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Venezuela alerta EUA: plano de explosivos na embaixada

A tensão diplomática entre Venezuela e Estados Unidos atingiu um novo patamar nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, com o anúncio de um suposto plano de explosivos na embaixada dos EUA em Caracas. O governo venezuelano alegou ter desmantelado uma ação de extremistas que visavam a representação diplomática norte-americana em meio a uma escalada […]

A tensão diplomática entre Venezuela e Estados Unidos atingiu um novo patamar nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, com o anúncio de um suposto plano de explosivos na embaixada dos EUA em Caracas. O governo venezuelano alegou ter desmantelado uma ação de extremistas que visavam a representação diplomática norte-americana em meio a uma escalada militar na região do Caribe por parte de Washington.

Segundo comunicado emitido por Jorge Rodríguez, chefe da delegação venezuelana para o diálogo com os Estados Unidos, o incidente envolveria uma “operação de falsa bandeira” articulada por “setores extremistas da direita local”, com a intenção de posicionar artefatos explosivos letais no interior da embaixada. Esta grave denúncia acentua as hostilidades entre as duas nações, cujas relações diplomáticas foram rompidas oficialmente em 2019.

Venezuela alerta EUA: plano de explosivos na embaixada

Ainda que o relacionamento formal esteja cortado, e a embaixada opere com um quadro de funcionários reduzido, Jorge Rodríguez assegurou que o governo venezuelano “respeita e protege” a sede diplomática, informando o reforço das medidas de segurança no local após a descoberta do suposto complô. O alerta surge em um período de considerável instabilidade regional, agravada pela intensa mobilização militar estadunidense no Caribe, que tem sido foco de críticas de Caracas.

Paralelamente à denúncia venezuelana, o cenário de confronto foi reforçado por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo, 5 de outubro de 2025. Trump afirmou que as forças americanas haviam, na noite anterior, atacado outra embarcação suspeita de transportar drogas ilegais nas águas costeiras venezuelanas. O líder americano anunciou também que sua administração expandiria as operações para mirar o tráfico terrestre, sinalizando uma ampliação da controversa campanha antidrogas na região.

As declarações de Trump foram proferidas durante um pronunciamento na Estação Naval de Norfolk, ao lado do porta-aviões Harry S. Truman. Não foi, contudo, esclarecido se o ataque mencionado por ele no domingo se referia a uma ação divulgada na sexta-feira anterior pelo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, o que adicionou um elemento de incerteza aos relatórios oficiais.

O ataque notificado na sexta-feira resultou na morte de quatro indivíduos e marcou a quarta ofensiva de tal natureza em apenas um mês. Tais ações são parte integrante de uma estratégia audaciosa, embora bastante criticada, concebida por Trump para confrontar cartéis de drogas atuantes na região do Caribe e adjacências. A comunidade internacional e diversas organizações defensoras dos direitos humanos têm manifestado sérias preocupações quanto à natureza e às implicações desses ataques. Para mais informações sobre a postura dos Estados Unidos em relação a países como a Venezuela e o combate ao narcotráfico, você pode consultar as políticas e comunicados no Departamento de Estado dos EUA.

Dados divulgados pela Casa Branca indicam que o total de fatalidades nos quatro ataques registrados até o momento já soma ao menos 21 pessoas, sublinhando a letalidade dessas operações.

Em 2 de outubro de 2025, o presidente Trump havia comunicado ao Congresso que considerava os EUA em “conflito armado não internacional” contra os cartéis, uma classificação que, do ponto de vista legal, é amplamente questionada. Especialistas em direito internacional sugerem que tal definição poderia ser um meio de fortalecer os poderes executivos de Trump, frequentemente reservados para cenários de guerra, gerando preocupações sobre a separação de poderes.

Historicamente, as operações de combate ao narcotráfico em ambientes marítimos eram atribuições da Guarda Costeira, uma força com caráter policial. No entanto, a recente abordagem adotada pelos EUA transfere tais ações para as Forças Armadas, delineando uma mudança significativa na estratégia. Washington acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma extensa rede de tráfico de drogas, o conhecido “Cartel de los Soles”, cuja existência e escopo são contestados por diversos analistas especializados no tema.

Em uma demonstração da gravidade das acusações, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 50 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 273 milhões de reais na cotação atual, pela captura de Nicolás Maduro, reiterando o empenho em desmantelar a suposta rede de narcotráfico.

O governo Trump fundamenta suas ações em águas internacionais com base na legislação aprovada após os ataques de 11 de setembro de 2001, que em sua interpretação, concede a prerrogativa para tais intervenções militares. É válido ressaltar que ações letais conduzidas fora do território americano têm sido empregadas rotineiramente por administrações tanto republicanas quanto democratas nas últimas décadas, e por outros países em diversos contextos, como no combate à pirataria na região do Golfo de Áden.

Curiosamente, em setembro de 2025, meses antes dos ataques mais recentes e da descoberta do plano na embaixada, o próprio Maduro chegou a oferecer assistência a Washington para prender líderes do cartel de drogas conhecido como Tren de Aragua. Este gesto foi interpretado como parte de uma tentativa maior de Caracas de reabrir os canais de diálogo e restabelecer conversas com a administração Trump.

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A Venezuela e os Estados Unidos seguem em um ciclo de denúncias e escaladas, com o recente plano de explosivos na embaixada dos EUA apenas adicionando mais complexidade a um cenário já volátil. Para se manter informado sobre as últimas movimentações e análises da situação política entre estas e outras nações, continue acompanhando a editoria de Política.

Crédito da imagem: Juan Barreto – 5.set.25/AFP

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