Abdulrazak Gurnah recebeu o Prêmio Nobel de Literatura “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre culturas e continentes”, conforme o comunicado da Academia Sueca. Nascido em Zanzibar em 1948, Gurnah migrou para a Inglaterra na década de 1960 como refugiado. Começou a escrever aos 21 anos e, ao longo de sua carreira, publicou dez livros e diversos contos, com a temática dos refugiados como pilar central de sua obra. Um dos seus trabalhos mais conhecidos é “Paradise”, de 1984, ambientado no leste da África durante a Primeira Guerra Mundial, que foi finalista do prestigiado Booker Prize de ficção.

2020: Louise Glück (Estados Unidos)

A poetisa americana Louise Glück foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura em 2020. Considerada uma das vozes poéticas contemporâneas mais importantes dos Estados Unidos, Glück é celebrada por sua precisão técnica, sua sensibilidade e por abordar temas como solidão, complexidades das relações familiares, divórcio e morte. Suas obras iniciais frequentemente exploram o fracasso em casos amorosos, encontros familiares turbulentos e o desespero existencial. Em seus trabalhos posteriores, a autora continuou a investigar as nuances da decepção, rejeição, perda e isolamento, mantendo uma coerência temática que a tornou única no cenário literário mundial.

2019: Peter Handke (Áustria)

O romancista e ensaísta Peter Handke, coautor do roteiro do aclamado filme “Asas do Desejo” (1987), foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2019. A Academia Sueca justificou a escolha “por um trabalho influente que, com engenhosidade linguística, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”. O romance de estreia de Handke, “Die Hornissen” (“As Vespas”, em tradução livre), publicado em 1966, e a peça ‘”Ofendendo o Público”, de 1969, são frequentemente citados como obras que solidificaram a marca do escritor no cenário literário, sendo reconhecidas por suas experimentações radicais e abordagem desafiadora. A profundidade da análise do Prêmio Nobel de Literatura pode ser compreendida acessando informações detalhadas no site oficial do Nobel Prize, que descreve os motivos e históricos de todas as premiações.

2018: Olga Tokarczuk (Polônia)

A estreia de Olga Tokarczuk na ficção se deu em 1993, com “Podróz ludzi Księgi” (“A jornada do povo do livro”, em tradução livre). Contudo, foi seu terceiro romance, “Prawiek i inne czasy” (“Primitivo e outros tempos”), de 1996, que, segundo a Academia Sueca, marcou a verdadeira inovação da autora polonesa. Este volume é classificado como “um excelente exemplo de nova literatura polonesa após 1989”, sendo um ponto de virada significativo na produção literária contemporânea do país.

2017: Kazuo Ishiguro (Reino Unido)

Em 2017, Kazuo Ishiguro foi reconhecido como um dos mais importantes autores vivos de língua inglesa. Sua vasta obra inclui oito livros – sete romances e um volume de contos – que demonstram uma notável versatilidade. Entre seus títulos mais célebres estão “Os Vestígios do Dia” (1989), agraciado com o Man Booker Prize, e “Não Me Abandone Jamais” (2005), ambos adaptados para o cinema. Ishiguro transita com maestria entre registros de memória, ficção científica e fantasia, explorando a fundo a complexidade da condição humana.

2016: Bob Dylan (Estados Unidos)

O ano de 2016 trouxe uma escolha incomum, mas amplamente discutida: o cantor e compositor americano Bob Dylan, de 75 anos. Considerado um dos maiores nomes da música do século XX, Dylan há muito era cotado para a distinção. Sua obra, aclamada pelo lirismo de suas letras, possui forte cunho poético, e ele também é autor de diversos livros. A premiação do Prêmio Nobel de Literatura a um músico gerou debates e reforçou a abrangência do que se pode considerar literatura de alta qualidade.

2015: Svetlana Alexievich (Belarus)

A escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2015. O comitê da premiação a escolheu por sua “obra polifônica, um monumento do sofrimento e da coragem em nosso tempo”. Reconhecida como uma cronista implacável da União Soviética, Alexievich é uma das raras autoras de não ficção a ser agraciada com o Nobel, solidificando seu trabalho como um testemunho vital da história e das experiências humanas.

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Esta análise retrospectiva dos últimos laureados pelo Prêmio Nobel de Literatura evidencia a riqueza e a amplitude do universo literário, reafirmando o compromisso da Academia Sueca em reconhecer autores que não apenas contam histórias, mas moldam o pensamento e a cultura global. Continuar explorando estas e outras grandes obras é essencial para quem busca perspectivas sobre os grandes desafios do nosso tempo. Para mais conteúdos analíticos e notícias sobre cultura, acompanhe a nossa editoria de Análises e mantenha-se informado sobre os acontecimentos mais relevantes do mundo.

Crédito: Instagral Nobel

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