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Nobel de Medicina 2025 premia pioneiros da imunologia

O Nobel de Medicina 2025 reconheceu três notáveis pesquisadores por suas investigações sobre a tolerância imunológica periférica, um mecanismo fundamental que impede o sistema de defesa do corpo de agredir seus próprios tecidos e órgãos. Os nomes dos laureados – Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi – foram anunciados na manhã desta segunda-feira, […]

O Nobel de Medicina 2025 reconheceu três notáveis pesquisadores por suas investigações sobre a tolerância imunológica periférica, um mecanismo fundamental que impede o sistema de defesa do corpo de agredir seus próprios tecidos e órgãos. Os nomes dos laureados – Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi – foram anunciados na manhã desta segunda-feira, dia 6, em um evento de grande expectativa na comunidade científica internacional, realizado em São Carlos (SP).

A pesquisa conjunta e as contribuições individuais dos cientistas premiados são consideradas divisores de águas para a compreensão das doenças autoimunes, abrindo novas fronteiras para o desenvolvimento de tratamentos e intervenções médicas mais eficazes. A habilidade do corpo em diferenciar o que é “próprio” do que é “invasor” é uma base crucial para a manutenção da saúde, e suas descobertas aprofundaram dramaticamente esse entendimento.

Nobel de Medicina 2025 premia pioneiros da imunologia

A conquista desses renomados pesquisadores simboliza a contínua busca da ciência por avanços que beneficiem a humanidade, particularmente em um campo tão complexo e vital quanto a imunologia. O trabalho deles elucida os mecanismos pelos quais o sistema imune é treinado para não atacar suas próprias células, um desarranjo que causa inúmeras condições debilitantes em todo o mundo. A inovação está justamente em mapear como essa “tolerância” se manifesta na periferia do corpo.

As Descobertas Cruciais em Tolerância Imunológica

Os pesquisadores Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi foram homenageados com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela exploração profunda dos mecanismos da tolerância imunológica periférica. Essa forma de tolerância é essencial para garantir que o sistema de defesa do organismo não cometa “erros”, direcionando sua capacidade de combate a componentes saudáveis do próprio corpo. As implicações de suas descobertas são vastas, impactando o tratamento de condições como doenças autoimunes e a aceitação de órgãos transplantados.

As pesquisas realizadas por este trio esclarecem como as células imunológicas são reguladas fora do timo, o órgão central onde ocorre grande parte do treinamento das células T. Essa regulação periférica é uma camada de segurança vital, evitando que linfócitos auto-reativos causem danos. O reconhecimento dessas vias é um passo monumental para desvendar as complexidades da resposta imune e oferecer novas perspectivas para modular sua atividade de forma precisa e controlada.

Detalhes da Cerimônia e Valores do Prêmio

A tradicional cerimônia de entrega das láureas está marcada para o dia 10 de dezembro, em Estocolmo, na Suécia. Esta data tem significado especial, pois marca o aniversário da morte de Alfred Nobel (1833-1896), o químico sueco que idealizou o prêmio. Além do prestígio acadêmico, cada um dos cientistas agraciados receberá uma significativa recompensa que inclui um diploma, confeccionado por um artista sueco ou norueguês, uma medalha de ouro e um montante financeiro expressivo. O valor em dinheiro totaliza 11 milhões de coroas suecas para cada vencedor, o que, na cotação atual, representa aproximadamente R$ 6,3 milhões.

A distinção em Fisiologia ou Medicina faz parte de um conjunto de categorias do Prêmio Nobel, um dos mais conceituados reconhecimentos científicos e culturais do mundo. Os fundos para os prêmios provêm da herança deixada por Alfred Nobel, conforme estabelecido em seu testamento. Para mais informações sobre a história e os critérios dos prêmios, você pode visitar o site oficial do Prêmio Nobel.

Retrospectiva Histórica: O Nobel de Fisiologia ou Medicina

Com a premiação anunciada nesta segunda-feira (6), a láurea de Fisiologia ou Medicina atingiu a marca de 116 edições desde sua criação em 1901. Houve ocasiões raras em que o prêmio não foi concedido, especificamente por nove vezes ao longo da história: de 1915 a 1918, em 1921, 1925 e de 1940 a 1942, geralmente devido a conflitos mundiais ou à ausência de descobertas consideradas de impacto suficiente. Notavelmente, até o momento, nenhum indivíduo recebeu este prêmio mais de uma vez.

Em uma perspectiva recente, em 2024, o Nobel na categoria de Fisiologia ou Medicina foi outorgado aos cientistas americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun. A distinção foi concedida pela seminal descoberta de pequenas moléculas conhecidas como microRNAs e por elucidarem o papel vital dessas estruturas na ativação e desativação de trechos do material genético, influenciando a expressão gênica e a biologia molecular.

Nobel de Medicina 2025 premia pioneiros da imunologia - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

O prêmio de Fisiologia ou Medicina tem um histórico rico de laureados com particularidades marcantes. A pessoa mais jovem a ser agraciada foi o canadense Frederick G. Banting (1891-1941). Ele tinha apenas 31 anos em 1923 quando compartilhou a láurea com o escocês John James Rickard Macleod (1876-1935) pela fundamental descoberta da insulina, que revolucionou o tratamento do diabetes.

No polo oposto da idade, o americano Peyton Rous (1879-1970) se destaca como a pessoa mais velha a receber o prêmio. Em 1966, aos 87 anos, ele foi reconhecido por suas descobertas relacionadas a vírus que induzem o desenvolvimento de tumores. Na mesma categoria, naquela ocasião, o canadense Charles B. Huggins (1901-1997) foi igualmente premiado por suas investigações sobre o tratamento hormonal do câncer de próstata.

A história do Prêmio Nobel também registra momentos de celebração familiar. Em duas distintas ocasiões, a láurea foi entregue a casais que atuaram juntos na pesquisa. A primeira ocorreu em 1947, com os austro-húngaros Gerty Theresa Cori (1896-1957) e Carl Ferdinand Cori (1896-1984), que foram reconhecidos por suas contribuições na compreensão da conversão catalítica do glicogênio. Mais recentemente, em 2014, os noruegueses May-Britt Moser e Edvard I. Moser receberam o prêmio por suas descobertas inovadoras sobre as células que compõem um complexo sistema de posicionamento espacial no cérebro, popularmente conhecido como “GPS interno”.

Outro padrão notável é a sucessão familiar de pai e filho como laureados do Nobel. Hans von Euler-Chelpin (1873-1964) conquistou o Prêmio em Fisiologia ou Medicina em 1929, e décadas depois, seu filho Ulf von Euler (1905-1983) seguiu seus passos, recebendo o mesmo reconhecimento em 1970. Esse feito se repetiu com Sune K. Bergström (1916-2004), laureado em 1982, e seu filho Svante Pääbo, que recebeu o prêmio mais recentemente, em 2022, destacando a profunda influência e o legado científico transmitido entre gerações de pesquisadores.

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As descobertas de Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi reforçam o impacto da ciência na saúde humana e a importância de investimentos contínuos em pesquisa básica. Mantenha-se informado sobre os mais recentes avanços científicos e outras notícias de destaque ao explorar os artigos em nosso portal: Hora de Começar.

Crédito da Imagem: Jonathan Nacastrand /AFP

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