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Romeu Zema: Direita precisa brigar contra Lula e PT

Nesta segunda-feira, 6 de novembro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, membro do partido Novo, afirmou de forma incisiva que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT) constituem os adversários centrais com os quais o espectro político da direita deve concentrar suas disputas. A declaração do governador veio […]

Nesta segunda-feira, 6 de novembro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, membro do partido Novo, afirmou de forma incisiva que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT) constituem os adversários centrais com os quais o espectro político da direita deve concentrar suas disputas. A declaração do governador veio à tona após um embate público no último fim de semana entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), indicando um alinhamento estratégico de forças no cenário pré-eleitoral de 2026.

O pronunciamento de Zema, figura em potencial para as próximas eleições presidenciais, enfatizou a necessidade de a direita focar suas energias em um adversário comum, evitando desgastes com desavenças internas. “Confesso que acompanhei muito por cima essa polêmica. Tenho concentrado minhas energias em cuidar de Minas. Na política, meus adversários são Lula e o PT. Creio que eles sejam os adversários de toda a direita. É com eles que a direita deve brigar”, disse ele à Folha, sublinhando seu compromisso com a administração estadual e a estratégia política maior.

A menção a polêmicas por cima no cenário político revela uma tentativa de desviar o foco de conflitos dentro da própria direita, reafirmando que o verdadeiro palco de disputa deve ser com a esquerda. Esse posicionamento destaca a complexidade das alianças e das estratégias adotadas pelos diversos líderes conservadores no Brasil. O gesto de Zema busca consolidar uma frente unida para os desafios futuros.

Romeu Zema: Direita precisa brigar contra Lula e PT

A tensão a que Zema se referiu eclodiu no domingo (5), quando Ronaldo Caiado se manifestou em repúdio às declarações de Ciro Nogueira em entrevista concedida ao jornal O Globo. Na ocasião, o presidente do PP excluiu explicitamente o nome de Caiado da lista de potenciais candidatos à presidência da República com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nogueira citou apenas os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, como os nomes mais proeminentes da direita para a sucessão em 2026, ignorando outros nomes de relevo.

A reação de Ronaldo Caiado não tardou. Em um tom firme, o governador goiano descreveu o senador piauiense como “inexpressivo”, assegurando a manutenção de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Além disso, Caiado defendeu a validade de outras pré-candidaturas mencionadas no espectro da direita. “De pronto, Ciro já veta pelo menos três pré-candidaturas: as de Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro e a minha, prestando um enorme desserviço à direita. Não falo por Zema ou Eduardo, mas quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira”, retrucou o governador de Goiás, salientando a importância de não ceder a articulações que pudessem minar a unidade interna da direita.

Em resposta ao posicionamento incisivo de Caiado, Ciro Nogueira utilizou suas redes sociais para contra-argumentar de maneira concisa e irônica. O senador do Piauí escreveu: “Vi a postagem do governador Ronaldo Caiado sobre minha entrevista. Me chamou a atenção a enormidade do tamanho. Deve estar com o tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”, minimizando a briga interna e reforçando, assim como Zema, a ideia de que o foco deveria ser no presidente Lula.

Nos bastidores, diversos aliados de outros governadores do campo conservador adotaram uma postura similar à de Zema e Nogueira, tentando desqualificar o embate entre Caiado e o senador como um episódio isolado e de pouca relevância para a trajetória geral da direita. A avaliação foi de que a querela era pontual e não deveria ser interpretada como um rompimento duradouro ou como um sinal de fragmentação irremediável dentro da base de direita.

Caiado, que já havia pleiteado a Presidência da República em 1989, foi um dos primeiros gestores de direita a manifestar publicamente seu interesse na candidatura para 2026. Segundo interlocutores próximos, a decisão de responder a Ciro Nogueira foi estratégica, impulsionada pelo entendimento de que o senador havia agido de maneira desrespeitosa tanto com ele quanto com os outros potenciais candidatos à Presidência, como o próprio Zema. Embora o governador de Goiás admita que enfrentará resistências dentro de sua federação política, ele se mantém firme em não aceitar ser publicamente descartado por seus aliados.

O contexto partidário mostra que União Brasil, sigla de Caiado, e o PP, de Ciro Nogueira, formalizaram uma federação em agosto. Em um movimento subsequente, anunciaram conjuntamente seu desembarque do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, um sinal de que as disputas, embora internas, se dão dentro de um grupo que já se posiciona em oposição clara ao atual governo. Essa federação busca fortalecer as candidaturas e a atuação política conjunta nas eleições futuras. Para ter mais informações sobre a atuação dos partidos políticos no cenário nacional, o leitor pode consultar notícias da Agência Câmara.

Com as incertezas da federação, Caiado já iniciou conversas com outros partidos, avaliando a possibilidade de uma eventual filiação. Ele mantém diálogo aberto com legendas como o Solidariedade e o PRD, que também formaram uma federação visando o próximo ciclo eleitoral, buscando alternativas caso as decisões internas de sua aliança atual não o favoreçam. Enquanto isso, Ciro Nogueira é um dos grandes entusiastas de uma potencial candidatura de Tarcísio de Freitas ao Palácio do Planalto.

No entanto, a ofensiva presidencial de Tarcísio de Freitas tem apresentado um ritmo mais lento recentemente, principalmente devido à resistência do clã Bolsonaro em definir seu apoio para 2026. Um encontro entre Tarcísio e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada, por exemplo, não resultou em avanços significativos sobre a questão sucessória, com o governador de São Paulo optando por focar na sua reeleição ao governo estadual. Aliados de Tarcísio demonstram preocupação com as perdas políticas do seu grupo, incluindo a rejeição da PEC da Blindagem, o enfraquecimento da proposta de anistia e a massiva adesão popular a protestos da esquerda contra essas agendas, elementos que tornam sua consolidação como adversário de Lula em 2026 mais distante.

Paralelamente, quadros importantes da direita e do centro expressaram inquietação com os movimentos de pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que ainda insistem em convencê-lo a pleitear uma candidatura ao Planalto, apesar de sua inelegibilidade e condenação de 27 anos e três meses de prisão. Havia uma expectativa de que, com a proximidade do fim do ano, Bolsonaro sinalizasse de forma mais segura a “passagem do bastão”. Contudo, essa indicação não se concretizou, e a família Bolsonaro continua mantendo o discurso de uma possível candidatura do ex-presidente, mantendo a indefinição na ala direita.

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O cenário político brasileiro permanece efervescente, com os principais nomes da direita tentando definir estratégias para 2026 enquanto lidam com conflitos internos e desafios externos. A posição de Romeu Zema destaca a tentativa de unificar o discurso e a ação contra as forças de esquerda, indicando que a verdadeira disputa se dará entre estes polos ideológicos. Para acompanhar as últimas novidades sobre política e as eleições de 2026, continue navegando em nossa categoria de Política, onde você encontrará análises e reportagens aprofundadas sobre o panorama nacional.

Crédito da imagem: Eduardo Knapp-27.ago.2025/Folhapress

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