O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reafirmou **nesta quarta-feira (8) a manutenção da prisão de Alan Diego dos Santos Rodrigues**, um dos indivíduos sentenciados por orquestrar um ataque a bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022. A decisão acolhe parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e reverte, temporariamente, a concessão de progressão de regime anteriormente concedida ao condenado. Alan dos Santos havia sido detido, liberado sob regime semiaberto, mas foi novamente preso em julho de 2023, em cumprimento a um mandado expedido por Moraes, diante do descumprimento de medidas cautelares e risco de reincidência.
A defesa de Alan dos Santos, em busca da revogação da prisão preventiva, havia protocolado um requerimento no final de setembro. No entanto, o magistrado do STF, com base em argumentos apresentados pela PGR em 7 de novembro, optou por sustentar a medida restritiva.
Moraes mantém prisão de condenado por atentado em Brasília
A postura do Ministério Público, acolhida por Moraes, ressaltou que a ameaça de reiteração criminosa e a extrema gravidade dos fatos praticados representam justificativas sólidas para preservar a custódia. Adicionalmente, a PGR refutou a alegação de ilegalidade pela permanência em prisão preventiva por mais de 90 dias sem nova deliberação judicial, afirmando que tal prazo não conduz automaticamente à revogação. Este entendimento reforça a natureza preventiva da detenção, especialmente em casos de risco à ordem pública ou de fuga.
A Trajetória Judicial e a Recorrência da Prisão
A trajetória judicial de Alan Diego dos Santos Rodrigues, um dos três réus sentenciados pelo planeamento do ataque na capital federal, tem sido marcada por decisões oscilantes. Sua prisão inicial decorreu da participação na tentativa de atentado a bomba. Em 2023, Rodrigues foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão. Pouco tempo depois, em 2024, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) concedeu a ele a progressão para o regime aberto, permitindo que cumprisse a pena em prisão domiciliar e, posteriormente, fosse transferido para Comodoro, em Mato Grosso. No entanto, o regime aberto foi de curta duração. Em 27 de julho de 2023, Alan foi novamente detido. A medida foi uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, que constatou o descumprimento de obrigações como o uso de tornozeleira eletrônica e o comparecimento regular à Justiça, além de vislumbrar risco de fuga ou novas práticas delituosas, conforme havia sido solicitado pela PGR.
Os Envolvidos no Plano Criminoso
A investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, que culminou na denúncia e prisão dos envolvidos, elucidou o papel de cada um no planejamento do atentado. Além de Alan Diego dos Santos Rodrigues, que confessou à Polícia Civil em 19 de janeiro de 2023 ter recebido o artefato explosivo no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, outras duas figuras-chave foram identificadas e também alvo de mandados de prisão:
* **Wellington Macedo de Souza:** Registros de câmeras de segurança de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi montada detalham o momento em que o veículo de Wellington se aproximou lentamente. As imagens o colocam na cena junto a Alan Diego, o responsável direto por posicionar a bomba no caminhão.
* **George Washington de Oliveira:** Originário do Pará, George Washington deslocou-se para Brasília com o propósito de integrar as manifestações de apoio ao ex-presidente. Preso em 24 de dezembro, no dia da tentativa de explosão próximo ao aeroporto, ele foi identificado pela polícia como o principal responsável pela montagem do dispositivo explosivo.
O Atentado Frustrado no Aeroporto de Brasília
A tentativa de explosão que visava o Aeroporto de Brasília ocorreu em dezembro de 2022 e representou um grave risco à segurança pública e à estabilidade democrática do país. Inicialmente, os conspiradores tinham a intenção de posicionar o artefato próximo a um poste, visando comprometer a distribuição de energia elétrica na capital federal. Contudo, em uma alteração de última hora, decidiram instalar o explosivo em um caminhão carregado com querosene de aviação, que estava nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek. Por sorte, o motorista do veículo notou a presença de um “objeto estranho” e acionou a Polícia Militar. A ação rápida das forças de segurança possibilitou a detonação segura do artefato e evitou que as operações do aeroporto fossem afetadas, contendo um cenário de desastre. A Polícia Civil do DF conduziu a minuciosa investigação que desvendou a trama. Para mais informações sobre como prisões preventivas são aplicadas no sistema judiciário brasileiro, você pode consultar fontes como o Conselho Nacional de Justiça.
Os crimes imputados aos acusados ao STF, em uma denúncia apresentada pela PGR, incluem: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo. Estes atos, de extrema gravidade, justificam a firmeza das medidas judiciais tomadas.
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A manutenção da prisão de Alan Diego dos Santos Rodrigues sublinha a seriedade com que as instituições jurídicas brasileiras tratam atos que ameaçam a ordem democrática e a segurança nacional. Este episódio reitera o compromisso com a responsabilização de indivíduos que atentam contra o Estado Democrático de Direito. Para acompanhar mais notícias sobre política e justiça, continue navegando pela editoria de Política de nosso site.
Crédito da Imagem: TV Globo/Reprodução

Imagem: g1.globo.com
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